domingo, 30 de junho de 2024

O Sagrado Coração de Jesus, símbolo de amor e redenção

Por Pe. Reginaldo Manzotti (*)

Todos os anos, no mês de junho, voltamos nossos olhos para o Sagrado Coração de Jesus, símbolo eterno de amor divino e misericórdia infinita. Esse coração, que bateu ao ritmo da compaixão humana, convida-nos a mergulhar nas profundezas de um amor que se oferece sem reservas.

Assim, com corações voltados para o céu, unimo-nos ao Sagrado Coração de Jesus, e renovamos nosso compromisso de sermos discípulos do amor, construtores da paz, e testemunhas da misericórdia que o mundo tanto necessita.

A imagem do coração, cercado por uma coroa de espinhos e em chamas, evoca a paixão de Jesus e seu sacrifício supremo na cruz.

A devoção ao Sagrado Coração tem suas raízes nas Escrituras, onde o coração é frequentemente mencionado como o centro da pessoa humana, o lugar onde residem nossos sentimentos mais profundos e nossas intenções mais verdadeiras. No entanto, foi no século XVII, através das visões de Santa Margarida Maria Alacoque que a devoção ao Sagrado Coração de Jesus ganhou uma forma mais concreta e uma disseminação mais ampla.

Nas aparições, Ele mostrou à santa Seu coração ardente de amor pela humanidade e expressou o desejo de que as pessoas reconhecessem esse amor e respondessem com adoração e reparação. Enfatizou, ainda, o amor e a compaixão que Seu coração possui por todos os seres humanos, mesmo aqueles que O rejeitam.

Esta devoção especial é acompanhada por doze promessas feitas por Jesus à Santa Margarida Maria Alacoque. Elas asseguram aos fiéis graças especiais, sobretudo àqueles que O honram e buscam refúgio em Seu coração.

As doze promessas são:

1ª "A minha bênção permanecerá sobre as casas em que se achar exposta e venerada a imagem de Meu Sagrado Coração";

2ª "Eu darei aos devotos de Meu Coração todas as graças necessárias a seu estado";

3ª "Estabelecerei e conservarei a paz em suas famílias";

4ª "Eu os consolarei em todas as suas aflições";

5ª "Serei refúgio seguro na vida e principalmente na hora da morte";

6ª "Lançarei bênçãos abundantes sobre os seus trabalhos e empreendimentos";

7ª "Os pecadores encontrarão, em meu Coração, fonte inesgotável de misericórdias";

8ª "As almas tíbias tornar-se-ão fervorosas pela prática dessa devoção";

9ª "As almas fervorosas subirão, em pouco tempo, a uma alta perfeição";

10ª "Darei aos sacerdotes que praticarem especialmente essa devoção o poder de tocar os corações mais endurecidos";

11ª "As pessoas que propagarem esta devoção terão o seu nome inscrito para sempre no Meu Coração";

12ª "A todos os que comunguem, nas primeiras sextas-feiras de nove meses consecutivos, darei a graça da perseverança final e da salvação eterna".

Porém, existem condições para obter as graças prometidas pelo Sagrado Coração de Jesus, são elas:

1. Receber sem interrupção a Sagrada Comunhão durante as nove primeiras sextas-feiras consecutivas.

2. Ter a intenção de honrar o Sagrado Coração de Jesus e de alcançar a perseverança final.

3. Oferecer cada Sagrada Comunhão como um ato de expiação pelas ofensas cometidas contra o Santíssimo Sacramento.

Filhos e filhas, o Sagrado Coração também é um lembrete da humanidade de Jesus. Ele sentiu dor, sofreu e amou como nós. Ao mesmo tempo, é um convite para abrir nossos próprios corações ao amor e à misericórdia de Deus, para que possamos compartilhar esse amor com os outros.

Em um mundo que muitas vezes parece frio e indiferente, o Sagrado Coração de Jesus nos chama a ser portadores de esperança, a ser fontes de amor e compaixão para com os outros. Ele nos encoraja a olhar além de nossas próprias necessidades e sofrimentos e a ver o rosto de Cristo nos menos afortunados.

Que possamos todos encontrar inspiração neste Coração Sagrado e levar adiante a chama do amor divino em nossas vidas diárias.

(*) Fundador e presidente da Associação Evangelizar é Preciso e pároco reitor do Santuário Nossa Senhora de Guadalupe, em Curitiba (PR).

Fonte: O Povo, de 15/06/2024. Opinião. p.16.

sábado, 29 de junho de 2024

CONVITE: Celebração Eucarística da SMSL - Junho/2024

 


A Diretoria da SOCIEDADE MÉDICA SÃO LUCAS (SMSL) convida a todos para participarem da Celebração Eucarística do mês de junho/2024, que será realizada HOJE (29/06/2024), às 19h, na Igreja de N. Sra. das Graças, do Hospital Geral do Exército, situado na Av. Des. Moreira, 1.500 – Aldeota, Fortaleza-CE.

CONTAMOS COM A PRESENÇA DE TODOS!

MUITO OBRIGADO!

Marcelo Gurgel Carlos da Silva

Da Sociedade Médica São Lucas


sexta-feira, 28 de junho de 2024

POSSE DO DR. HENRIQUE BRAGA NO INSTITUTO DO CEARÁ

 

Alguns sócios na solenidade de posse do consócio Henrique Braga no Instituto do Ceará em 27/06/24.

O Instituto do Ceará (Histórico, Geográfico e Antropológico) realizou na noite passada (27/06/24), em sua sede magnífica, a solenidade de posse do seu novo sócio efetivo, o Dr. José Henrique de Almeida Braga.

A saudação ao novo sócio foi proferida por Augusto Céar Bastos, que concentrou seu discurso relacionando os títulos constantes no currículo profissional que bem qualificam a trajetória de vida do arquiteto e escritor Dr. Henrique Braga, eleito, por unanimidade, para preencher a vaga no quadro social do Instituto do Ceará, anteriormente ocupada pelo engenheiro militar e coronel Affonso Taboza, que pediu desligamento institucional.

Não houve necessidade de o ingressante cumprir o tradicional ritual da entrada no recinto da solenidade, porquanto o Dr. Henrique Braga, já era integrante do quadro social do Instituto do Ceará na sua condição de sócio colaborador, um estado funcional que se prestou o quão proativo era como pessoa e por sua assiduidade em participar das atividades da Casa do Barão de Studart.

O sócio recém-empossado, em sua fala trouxe à luz fatos memoráveis da nossa história institucional e rememorou episódios de sua formação que o levaram a se interessar por estudar e desenvolver pesquisas relacionadas à II Guerra Mundial, bem como rendeu seus agradecimentos aos consócios que avalizaram, em dois momentos distintos, a sua admissão no Instituto do Ceará.

A sessão solene, dirigida pelo general Júlio Lima Verde Campos de Oliveira, atual Presidente do Instituto do Ceará, registrou a presença expressiva de consócios e de tantos amigos do empossado.

Depois da solenidade de posse, foi ofertado, pelo recipiendário, aos convidados um coquetel nos majestosos salões e sacadas do Palacete Jeremias Arruda.

Marcelo Gurgel Carlos da Silva

Sócio do Instituto do Ceará


FOLCLORE POLÍTICO CXXXVIII: Porandubas 807

Abro com as deliciosas historinhas de Leonardo Mota, o saudoso folclorista.

Onde mora o dr. Agriço?

Quem entra no "Hotel Roma" de Alagoinhas, na Bahia, vai com os olhos a uma tabuleta agressiva em que peremptoriamente se adverte:

“Pagamento adiantado, hóspedes sem bagagens e conferencistas”

Também, em Pernambuco, o proprietário do hotelzinho de Timbaúba é, com carradas de razão, um espírito prevenido contra conferencistas que correm terras. Notei que se tornou carrancudo comigo quando lhe disseram que eu era conferencista, a pior nação de gente que ele contava em meio à sua freguesia. Supunha o hoteleiro de Timbaúba que eu fosse doutor de doença ou doutor de questão. Por falar em Timbaúba. Há ali um sobrado, em cuja parte térrea funciona uma loja de modas, liricamente denominada "A Noiva". O andar superior foi adaptado para residência de uma família. Eu não sabia de nada disso quando tendo indagado do Major Ulpiano Ventura onde residia o dr. Agrício Silva, juiz de Direito da comarca, recebi esta informação chocante:

- O Doutô Agriço? O Doutô Agriço está morando em riba d' "A Noiva"...

Fonte: Gaudêncio Torquato (GT Marketing Comunicação).

https://www.migalhas.com.br/coluna/porandubas-politicas/387861/porandubas-n-807


quinta-feira, 27 de junho de 2024

CONVITE: Lançamento dos livros Novos Escritos em Tempos da Covid-19 e Temas de Economia da Saúde VII

 

O Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva – PPSAC e o Grupo de Pesquisa em Economia da Saúde- GPECS da Universidade Estadual do Ceará convidam para a solenidade de lançamento dos livros: Novos Escritos em Tempos da Covid-19, de Marcelo Gurgel Carlos da Silva, e Temas de Economia da Saúde VII: contribuição para a gestão do SUS, organizado por Maria Helena Lima Sousa (in memoriam) e Marcelo Gurgel Carlos da Silva, que serão gentilmente aos distribuídos aos presentes no evento.

Na ocasião serão prestadas homenagens póstumas à Profa. Dra. Maria Helena Lima Sousa.

Dia: 28 de junho de 2024 (sexta-feira).

Horário: 9h30min.

Local: Sala de Videoconferência NUPEINSC/Uece – Campus do Itaperi.

RISCOS GEOPOLÍTICOS PARA A INFLAÇÃO GLOBAL

Por Lauro Chaves Neto (*)

Os conflitos geopolíticos são uma das marcas da evolução histórica da sociedade, uma tragédia em termos humanos e sociais. As Guerras da Ucrânia e do Oriente Médio possuem potencial de produzir impactos profundos e difusos.

A elevação da inflação global, em termos econômicos, é um dos mais danosos dos impactos previstos. A chance de uma estabilidade inflacionária de volta aos níveis pré-pandemia é reduzida no cenário atual.

Quando as diferenças geopolíticas extrapolam o campo diplomático, dificultam ou danificam o uso das infraestruturas, desestruturam as cadeias de logística e suprimentos impactando em toda a cadeia de abastecimento de insumos, bens e serviços.

Rússia e Ucrânia são dois dos principais produtores de commodities do mundo e, desde o início da guerra entre eles, houve uma escalada no preço das mesmas, o que impactou tanto os exportadores como os importadores.

Se na pandemia foi aceso o sinal de alerta para os países não dependerem da importação de insumos e tecnologia para a saúde, os conflitos geopolíticos trouxeram reflexões no mesmo sentido para a segurança energética e alimentar.

As estratégias organizacionais passaram a focar muito mais na segurança e na resiliência das cadeias de suprimentos e logística do que a visão tradicional de eficiência e redução de custos, algo na mesma direção da abordagem sobre as cadeias de valor da economia da saúde pós pandemia.

Diante do exposto, existe uma crescente incerteza sobre o cenário geopolítico global e o acesso às cadeias globais de valor e logística, aos mercados financeiros internacionais e os seus impactos na política monetária.

Após recente política monetária, principalmente devido as restrições de oferta e as suas consequências inflacionárias, os bancos centrais vão encarar o desafio de retomar a estabilidade monetária, condição necessária, porém não suficiente, para o desenvolvimento econômico.

Em um contexto de políticas fiscais expansionistas, com déficit e endividamento públicos crescentes, existirá maios pressão sobre o patamar das taxas de juros e, provavelmente, um debate sobre a elevação das metas de inflação.

(*) Consultor, professor doutor da Uece e conselheiro do Conselho Federal de Economia.

Fonte: O Povo, de 27/05/24. Opinião. p.18.

quarta-feira, 26 de junho de 2024

Professor da Uece Marcelo Gurgel lançará duas obras que homenageiam a Medicina cearense

Homenagens a Esculápios Cearenses” e “In Laude – Aos confrades da Academia Cearense de Medicina” são os títulos das obras do professor do curso de Medicina da Uece, Marcelo Gurgel, que serão lançadas nesta quarta-feira (26), às 14h, no auditório da Pró-reitoria de Assuntos Estudantis da UFC, Campus do Benfica (Rua Paulino Nogueira, nº 315, anexo III da Reitoria). A apresentação dos livros será realizada pelo próprio autor.

Buscando cooperar para a preservação da memória da Medicina cearense, o livro Homenagens a Esculápios Cearenses é composto por 30 crônicas e biografias de médicos, dos quais 17 são vinculados à Academia Cearense de Medicina, e por 20 notas de pesar postadas no Blog do Marcelo Gurgel, que rendem homenagem a 50 médicos atuantes ou que atuaram no Ceará.

Uma parcela dos escritos estava inédita até então e agora está sendo publicizada; contudo, a maioria foi publicada em informativos de entidades educacionais ou profissionais.

A obra In Laude – Aos confrades da Academia Cearense de Medicina está constituída de 30 perfis biográficos distribuídos em quatro partes: Homenagens acadêmicas, Homenagens a acadêmicos patronos, Homenagens a acadêmicos titulares e Reverências póstumas.

Segundo o autor, professor Marcelo Gurgel, esta coleção “enfeixa uma modesta exaltação do valor do povo cearense, ao expor os traços biográficos e as credenciais de perlustrados médicos, realçando os seus feitos em favor do engrandecimento do Ceará”.

Fonte: Uece/Assessoria de Comunicação, em 25/06/2024.

Em tempo: O evento foi deslocado para o Auditório da Reitoria da UFC. 

Inesp e Academia Cearense de Medicina lançam duas obras nesta quarta-feira

Por Pedro Emmanuel Goes / com Assessoria

A Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece), por meio do seu Instituto de Estudos e Pesquisas sobre o Desenvolvimento do Estado do Ceará (Inesp) e em parceria com a Academia Cearense de Medicina, lança, na próxima quarta-feira (26/06), as obras “Homenagens a Esculápios Cearenses” e “In Laude – Aos confrades da Academia Cearense de Medicina”. A cerimônia de lançamento acontece às 14h, no auditório da Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis da UFC, Campus do Benfica.

De autoria do professor doutor Marcelo Gurgel Carlos da Silva, também responsável por realizar a apresentação durante a solenidade, “Homenagens a Esculápios Cearenses” traz uma coletânea de crônicas, biografias e outras notas que rendem homenagens a médicos cearenses, permitindo que as novas gerações desenvolvam, em sua mente, exemplos para seguir. Uma parcela dos escritos estava inédita até a publicização, contudo a maioria foi publicada em informativos de entidades educacionais ou profissionais.

Já o livro “In Laude - Aos confrades da Academia Cearense de Medicina” traz uma coletânea de 30 importantes perfis biográficos de acadêmicos, patronos acadêmicos e acadêmicos titulares, vivos e póstumos.

Para o diretor executivo do Inesp, João Milton Cunha de Miranda, as publicações são indispensáveis fontes de pesquisa para diversas ciências. “As biografias ajudam-nos a entender o comportamento das gerações humanas ao longo do tempo: os valores, a ancestralidade e sua influência na construção da sociedade. Além disso, sacia a necessidade de sabermos de onde viemos, munindo-nos das possibilidades de direção para nosso futuro enquanto sociedade”, afirma.

O evento será sucedido por uma reunião conjunta da diretoria e do conselho científico da Academia Cearense de Medicina.

SERVIÇO:

Dia: 26 de junho de 2024 (quarta-feira).

Horário: 14h.

Local: auditório da Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis da UFC, Campus do Benfica, Rua Paulino Nogueira, n.º 315, anexo III da Reitoria - Fortaleza-CE.

Edição: Clara Guimarães.

Fonte: Alece /Assessoria de Comunicação, em 25/06/2024


terça-feira, 25 de junho de 2024

Defesa de Tese para Professor Titular da Enfermagem da UFC de Marcos Venício Lopes

 

Flagrante da Comissão Especial Julgadora, logo após a defesa de Tese do enfermeiro, estatístico e psicólogo MARCOS VENÍCIO DE OLIVEIRA LOPES. O Prof. Marcos Lopesa está ladeado pelos docentes Alba Lucia Bottura Leite de Barros e Thelma Leite de Araújo, à direita, e por Ana Fátima de Carvalho Fernandes e Marcelo Gurgel Carlos da Silva, à esquerda.

(Foto gentilmente cedida por Samila, secretária do Depto. de Enfermagem da UFC).

Aconteceu na tarde de segunda-feira (24/06/24), na Universidade Federal do Ceará, a Defesa de Tese, seguida da avaliação de desempenho, para a promoção funcional da classe de professor associado IV para Professor Titular do Departamento de Enfermagem da Faculdade de Farmácia, Odontologia e Enfermagem da UFC.

A Comissão Especial Julgadora, composta pelos Profs. Drs. Ana Fátima de Carvalho Fernandes (presidente), Alba Lucia Bottura Leite de Barros, Marcelo Gurgel Carlos da Silva e Thelma Leite de Araújo, aprovou a Tese “Medidas de agregação para estudos sobre validade de conteúdo de diagnósticos de enfermagem”, apresentada pelo professor doutor MARCOS VENÍCIO DE OLIVEIRA LOPES.

Com essa defesa, completamos 18 (dezoito) participações em concursos para professor titular.

Marcelo Gurgel Carlos da Silva

Professor do PPSAC-UECE


O TEMPO OPORTUNO PARA O CORAÇÃO DAS CRIANÇAS

Por Valdester Cavalcante Pinto Jr. (*)

Para tudo há um tempo? Aprendi a empreender os melhores esforços para mudar o que, ao meu julgamento, precisa de uma nova direção. No cotidiano das operações do coração das crianças, vivo desafios que não representam privilégios pessoais - são de todos com quem divido essa tarefa. Falta compreensão das necessidades básicas ao exercício profissional, o que nos impõe conviver com conflitos morais e éticos.

É necessário sentir o problema, enxergar que você não está sozinho e, em seguida, propor a união de todos no mesmo propósito. Aqui deparamos a necessidade de respeitar os distintos pontos de vista e negociar em prol do bem comum, a sociedade. Para tanto, é necessário tempo que, na maioria das vezes, não é aquele da necessidade.

Nesse contexto, o Departamento de Cirurgia Cardiovascular Pediátrica (DCCVPed) da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular (SBCCV), fundado há 21 anos, pleiteia sua área de atuação – houve resiliência para juntar os iguais, maturar ideias, consolidar objetivos, estabelecer e difundir conhecimentos.

E, por que uma área de atuação? - Porque cuidamos de crianças; porque têm doenças diferentes dos adultos (preferencialmente as congênitas que somam, a cada ano, 23 mil novos casos); porque há necessidade de treinamento específico; e porque precisa de dedicação para melhorar resultados.

À extensão do tempo, foi amadurecido dentro da nossa sociedade o fato de ser oportuna a concessão desse título. Como algumas coisas não se rompem tão facilmente com o tempo, muitos dos pontos que discutimos na contemporaneidade de nossa especialidade - Cirurgia Cardiovascular - precisam ser apreciadas num contexto de divergências no campo das ideias. Nesse processo, o DCCVPed tem debatido com a comunidade da cirurgia cardiovascular no sentido de esclarecer dúvidas quanto à formação e ao exercício profissional daqueles que enveredarem por esse caminho.

O tempo oportuno, que faz esse acontecimento ser especial e memorável, é sua significância quanto ao impacto na qualidade de vida das crianças e adolescentes cardiopatas, propósito de um Cirurgião Cardiovascular Pediátrico.

(*) Médico cirurgião cardiovascular pediátrico.

Fonte: Publicado In: O Povo, de 12/06/2024. Opinião. p.16.

segunda-feira, 24 de junho de 2024

CONVITE: Lançamento das obras Homenagens a Esculápios Cearenses e In Laude

 

O presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece), deputado estadual Evandro Leitão, o presidente da Academia Cearense de Medicina, prof. dr. José Henrique Leal Cardoso, e o diretor-executivo do Instituto de Estudos e Pesquisas sobre o Desenvolvimento do Estado do Ceará (Inesp), prof. dr. João Milton Cunha de Miranda, convidam para a solenidade de lançamento das obras: Homenagens a Esculápios Cearenses e In Laude – Aos confrades da Academia Cearense de Medicina, ambas da autoria do prof. dr. Marcelo Gurgel Carlos da Silva.

O evento será sucedido por uma reunião conjunta da diretoria e do conselho científico da Academia Cearense de Medicina.

A apresentação dos livros será realizada pelo próprio autor.

 

Dia: 26 de junho de 2024 (quarta-feira).

Horário: 14h.

Local: Auditório da Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis da UFC, Campus do Benfica, Rua Paulino Nogueira, nº 315, anexo III da Reitoria - Fortaleza-CE.


LIÇÕES NÃO ASSIMILADAS

Por Tales de Sá Cavalcante (*)

O saudoso e genial educador cearense Lauro de Oliveira Lima contava que ensinara o seu cachorro a falar. Curiosos iam a sua casa para ver o cão fenômeno. Ele pedia várias vezes ao cachorro que lhes dissesse boa noite. Mas o animal permanecia mudo. Lauro, então, saía-se com esta: "Ensinar eu ensinei. Mas foi ele que não aprendeu."

Na web, Evaristo de Miranda postou o seguinte texto, atribuído ao meteorologista Carlos Magno: "Ao fugir da fome na Europa, em meados do século XIX, Herr Blumenau recebeu duas orientações: rumar ao Brasil, onde já havia outros imigrantes alemães, e tomar cuidado com os indígenas do Vale do Itajaí-Açu, 'muito violentos'. Chegou em setembro de 1850, subiu o rio com cuidado.

Os indígenas habitavam num platô. Ele se estabeleceu na margem oposta, com 17 companheiros e famílias. Plantaram, colheram, sempre monitorando os indígenas. Passaram dois anos e eles não atacaram [...] Herr resolveu visitar a tribo. [...] O cacique recebeu aqueles brancos louros e altos. Blumenau sentiu-se acolhido, falou das vicissitudes da Europa, das razões de migrar ao Brasil e do mau jeito de terem se assentado em suas terras. Ficou espantado quando o cacique lhe disse: 'Aquelas terras não são nossas. São das águas'. A história daí em diante é conhecida e lembrada quase regularmente, a cada 15 anos, no Vale do Itajaí, como agora em Porto Alegre." Talvez seja esta mais uma dentre outras lições que nos foram ensinadas pelos indígenas e nós não aprendemos.

A meu juízo, a mãe terra enfrenta uma crise climática e, segundo Renata Cafardo, no Estadão, "os que concordam com a tese são sempre maioria entre os jovens. Resta aos governos investir neles; e só se faz isso com educação". Enchentes como a atual podem ser causadas por anomalias meteorológicas raras, pela ação do ser humano no meio ambiente ou pelos dois fatores. Quanto ao primeiro, resta-nos tomar medidas preventivas, mas o segundo é de responsabilidade dos habitantes do planeta. Que gaúchas e gaúchos, aliados a todos os brasileiros, repitam como mantra a frase de Genuino Sales: "Uma coisa é o que eu faço, outra coisa é o que nós fazemos."

(*) Reitor do FB UNI e Dir. Superintendente da Org. Educ. Farias Brito. Presidente da Academia Cearense de Letras.

Fonte: Publicado In: O Povo, de 30/05/24. Opinião, p.18.

domingo, 23 de junho de 2024

O CHEFE BRINCALHÃO

Um pouco nervoso, o funcionário entra no escritório do chefe e pergunta a ele:

— Chefe, preciso falar com o senhor.

— Sim, pode falar.

— O senhor sabe que tenho trabalhado nesta empresa há 15 anos e nunca pedi um aumento de salário. Então seria justo que aumentasse pelo menos uns 300 reais por mês no meu pagamento.

— Ok... mas diga-me: quanto você pensa em ganhar?

— Bom, depois de fazer alguns cálculos e considerar o tempo que trabalho aqui, acredito que o senhor poderia aumentar meu salário para 1.500.

O chefe pensou um pouco e disse:

— Veja bem, vou te propor o seguinte: vou aumentar seu pagamento para 5 mil reais. Além disso, você vai poder usar um veículo da empresa para ir e voltar do trabalho, férias remuneradas com direito a passagens para o lugar que você quiser e uma secretária que te ajude nas suas tarefas. O que acha? Surpreso, o funcionário pergunta:

— Mas... o senhor está brincando comigo??

E o chefe:

— Sim... Mas foi você que começou!

Fonte: Disponível na home page “Tudoporemail”.

O FUNCIONÁRIO EXEMPLAR

O presidente de uma grande empresa está fazendo uma reunião com outros diretores e acionistas e manda a secretária chamar um dos funcionários, que mal entra na sala e o presidente já começa a falar:

— Eu quero dizer que você tem demonstrado grande capacidade e competência no desempenho de suas funções. Você entrou aqui como estagiário e não faz nem um ano...

O funcionário acenava afirmativamente com a cabeça, enquanto o todo poderoso continuava:

— E tudo isso, apesar de sua pouca idade, pois sequer completou 18 anos e teve uma rápida ascensão. Apenas dois meses depois de chegar, você já foi promovido a supervisor!

Meio encabulado, o funcionário sorria de sua história de sucesso, mas o patrão não parava:

— Mais três meses e foi designado chefe de sua seção. Não demorou nem três meses e logo recebeu outra promoção: foi designado chefe do departamento. E hoje, depois de apenas dois meses, já é um de nossos diretores. O mais influente deles! Os outros diretores já estavam impacientes de ouvir tanta rasgação de seda, quando o presidente da empresa mandou o golpe final:

— Como eu gosto de saber a opinião de nossos colaboradores, eu lhe pergunto: você está satisfeito conosco, com suas atividades, com suas promoções por merecimento e com o seu salário?

— Estou sim, papai.

Fonte: Disponível na home page “Tudoporemail”.

sábado, 22 de junho de 2024

VISTA-SE DE ACORDO COM A RECEITA FEDERAL!

Um empresário passou anos dando pequenos ‘calotes’ em seu Imposto de Renda, até que um dia foi descoberto pela Receita Federal.

Ele precisava ir até lá para se explicar e evitar a sua prisão, e então pediu um conselho ao seu contador sobre o que vestir naquele dia.

“Vista a roupa mais velha que você tem, aquela bem gasta e que tenha até alguns rasgos, assim vão pensar que você é pobre”, responde o contador.

Ele então decide consultar o seu advogado, que diz totalmente o contrário: “Não deixe ser intimidado por eles! Vista-se elegantemente, de preferência com o seu melhor terno, gravata e sapatos”.

Muito confuso, ele então decide consultar um sacerdote. Conta o ocorrido e os dois conselhos diferentes. “Deixe-me contar-lhe uma história”, diz o sacerdote. “Uma mulher ia se casar. A data estava próxima, e ela perguntou à mãe o que vestir na noite de lua de mel. E a mãe respondeu: ‘Vista uma camisola de veludo, pesada e discreta, que cubra grande parte do corpo’. Já a melhor amiga dela respondeu o contrário: ‘Coloque a camisola mais curta e atraente, fácil de tirar’”.

O empresário reclama: “Ora, mas o que isso tem a ver com o meu problema com a Receita Federal?”

“Tudo a ver”, diz o sacerdote. “Não importa o que você vai vestir, vão te deixar sem nada mesmo!”

Fonte: Disponível na home page “Tudoporemail”.

Esposo Incomodado X Touro Reprodutor!

Um casal resolve visitar uma feira agrícola na zona rural, em um belo domingo à tarde, onde touros estão sendo leiloados para reprodução.   O homem que vende os touros anuncia o primeiro a ser leiloado:

"Este belo animal reproduziu 60 vezes no ano passado."

A esposa cutuca seu marido e comenta:

"Viu só? São 5 vezes por mês!"

No segundo leilão, o vendedor anuncia:

"Essa maravilha de touro aqui do outro lado reproduziu 120 vezes no ano passado."

Mais uma vez a esposa incomoda seu marido:

"Viu? Isso é cerca de 10 vezes por mês. O que você acha disso?!"

O marido começa a ficar realmente irritado com a comparação... Então, o terceiro touro é leiloado:

"E este último touro, mas não menos importante, reproduziu 365 vezes no ano passado!"

A esposa dá um tapa no braço do seu marido e grita:

"Isso é uma vez por dia, todos os dias do ano! O que você me diz sobre isso?!"

O marido, já muito irritado, grita de volta:

"Claro, mas por que você não vai lá perguntar se todas as vezes foram com a mesma vaca?!"

Fonte: Disponível na home page “Tudoporemail”.

sexta-feira, 21 de junho de 2024

Crônica: “Eviterna amizade de parada de ônibus” ... e outros causos

Eviterna amizade de parada de ônibus

Há 15 anos, uma amiga da Cristina, a Lucinha, pega o Campus do Pici-Unifor na parada da Igreja Redonda, na Av. Jovita Feitosa, com descida no ponto em frente ao Serpro, na Pontes Vieira. Tudo normal até aí, é a sina de quem vive o vai-e-vem de casa pro trabalho e do trabalho pra casa em transporte coletivo, em que linha for. O inabitual está no que viria a se transformar a parada de embarque de Lucinha, na Igreja Redonda. Era setembro.

Ponto de ônibus a ser transformado em palco de descobertas, afetos, juras, desabafos, comemorações, confidências, apadrinhamentos, promessas, solicitações, compra e venda, testemunhos, desafios. Começou com duas "paradeiras" (Lucinha e outra criatura da parada), por causa da demora na condução. A amiga da Cristina, temendo chegar atrasada na firma, convocou a desconhecida ao lado pra dividirem um táxi. Fechado.

Tinha início relação que, a partir da parada da Jovita, viverá momentos ricos de sentimentos, emoções, confidências, conveniências, convivências. Dia seguinte, nova impontualidade do coletivo e mais um táxi contratado, dividido agora para três, depois pra quatro, cinco... As amigas, caminhando pra condição de comadres, formam uma associação na dita parada. Tem de tudo ali.

- Mulher, tô precisando de uma cuidadora pra meu ex-marido, que tá gagá!

- Não seja por isso. A Fatinha, aquela da Farmácia que chega aqui 6 horas, tem uma irmã que é show!

Resumindo, rola já happy hour na casa de Lucinha, feijoada na Edmea, pão do amor na Dalvinha, grupo pagode no solar da Agripina. Para os encontros, vão maridos, filhos, parentes e aderentes. Mais oito cristuras, todas egressas da parada da Jovita, adentram ao grupo. Em pauta, batizado de pagão, virose acamando familiar, missa de sétimo dia, exame de urina açucarado, pagamento de boleto, resumo de novela, placar da rodada, resultado da loteria e um amigo secreto - era Natal (sorteio, com troca de presentes, na parada, prosseguindo no interior do coletivo).

Um ano depois, tinha varal por lá, cheio de cueiro de menino e cordel. Governo mandou tirar...

O Poeta dos Cachorros na Lua Cheia

Jair Moraes, diretamente do "beiço da Lagoa do Opaia", manda notícias um tanto atravessadas, todas relacionadas a um vizinho dele de nome Astrolábio.

1 - A (lou)cura

Um dia o "Astró" esteve internado como mental do juízo no Hospital Mira y Lopez. Um dia! Graças a Deus, recebeu alta, não apenas pela categoria dos médicos edos psicoterapeutas, mas, sobremodo, 'pela intervenção divina' que não falha. E, agora em casa, curadinho da Silva, ele agradece à Virgem Maria e estufa o peito pra dizer que, se um dia foi interno do Mira y Lopez, hoje é só lembrança. Por isso o testemunho enfatuado:

- No tempo que eu era doido eu andava lá! Agora, 'tiau'! Deus é maior!

2 - A síndrome do aí dentro

O que é isso? Explico, prezado jornalista. Trata-se da insegurança natural, do medo do pessoal ante a possibilidade de o sujeito vir a melar a vara em público e a negada lascar-lhe uma vaia, um sabacu ou mesmo de ser criticado por um doidim e, de repente, o gaiato passar e sapecar-lhe um sonoro aí dentro. É traumático um aí dentro nessas circunstâncias.

3 - Amanhã é o hoje que se foi

Trocando em miúdos, querido profissional jornalista, hoje de manhã é sempre mais distante do que amanhã de tarde. Experimente a partir da próxima semana, bem cedo, e o amigo verá que eu tenho razão sempre que a noite chegar, com cara de madrugada adentro...

Fonte: O POVO, de 3/05/2024. Coluna “Crônicas”, de Tarcísio Matos. p.2.

quinta-feira, 20 de junho de 2024

OS LIVROS E A VIDA DA GENTE

Por Izabel Gurgel (*)

E a avó, tão fina quanto firme, sentava o menino danado na cadeira suspensa no armador. Era um castigo comum. A criança nos altos da parede, a cadeira maior que ela, perninhas penduradas, a distância até o chão várias vezes o seu tamanho, o manejo de si talvez cheio de cuidado e medo para não rolar abismo abaixo.

Ouvi a avó contar durante o almoço preparado por ela, cada prato com um cheiro sabor textura temperatura que dava vontade de nascer arroz e morrer baião-de-dois ali, naquelas panelas parque-de-diversão e seu labirinto de espelhos. Passava-se de uma para a outra sem parar para a auto-apreciação, nossos rostos nelas surgindo e se desfazendo a cada movimento das mãos se servindo.

A mesa redonda do almoço deixava mais agudo qualquer olhar sobre si e o mundo lançado da cadeira de linhas retas, outrora presa tão perto do teto que fazia duvidar do seu destino de cadeira, que nos sustenta acima do chão, mas sempre fiel a ele. Tirar o chão de alguém. Ficar sem chão.

Senhora bordadeira, a avó tem saber de ourives. As manualidades, sabemos, são artes da ourivesaria. O neto nos mostra as relíquias, desde o tecido ao efeito do que a avó é capaz de fazer com linha e agulha. As joias não nascem para conferir sentido aos cofres. Carecem todas de exibição, uso, só guardadas na alegria de serem salvas pela rua. Um carnalvazinho no jardim dos olhos.

Na volta para casa, dei com um livro que dizia da usança da cadeira nos altos para sustar crianças imparáveis. Literatura. Enviei mensagem para o neto na hora, mas não fiz foto da página ou da capa e o livro se foi no vapor da panela ao fogo que é a memória, do cru ao cozimento em durações variadas.

Cora Coralina escreve sobre um castigo, pensamos Brasil Colônia, o da criatura levar feito colar, noite e dia, dia e noite, um pedaço da louça por ela quebrada. Amarração caseira com cordão. O que lhe obriga uma perversa vigilância, quase impossível durante o sono. No caso de Goiás narrado por Cora, inútil lição. A vida quase sempre por um fio.

Levantei para pegar o livro da poeta (cujo dicionário tinha marcas dos usos na cozinha, Cora e a feitura dos doces). Os livros dela estão lá, mas a história da menina e o caquinho de louça sumiu. Queria dizer para você o título, a editora, um modo de 'dar o endereço', dizer o rumo, facilitar a busca e o achado, em caso de interesse. Uso de criaturas leitoras que acho cada vez mais bonito. Assim um gesto necessário em tempos de tanta dispersão sem semeadura.

Veio do Cedro a história do menino suspenso. Contada à mesa, entre espanto e riso. Avó e o menino anos depois, gente grande, tecendo juntos com quem ouvia.

Ler é escutar.

(*) Jornalista de O Povo.

Fonte: Publicado In: O Povo, de 26/05/24. Vida & Arte, p.2.

FÉ E PATOLOGIA DA ABUNDÂNCIA

Por Pe. Eugênio Pacelli SJ (*)

A cultura pós-moderna vive um antagonismo: de um lado exalta o valor da saúde física e mental, dedica esforços para prevenir e combater doenças, por outro lado favorece a construção de uma sociedade adoecida.

A vida humana é ameaçada pelo desequilíbrio ecológico, poluição, guerras e epidemias que atingem os mais vulneráveis. Há uma crescente promoção de um estilo de vida, no qual a falta de sentido, de valores, o consumismo e individualismo geram polarizações e frustrações que impedem as pessoas de crescerem de forma saudável e fraterna.

Uma sociedade é saudável à medida em que favorece o desenvolvimento saudável das pessoas. Quando, conduz ao seu esvaziamento interior, fragmentação ou dissolução como seres humanos, devemos dizer que esta sociedade é patogênica. Freud, em sua obra "O mal-estar na cultura", considerou a possibilidade de uma sociedade como um todo estar doente e poder sofrer de neuroses coletivas das quais talvez poucos indivíduos tenham consciência.

Tal realidade me fez lembrar a obra do poeta português José Saramago, "Ensaio Sobre a Cegueira", que retrata uma cidade cujos habitantes ficam cegos e enclausurados e descobrem o quanto são egoístas. O escritor é duro em seu romance ao fazer daqueles cegos a metáfora de uma sociedade na qual cada um, nos momentos de perigo e angústia, pensa apenas em si mesmo.

É aconselhável constantemente um exame de consciência, como nos pedia Santo Inácio e se perguntar: O que é mais saudável, deixar-se levar por uma vida de conforto, comodidade e excessos que sufoca o espírito ou viver de forma sóbria e moderada, sem cair na "patologia da abundância"? Continuar passando pela vida sem sentido, reduzindo-a a um "sistema de desejos e satisfações", ou construir a existência dando-lhe sentido último, a partir da fé? O que é mais saudável, reprimir a dimensão religiosa esvaziando a nossa vida da transcendência ou viver a partir de uma atitude de confiança naquele Deus "amigo da vida" que só quer e procura a plenitude do ser humano? Carl G. Jung ousou considerar a neurose como "o sofrimento da alma que não encontrou o seu significado".

Quem tem os olhos permeados pela fé, é capaz de ver luz onde todos veem escuridão. Para aqueles que acreditam, há sinais de Deus em todas as coisas.

(*) Sacerdote jesuíta e mestre em Teologia. Escritor. Diretor do Mosteiro dos Jesuítas de Baturité e do Polo Santo Inácio. Fundador do Movimento Amare.

Fonte: O Povo, de 1/06/2024. Opinião. p.18.


 

Free Blog Counter
Poker Blog