sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

ADOLESCENTE ENCANTADORA

Em 9 de agosto de 2009, quando de viagem à Brasília, para reunião na CAPES, no assento, ao meu lado, estava uma adolescente catarinense, de cerca de 13 anos, que me deixou deveras impressionado por suas determinação e aspirações literárias.
Viajava sozinha, mesmo sendo menor de idade, regressando a Minas Gerais, onde residia com uma tia, após passar férias em Fortaleza. Mostrou-me sua agenda, que funcionava como um diário pessoal, contendo crônicas, poesias e impressões do cotidiano.
Ela portava um violão, compunha canções e ainda era vocalista de uma banda ou conjunto musical de jovens. Era uma amante da literatura e lia tudo o que podia, sobretudo romances e poesias. Aliás, ela interrompeu a leitura que fazia naquele momento, para travarmos a longa conversa durante o voo, cujo tempo transcorrido deu-me a impressão de passar tão rápido. Com a minha idade, e a experiência de quem já publicou tantos livros, procurei incentivá-la a que publicasse os seus escritos e citei alguns dos caminhos que ela poderia seguir para materializar a sua primeira obra.
Havia perdido o contato com essa garota; mas, em 08/12/2009, para a minha grata surpresa, recebi um e-mail dela dando conta de que terminara o seu livro e de que o mesmo já estava sendo editado em uma gráfica, tendo lançamento marcado para março de 2010, o que me deixou muito contente.
Ontem, 24/12/09, recebi um texto de Sissa dos Santos e gostaria de compartilhá-lo com os leitores deste blog.
Com as saudações natalinas.
Marcelo Gurgel

2.010 MOTIVOS PARA SER FELIZ

Somos mais de seis bilhões de vizinhos, já que compartilhamos o mesmo planeta. E inicialmente nossa coexistência pode passar despercebida como simples acaso e se conter apenas a isso; mas os jornais, revistas e a televisão nos mostram hoje que temos nós humanos de diferentes lugares do mundo, costumes e crenças mais em comum do que imaginamos.
Primeiro porque compartilhamos das mesmas necessidades básicas, precisamos de água potável, de ar limpo, de alimentação, de horas de sono e de higiene, sem isso não conseguimos ter saúde, condições básicas de vida e muito menos capacidade para cumprir as necessidades secundárias, que são as que criamos para o mundo que vivemos. Como o trabalho, a educação, a informação e acesso a tudo que de pouco em pouco invade nosso meio que julgamos em questão de pouco tempo como essencial.
E levando por esse ponto podemos perceber mais uma vez como somos dependentes uns dos outros, para a preservação natural de nosso planeta, para a estabilidade de nossa economia e funcionamento de nossas políticas públicas, às vezes pode até ser difícil de entender, mas o mundo em que vivemos é um só e é privilégio e responsabilidade de todos nós. E ainda assim pessoas em diversos lugares do globo morrem de fome, desastres naturais são cada vez mais freqüentes e a globalização mostra cada vez mais o seu lado macabro.
Mas nessa época do ano os cristãos celebram o nascimento de Cristo, 2.010 anos depois de sua vinda. Em todo o mundo famílias se reúnem para presentear-se e festejar em união, ainda que os problemas coletivos ou individuais sejam grandes, que a ciência crie controvérsia com a religião, que o estresse seja cotidiano. E é aí que posso ver que de alguma forma não estamos tão perdidos, e é só pensar em datas como essa em que a esperança ainda é mais acreditada do que as estatísticas. Alguns dizem que o mundo vai acabar em breve, outros que um dia ele vai ser bem melhor e eu acredito apenas que enquanto houver o natal e essa fé mútua compartilhada, que ainda haverá motivo para tentar fazer desse mundo em que vivemos o mundo em que queremos morar.
Feliz Natal para todos,
E um Ano Novo repleto daquilo que o mundo precisa para continuar a acreditar!

Sissa Santos
24/12/09

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