quinta-feira, 25 de abril de 2024

A RENOVAÇÃO DA SANTA CASA DE FORTALEZA

Por Vladimir Spinelli Chagas (*)

A partir do final de 2022, já na esteira da alteração da sua gestão, a Santa Casa de Fortaleza iniciou um período de renovação em todos os aspectos, alguns já tratados neste espaço, como a criação da Diretoria de Inovação, base para uma nova Santa Casa.

Desde 1861 atuando em benefício das camadas mais carentes da população cearense, a Santa Casa tem um histórico de acolhimento e de serviços assistenciais de elevada relevância para esses pacientes e para o sistema de saúde do Ceará.

Convivendo com as dificuldades inerentes às filantrópicas, dada a defasagem da tabela SUS, que têm impacto ainda mais intenso em um portfólio como o da Santa Casa - 95% de pacientes SUS e 70% de cirurgias e atendimentos clínicos de média complexidade, que geram altos déficits por procedimento -, a ideia foi iniciar imediatamente processo de modernização, com apoio em ideias e processos inovadores.

Essa modernização vem sendo facilitada pelo leque de parcerias já firmadas, cabendo agora ampliar a discussão com todos esses entes (universidades, centros universitários e outras instituições de ciência e tecnologia), como oportunidade de alinhar esforços em benefício do público-alvo da Santa Casa.

Prioritariamente, por óbvio, está o ingresso dos recursos indispensáveis ao retorno das atividades plenas, a partir da redução do volume de dívidas acumuladas nesses anos de grandes dificuldades, e que foi agravado durante a pandemia. Parte desses recursos já está destinada ou comprometida por parlamentares nos três níveis.

A ampliação do diálogo com os gestores do setor de saúde, em nível estadual e municipal, é também foco das atenções, buscando reforçar parcerias que beneficiam o setor público, tendo em vista as características da Santa Casa, uma instituição filantrópica humanizada e de excelência, com custos mais adequados.

Com essas ações, a Santa Casa, como sempre agiu, ajudará o sistema de saúde a enfrentar com mais eficiência e eficácia o grave problema que hoje são as grandes filas por consultas e cirurgias, e a lotação das UPAs e hospitais da rede assistencial.

(*) Professor aposentado da Uece, membro da Academia Cearense de Administração (Acad) e conselheiro do CRA-CE. Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Fortaleza.

Fonte: Publicado In: O Povo, de 25/03/24. Opinião. p.22.

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