sexta-feira, 19 de abril de 2024

FOLCLORE POLÍTICO CXXXIII: Porandubas 799

Abro com uma historinha de Pernambuco.

O defeito do cavalo

Em Caruaru/PE, o coronel João Guilherme, senador estadual e chefe político, comprou a um matuto um cavalo de sela. Cavalo bonito, mas com a pálpebra caída. Cego de uma das vistas. Ao descobrir o logro, o coronel ficou indignado. Fez vir à sua presença o espertalhão. Ameaçou-o de cadeia.

- Você teve a coragem de me vender um cavalo cego dum olho! Isso é uma falta de seriedade! Você fez negócio com um homem e não com um tratante da sua laia! Por que você não teve a franqueza de me dizer que o cavalo tinha esse defeito?

- Mas, seu coronéu, vamincê me desculpe, mas vou lhe dizer: o cavalo que eu lhe vendi não tem defeito, não!

- Não tem defeito? Não tem defeito? Então, você acha que um cavalo cego dum olho não tem defeito?

- Seu coronéu, vamincê me desculpe, mas eu acho que não tem não! Ser cego não é defeito: ser cego é uma infelicidade...

(Historinha de Leonardo Mota em Sertão Alegre)

Fonte: Gaudêncio Torquato (GT Marketing Comunicação).

https://www.migalhas.com.br/coluna/porandubas-politicas/383005/porandubas-n-799

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