sábado, 5 de setembro de 2009

CORRIGINDO OS DITOS POPULARES IV

FRASES QUE O POVO DIZ...
DOURAR A PÍLULA.
Antigamente as farmácias embrulhavam as pílulas em papel dourado, para melhorar o aspecto do remedinho amargo.
A expressão dourar a pílula, significa melhorar a aparência de algo.

SEM EIRA NEM BEIRA.
Os telhados de antigamente possuíam eira e beira, detalhes que conferiam status ao dono do imóvel.
Possuir eira e beira era sinal de riqueza e de cultura. Não ter eira nem beira significa que a pessoa é pobre, sem recursos.

O CANTO DO CISNE.
Dizia-se que o cisne emitia um belíssimo canto pouco antes de morrer. A expressão canto do cisne representa as últimas realizações de alguém

Fonte: Vera Bighetti in: http://netart.incubadora.fapesp.br/portal/Members/vera_bighetti/document.2006-08-30.4994282251

3 comentários:

Ynot Nosirrah disse...

Salve, salve, irmãos Gurgel Carlos,

Tenho algumas dúvidas a tentar tirar convosco, que são duas autoridades na história da medicina em nosso Estado. Não sei se estou me comunicando pela via correta, mas é a única que conheço no momento.
Primeiro, qual a lógica que determinou ou determina a construção de hospitais no Ceará? Que critérios eles usaram ou usam para escolher o terreno, por exemplo? Eu estava matutando sobre isso esses dias quando me lembrei que o HGF, por exemplo, foi construído há 40 anos, justamente no Papicu, bastante longe do centro da cidade e de grandes ruas e avenidas, num bairro onde eu presumo que não havia nada além de algumas casas, chácaras e estradas carroçáveis na época, enfim, dentro do mato ou de um manguezal, se considerar a relativa proximidade com a Praia do Futuro, mas hoje está cercado por favelas. O nosso Hospital das Clínicas também foi construído praticamente em uma área rural para a época, há 50 anos. O Hospital São José, que fica mais perto de onde vocês foram criados, eu sei que foi construído em uma área que já era residencial na época, mesmo assim em uma localização meio escondida, relativamente perto do HUWC mas longe de uma grande avenida. Até hoje, quem tenta chegar lá se perde. Os dois Hospitais de Messejana, o do coração e o mental, foram contruídos bem longe do centro e em áreas desabitadas nas suas épocas. Em Sobral, a nossa Santa Casa foi construída há 84 anos praticamente no lugar de uma fazenda. Sua extensão, o nosso Hospital do Coração, está assentado há 13 anos em uma área erma e cercada por terrenos baldios.
Me corrija se eu estiver errado, mas existe mesmo a máxima de que cemitério e hospital devem ficar longe do pessoal? Para hospital, não sei, porque o prometido Hospital Regional da Zona Norte deve ser erguido na Zona Urbana de Sobral, em uma das principais avenidas. Vou comentar sobre isso no meu blog, futuramente. Já os cemitérios, como os mais antigos foram engolidos pelas cidades, os novos estão surgindo às margens das rodovias.
Segunda dúvida: legalmente, quem pode usar o título de "doutor", no Brasil? Na prática, qualquer um usa, mesmo sem ser das áreas de saúde ou do direito. Até emfermeiras estão sendo chamadas de "doutoras".
Terceira dúvida: o que os senhores pensam sobre o jaleco? Qual a importância de usar jaleco? Tenho observado que os médicos pouco a pouco estão querendo abolir o jaleco. Muitos médicos, em diversas especialidades, especialmente na psiquiatria, não usam mais ou nunca usaram jaleco em serviço. Nunca vi um psiquiatra usando jaleco em canto algum. Nas outras especialidades, como nefrologia, infectologia, gineco-obstetrícia, hematologia, reumatologia, neurologia, oncologia, entre outras, existem profissionais que não usam jaleco, enquanto os residentes e os internos são obrigados a suportar diariamente um "gibão branco" feito de tecido incompatível com nosso clima tropical, senão são barrados nas portas dos serviços. Em Sobral, já houve até "staff" passando visita na enfermaria calçando chinelos. Ai de mim se eu fizesse isso.
Quarta e última dúvida: como anda o Ato Médico? Há alguma novidade a respeito? O projeto parou? Eu não me considero prepotente nem arrogante. Não desejo roubar a cena de trabalho de A ou de B, mas acho que todo mundo precisa ter seu lugar definido, não é? Por isso eu gostaria de ver a versão mais atualizada do projeto de lei para confirmar que sou a favor ou não. A última vez que a vi foi em 2005 e não vi nada de errado nela.
Bem, senhores, agradeço pela atenção e espero ler vossa resposta em breve. Desejo-lhes bom resto de feriado.

Marcelo Gurgel disse...

Caro Ynot,

Paulo respondeu, via blog entrementes, a várias de suas inquietações: sobrou pouco para mim.
O HSJ era um convento de religiosas da arquidiocese que o Estado encampou.
Doutor, da tradição medieval, aplicava-se a médicos, teólogos, advogados e artes. No sentido estrito, apenas aos que defendem tese de doutoramento. Como até a metade do século passado, os médicos defendiam uma tese para receberem o diploma, persiste a conotação de doutor, que é inclusive consagrada nos países anglo-saxônicos. Segundo o dicionario do Aurélio, em sentido amplo, doutor é quem tem formação superior.
Em relação à lei do Ato Médico, é melhor consultar o CREMEC.

Ynot Nosirrah disse...

Obrigado pelos esclarecimentos.
Com relação ao Hospital das Clínicas, de fato o "embrião" dele surgiu antes da Faculdade de Medicina. Quando se falou pela primeira vez em transferí-la para o Porangabussu, as obras foram assumidas pelo Governo Federal e retomadas.
Sobre o jaleco, o que os senhores acham? Devemos continuar militando em defesa deste costume para não permitir que ele sucumba nas próximas gerações de médicos, apesar de alguns acharem que não precisam mais dele para serem identificados como médicos? Da minha parte, vou manter este costume, independentemente de minha especialidade. Só não concordo com quem desfila de jaleco fora do ambiente de trabalho, transportando microorganismos.

 

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