segunda-feira, 5 de novembro de 2012

APRENDA A TER BOA QUALIDADE DE VIDA

Antero Coelho Neto (*)
A Associação Brasileira de Qualidade de Vida (ABQV) realizou o XII Congresso Brasileiro de Qualidade de Vida, em São Paulo, de 31/9 a 3/10, cujos temas foram: saúde emocional, assédio moral e clima organizacional. Convidados internacionais e nacionais de grande projeção discutiram os diferentes temas com grande aceitação e o sucesso do evento foi grande, para satisfação de sua coordenadora, Cecília Shibuya, e do presidente Alberto Ogata.
O movimento nacional desenvolvido pela ABQV é a divulgação, aprendizagem e aplicação da grande e fundamental dimensão qualidade de vida para o nível organizacional ou corporativo. Esclareço que essa dimensão humana pode ser desenvolvida em três diferentes níveis: social, corporativo e científico.
As empresas brasileiras “descobriram”, inteligentemente, que funcionários com boa qualidade de vida trabalham mais, melhor e com maior produtividade. Seus proprietários não são os “bonzinhos” da nação e sim inteligentes e capazes. E, dentro do esquema empresarial, de produção e comércio, verificaram que a melhoria da qualidade vida é o final ou “produto” desejado. E então passaram a aprender o que é qualidade de vida, boa ou má, e como conseguir melhorá-la, quando e como alcançá-la. Então mobilizaram aqueles que poderiam ajudá-los.
Eu iniciei meu conhecimento e prática na qualidade de vida científica e social, mas depois tive a oportunidade de efetuar consultorias, elaborar projetos e preparar funcionários superiores para várias organizações privadas importantes e conhecidas do País. E também aprendi nelas muitas coisas especiais e válidas das corporações e da ciência humana. Muitas deram exemplos de importância social além de seus valores econômicos.
Acontece que os órgãos públicos e governamentais falam de qualidade de vida como um assunto já definido e conhecido.
E os políticos, em campanha, dizem “A qualidade de vida da população necessita ser melhorada e nós vamos conseguir isso”, como se fora um objetivo claro e definido. E o que é qualidade de vida para o Ceará? É Igual à de São Paulo e à de Porto Alegre?
Passa a ser um elemento de propaganda individual e partidária. E ninguém fala que vai “ensinar” o que é qualidade de vida identificada para a região e como alcançá-la. E, principalmente, esclarecer que muito importante é o que o próprio indivíduo quer, tem de responsabilidade e deve realizar junto com as práticas governamentais. Ou seja, mobilizar a população. E, muito apropriado, valorizar e ajudá-lo na prática de hábitos e estilos de vida saudáveis, atividade física e mental, lazer, religiosidade, ambientes sociais válidos e, muito evidentemente, prevenção de doenças e fatores físicos, químicos e biológicos prejudiciais.
Na campanha recente como nas anteriores, nenhum candidato falou nisso. Todos disseram que vão melhorar a qualidade de vida. Qual? Como? Depois de saber, perguntem aos diretores de muitas grandes empresas que eles sabem como e o que fazer.
(*) Médico, professor e ex-presidente da Academia Cearense de Medicina.

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