Por Luiz Gonzaga Fonseca Mota (*)
Em qualquer atividade,
seja pública ou privada, o bom senso, a sinceridade e a determinação permitem
que as dificuldades e os obstáculos sejam superados. Dentro deste prisma de
raciocínio, vivenciamos, há algum tempo, no Brasil momentos complicados
envolvendo crises, conflitos e desajustes em vários segmentos, inclusive nos
Poderes Constituídos, com consequências danosas, é claro, para a população em
geral. Fazendo-se uma analogia com a medicina, podemos dizer que o País se
encontra na UTI, precisando de cuidados especiais para levá-lo ao quarto, e
depois receber alta. Tudo compatível com uma “posologia” adequada. O desafio
não é fácil. Abrange aspectos políticos, econômicos, sociais, éticos e morais.
Reconhecemos ser fundamental, de um lado, a redução do desemprego, da inflação,
da taxa de juros, dos desníveis de renda, e de outro, melhores níveis de saúde,
de educação (cognitiva e comportamental), de segurança, dentre vários pontos.
Esse esforço, bem que poderia gerar um “pacto de desambição nacional”,
priorizando a justiça, no sentido amplo, e combatendo a ganância, a falta de
espírito público e a corrupção. Por sua vez, os formuladores das politicas,
além da reação de determinados grupos cartoriais e corporativos, terão que
lidar com variáveis exógenas, efeitos colaterais negativos e, muitas vezes,
erros de avaliação. Ademais, é importante que as ações sejam eficientes, isto
é, evidenciem uma menor relação custo/benefício. Torna-se dispensável, por fim,
ressaltar que esse processo de recuperação nacional deva ocorrer de forma
democrática e republicana, observando-se a Constituição.
(*) Economista. Professor aposentado da UFC. Ex-governador do
Ceará.
Fonte: Diário
do Nordeste, Ideias. 7/10/2016.
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