sexta-feira, 13 de outubro de 2017

RADICALISMO


Por Luiz Gonzaga Fonseca Mota (*)
O radicalismo tem influenciado de forma negativa as alterações de comportamento e de organização social, nos países socialistas e capitalistas. Crises, desemprego, miséria, endividamento e violência decorrem de movimentos radicais que não buscam soluções, mas modelos errôneos do ponto de vista socioeconômico e político. Todavia, é ex­tremamente difícil e controvertido encontrar um modelo sociológico, filosófico e ideológico, capaz de gerar uma unanimidade. É urgente a necessidade de ações e programas que, voltados, principalmente, para a área social, promovam e consolidem oportunidades ao povo. Lamentavelmente, nos dias atuais, a exacerbação do pragmatismo está ocupando espaço das opções ideológicas e institucionais. Acreditamos serem as manifestações pragmáticas influenciadas pelo maniqueísmo da direita cartorial e da esquerda corporativa, pela ânsia de poder, pelo individualismo e pela ausência de sentimentos espirituais. O Estado existe não para ser opressor, mas para assegurar os princípios básicos da democracia. Precisamos nos voltar para o conhecimento das verdades essenciais, objetivando alcançar os valores éticos indicadores de um mundo social baseado nos conceitos de justiça e de igualdade de oportunidades. Uma ideia se destaca hoje nas discussões e debates realizados no mundo: globalização. É importante que ela surja como uma forma de promoção social universal, mediante manifestações não apenas econômicas, mas principalmente de ordem política e cultural, respeitando-se os direitos humanos e a coexistência pacífica. A globalização não pode e não deve ser um instrumento para ampliar o fosso existente entre nações ricas e pobres.
(*) Economista. Professor aposentado da UFC. Ex-governador do Ceará.
Fonte: Diário do Nordeste, Ideias. 4/8/2017.

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