domingo, 15 de outubro de 2017

SENHORA APARECIDA: 300 anos de bênçãos e graças!

Por Pe. João Batista de Almeida (*)

Foram cinco anos de preparação, nos quais a imagem foi entregue solenemente às dioceses brasileiras, que a fizeram peregrinar

Chegamos ao grande momento de celebração dos 300 anos do encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida nas águas do rio Paraíba do Sul. Foram cinco anos de preparação, nos quais a imagem foi entregue solenemente às dioceses brasileiras, que a fizeram peregrinar pelas paróquias, comunidades, escolas, hospitais, cadeias, presídios, residências etc. Inúmeros eventos foram promovidos pelos devotos para que pudéssemos chegar a esse momento com o coração agradecido, palpitante de alegria e regozijo pelo grande presente que Deus concedeu ao povo brasileiro, por meio de uma pequenina imagem surgida das águas.
É chegada a hora de cantar: “Quero lembrar os fatos que aconteceram naquele dia, quando, por entre as redes, aquela imagem aparecia. Vendo surgir das águas a tosca imagem de negra cor, agradeceram todos à Mãe de Cristo por tanto amor”. Recordar é viver, por isso fazemos memória de uma “teofania”, uma manifestação divina na história humana. Na singeleza da vida humilde de uma aldeia de pescadores no início do século XVIII, Deus quis mostrar seu amor infinito pelo povo da Terra de Santa Cruz.
Tenho a certeza de que os devotos da Rainha e Padroeira do Brasil querem prestar uma grande homenagem àquela que nos foi dada como símbolo nacional de fé. Com essa convicção, convido todos a soltar a voz e dizer bem alto: “Venho cantar meu canto, cheio de amor e vida. Venho louvar aquela a quem chamo ‘Senhora de Aparecida’. Venho louvar Maria, Mãe do libertador. Venho louvar a Virgem de cor morena, por seu amor”.
Neste ano de festa, as celebrações do Santuário, bem como seu calendário, sofreram alterações. A Novena, que tradicionalmente iniciava no dia 3 de outubro, este ano começou no 1º dia do mês. Em cada dia, celebramos a presença de Maria na vida do povo, e a relação dos devotos com nossa Mãe amorosa.
Por isso, demonstramos como a pequena imagem foi ganhando o coração do povo brasileiro, a começar pelos dos três pescadores. Eles foram os primeiros a acolherem a presença da Mãe com carinho e a verem Ela um sinal de Deus para seu povo. A partir deste acolhimento, surgiu a missionariedade, a partilha, a comunhão eclesial, que culminam com a proteção e o carinho materno que há três séculos são derramados no coração e na vida do povo brasileiro, celebradas nos dias 10, 11 e 12.
Esperamos que os momentos que compõem esta celebração jubilar sejam mais do que momentos especiais de oração; desejamos que sejam restauradores de vidas, recuperadores de dignidades perdidas, libertadores de escravidões, restauradores de imagens e semelhanças divinas, como tem sido a história da devoção a Nossa Senhora Aparecida, ao longo desses 300 anos de bênçãos e de graças.
(*) Reitor do Santuário Nacional de Aparecida (SP).
Fonte: O Povo, de 14/10/2017. Opinião. p.11.

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