Escola de Enfermagem São Vicente de Paulo. (Foto cedida pela Profa. Sílvia Nóbrega-Thérrien). |
Por Carlos Viana (*)
Em 1943, por iniciativa da irmã
Margarida Breves e apoio do arcebispo da época, Dom Almeida Lustosa, era
fundada a primeira escola de Enfermagem do Ceará, que completa hoje (13/2/18) 75 anos.
“A Enfermagem está diretamente ligada à Igreja Católica e à caridade.
Em vários locais do mundo, era comum que pessoas pobres buscassem auxílio em
conventos ou hospitais mantidos pela Igreja. A Enfermagem surgiu assim, da
necessidade de ajudar o próximo”, explica
Francisca Montezuma, coordenadora do curso de enfermagem da Universidade
Estadual do Ceará (Uece).
Fortaleza foi a primeira cidade
do Norte/Nordeste a receber um curso de Enfermagem e a terceira do País. “Isso só foi possível com a luta incansável da irmã
Margarida Breves, que à época era diretora do Patronato Nossa Senhora
Auxiliadora, instituição mantenedora da escola”,
explica a professora.
Em 1975, o curso passou a ser
de responsabilidade da Uece, proporcionando assim uma melhor formação dos
alunos, evitando que eles deixassem o Estado para completar os estudos.
Para o médico e professor do
curso de Medicina da Uece, Marcelo Gurgel, a Enfermagem é de vital importância
para a Medicina. “O médico faz a prescrição
do medicamento, mas é o profissional da enfermagem que fica 24 horas com o
paciente, aplicando a medicação e prestando todo tipo de cuidado,” disse.
De acordo com Montezuma, o
principal problema da Enfermagem atualmente é a falta de reconhecimento. “Por estar ligado à caridade, somente moças de famílias
mais humildes tornavam-se enfermeiras. E isso ficou arraigado na sociedade.
Muitas pessoas, principalmente de famílias ricas confundem o papel da babá com
o da enfermeira”, declara.
Para ela, a profissão sofre uma
precarização no Estado, por não ter uma legislação que defina um piso salarial.
Ela alega que, pela falta dessa legislação, muitos profissionais têm salários
baixos, tendo, inclusive, que trabalhar em vários locais. Outro ponto criticado
pela coordenadora é a falta de concursos na área.
Para Marcelo, a grande oferta
de cursos de Enfermagem no Ceará também precariza a profissão. “São quase 3000 vagas ofertadas em todo o Estado, sem
falar nos cursos à distância, sem muita qualidade. O profissional da Enfermagem
merece respeito, tanto por parte do poder público como das empresas privadas,” completou.
(*) Jornalista. Editoria de Redação de O Povo.
(*) Jornalista. Editoria de Redação de O Povo.
Fonte: O Povo
Online, de 15/02/2018.
https://www.opovo.com.br/noticias/fortaleza/2018/02/curso-de-enfermagem-faz-75-anos-no-ceara.html
Nota do Blog: As informações de cunho histórico estão em artigo de autoria da Profa. Sílvia Nóbrega-Thérrien, imortal da Academia Cearense de Enfermagem e docente da Uece, a ser postado na íntegra oportunamente neste blog. Marcelo Gurgel
Nota do Blog: As informações de cunho histórico estão em artigo de autoria da Profa. Sílvia Nóbrega-Thérrien, imortal da Academia Cearense de Enfermagem e docente da Uece, a ser postado na íntegra oportunamente neste blog. Marcelo Gurgel
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