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terça-feira, 13 de maio de 2025

Intervenção federal na segurança do Ceará já!

Por Luiz Eduardo Girão (*)

Temos em Mateus e Lucas esta exortação de Jesus: "Deixai que os mortos enterrem seus mortos". O Mestre aproveitou o respeito e a comoção do enterro para reforçar a principal finalidade da vida: a evolução do espírito imortal. Mas no Ceará nem os mortos estão mais livres da ação do crime, que teve a audácia de invadir um velório, ateando fogo ao caixão, impedindo a família de concluir o enterro. Barbárie, faroeste, Idade Média? O que mais falta para o governador ter a humildade de reforçar ao presidente (do seu partido!) o meu pedido de imediata intervenção federal fundamentado em 20 laudas que já está há 20 dias na mesa de Lula? Chacinas e extorsões do poder paralelo das facções nas comunidades já viraram rotina em nosso Estado.

Uma das atividades mais perseguidas pelo crime são os provedores de internet com destruição total de equipamentos e veículos. Em Fortaleza e Caucaia, 19 bairros ficaram isolados, sem conexão, pela omissão e incompetência do governo petista. Circula um vídeo - talvez seja por isso que o PT queira regular as redes, via PL da Censura (para a verdade não ser entregue à população) - dizendo que serão retirados todos os cabos nos bairros da Capital e que só a “CVNet” continuaria. Muitas empresas já foram embora gerando desemprego em massa para os cearenses. No Centro da cidade, quase todos os comerciantes são extorquidos.

Estamos mergulhados no caos em que a população está sendo violada em seu sagrado direito de "ir e vir". Em 2024 atingimos 35,9 assassinatos por 100 mil habitantes. Segundo padrões intencionais, um índice superior a 10 já configura uma epidemia. Recentemente, no 2° Congresso do Cariri, o desembargador Raimundo Nonato da Silva (TRE-CE) fez a seguinte declaração: "O Estado Legal foi engolido pelo estado marginal".

Em 2020, no governo de Camilo Santana foi necessária uma ação federal pela Garantia da Lei e da Ordem (GLO) quando a Força Nacional permaneceu no Estado por 16 dias até o restabelecimento da normalidade.

Diante de um quadro tão sério de descontrole da criminalidade, deve prevalecer o espírito público por parte do presidente e do governador. Não se trata aqui de uma questão ideológica de "esquerda X direita" ou "contra ou a favor do governo", e, sim, de cuidar pela vida dos nossos conterrâneos. E, para isso, precisa reconhecer urgente a incapacidade de enfrentar as facções e pedir socorro ao Governo Federal para evitar mais tragédias. Enquanto é tempo! Paz & Bem!

(*) Empresário. Senador pelo Podemos/CE.

Fonte: Publicado In: O Povo, de 11/04/25. Opinião, p.19.

quinta-feira, 3 de abril de 2025

2026: A redenção do Ceará 30 anos depois

Por Luiz Eduardo Girão (*)

Minha avó Maria, nos ensinava: "ou aprendemos pelo amor ou pela dor…". Infelizmente, o despertar dos nossos conterrâneos está vindo através da dor, diante das grandes provações que os cearenses têm sofrido, especialmente na área da segurança pública.

Todos os dias, as páginas deste jornal escancaram um cenário típico da Idade Média, em um Estado cada vez mais dominado pelas facções criminosas, que humilham sem piedade nossos cidadãos, enquanto o governo do PT "assiste de camarote". O clima de medo desse faroeste urbano acontece à luz do dia e, o pior, vitima até idosos e crianças, tanto na capital quanto no interior, consequência da completa omissão e incompetência do governo aliado ao aparelhamento político e ideológico de instituições que deveriam fiscalizar e cobrar ações efetivas do executivo, mas "preferem" silenciar. E quem paga por essa inoperância institucional dos burocratas é quem, de fato, trabalha, carregando nas costas a máquina estatal cheia de privilégios.

Só neste início de fevereiro, além das dezenas de assassinatos que já viraram regra mensal, tivemos a tentativa de chacina em Caucaia, com cinco pessoas baleadas, além de mais uma onda de ataques a empresas provedoras de internet, deixando a população de 4 municípios sem comunicação. Enquanto isso os jovens adoecem pelas drogas e são cooptados neste barco estado que vivemos! Gente, onde vamos parar com essa barbárie?

O que me conforta é constatar um movimento forte e crescente em nossa sociedade, de não mais se curvar a essa velha e má política que nos colocou nessa humilhante situação, onde as trevas e sombras teimam em sufocar a "Terra da Luz". Mas não vão conseguir! Os ventos e o sol da mudança já apontam no horizonte, tal como aconteceu há tempos, em 1986, quando houve a quebra de paradigmas e um novo ciclo na gestão pública!

Tenho muita fé e esperança no levante de irmãs e irmãos de ideal — algo que já está em curso pleno e vigoroso — despertando a consciência desse povo de fibra e libertário por natureza que trará de volta o encanto que está ausente e tirará a ferrugem dos sorrisos! Percebo, nos quatro cantos do Ceará, uma legião do bem se unindo como nunca e tomando as rédeas do próprio destino por meio de uma participação mais ativa na vida política prestes a dar um grito de liberdade que acordará a "vizinhança inteira"!

Aliás, um aperitivo dessa mobilização ordeira e pacífica, inspirada pela indignação dos cearenses diante da inversão de valores e dos "poderosos de plantão", ocorrerá neste próximo domingo, 16/3, às 16h, na Praça Portugal. A organização é da Marcha pela Família.

Estarei lá e convido você a se juntar a nós; pelos nossos filhos e netos! Que Deus nos abençoe.

Paz e Bem!

(*) Empresário. Senador pelo Podemos/CE.

Fonte: Publicado In: O Povo, de 14/03/25. Opinião, p.17.


segunda-feira, 5 de agosto de 2024

Segurança, o Ceará não tem disso, não...Por quê?

Por Luiz Eduardo Girão (*)

Para qualquer líder que se preza, o uso da palavra é determinante para influenciar opiniões, demonstrando suas intenções. Na posse do novo Secretário de Segurança, o governador Elmano de Freitas, do PT, cometeu um "ato falho" que revela muito sobre a tragédia da violência que meus conterrâneos sofrem diariamente: "a partir de agora, bandido será tratado como bandido!". Só faltou ele explicar de qual forma eram tratados até então. Como cidadãos? A fala de Elmano evidencia seu perfil; foi advogado de invasores de terras e conivente com práticas duvidosas! Poucos dias depois de sua fala desastrosa, acontecia mais uma chacina por aqui; desta vez na pacata cidade de Viçosa, onde 8 pessoas foram enfileiradas em praça pública e friamente assassinadas.

A omissão da oligarquia PT e PDT diante do crime organizado não é de hoje. Vem de mais de uma década! Isso ajuda a explicar a profunda crise da segurança pública no Estado e, especialmente, em nossa Capital. Segundo o Atlas da Violência, nos últimos 10 anos, o Ceará se manteve dentre os Estados com mais crimes no Brasil. Só nos primeiros 4 meses do ano foram quase mil assassinatos. Em Fortaleza a situação é igualmente alarmante; estamos entre as 10 cidades mais perigosas do mundo, segundo o Conselho Cidadão.

Esses indicadores afastam novos investimentos em todas as áreas. Em 2018, quando a situação ainda não era tão crítica, houve uma grande oportunidade de enfrentar a criminalidade com a instalação da CPI do Narcotráfico na Assembleia Legislativa. Mas Evandro Leitão, à época líder do governo petista, articulou para impedir sua instalação dizendo que não assinaria pois tinha medo de represálias do crime organizado contra a sua família…

É esse deputado o escolhido pelo PT para ser o candidato a prefeito de Fortaleza que já tem vários bairros dominados pelas facções. Além de assinar uma CPI para investigar o crime organizado, fui de gabinete em gabinete e consegui 32 assinaturas de senadores - 5 a mais do necessário. Ela foi lida pela Mesa em julho de 2022, mas arquivada no mesmo ano devido ao final da legislatura. Então mudei a estratégia; em 2023 recolhi novas assinaturas de Senadores para uma CPMI do mesmo tema, mas ainda falta completar a de deputados (lá são necessárias 171 assinaturas). Fiz e tô fazendo a minha parte no Senado para trazer paz aos cearenses.

Confio que este ciclo vicioso de poder pelo poder esteja chegando ao fim. Esse é um ano de eleição. Oportunidade para a manifestação do voto consciente e libertário de um povo honesto e trabalhador como é o nosso. Somos a Terra da Luz e não das trevas. Paz & Bem

(*) Empresário. Senador pelo Podemos/CE.

Fonte: Publicado In: O Povo, de 5/07/24. Opinião, p.19.

quarta-feira, 29 de dezembro de 2021

COMPROMISSO COM A SEGURANÇA PÚBLICA

Por Henrique Soárez (*)

Tiquinho é marceneiro. Sua esposa foi assassinada e ele foi expulso de sua moradia. Viu os bandidos trocarem a fechadura da sua porta. Hoje mora de favor e se ressente de precisar pedir dinheiro. Nem espera ter a casa devolvida. Sabe que o Estado não tem como garantir a sua segurança.

Mesmo com todos os avanços em políticas públicas no Ceará das últimas décadas, o crime segue mais organizado que o estado. A importante série "Guerra Sem Fim", produzida pelo Grupo O POVO, expõe a triste realidade: as facções colocam fronteiras. Para ficar em um só exemplo: alunos de um território não podem assistir aula em outro.

Em um "bom" ano, 40% dos homicídios no nosso estado são solucionados. A média mundial é 63%. Defensores públicos advogam aluguel social para as famílias deslocadas. É razoável, mas a proposta evidencia o tamanho do problema: a moradia anterior não foi destruída por um acidente natural. Ela está lá, ocupada por um bandido, e o Estado propõe um paliativo.

Nós, a sociedade, abandonamos Tiquinho. Nos encontramos próximos à anomia social. Com toda a controvérsia que envolve o combate às drogas, não deveria ser difícil encontrar algumas unanimidades no campo da segurança pública: é vasta a convergência entre quem valoriza o direito à propriedade e quem coloca em primeiro lugar o direito à vida.

O problema do crime organizado é complexo. Soluções requerem coordenação entre todos os entes federativos: segurança pública é responsabilidade dos estados, que precisam prover especialmente visibilidade às forças policiais; os municípios precisam prover iluminação, cultura, esporte e educação; e a União deve orquestrar uma política nacional de segurança, além de oferecer meios para os demais entes enfrentarem organizações criminosas que podem ser internacionais. Tratar a doença requer também persistência. Como uma mola que não se opõe diante de uma ação externa, as organizações criminosas aguardam a intervenção cessar para seguir com suas atividades.

Meu voto para governador em 2022 e para prefeito em 2024 dará grande importância às propostas para lidar com o crime organizado e as facções. Quatro anos de trabalho não resolvem, mas um dia de inação torna o problema ainda mais entranhado. 

(*) Engenheiro eletricista, diretor do Colégio 7 de Setembro e da Uni7

Fonte: Publicado In: O Povo, de 2/12/21. Opinião, p.18.

 

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