quarta-feira, 18 de março de 2015

FREI LAURO, O LUZEIRO JUVENIL



Por Diogo Fontenelle (*)
Para o poeta Paulo Gurgel Carlos da Silva
Era uma vez... um frade franciscano alemão
Do sonhar florido, do olhar tão enternecido,
Do coração-menino ao sol de sempre-verão
A soprar esperanças pelo viver mais sofrido
Da juventude privada de gentileza e cortesia.
Frei Lauro tangia a ruidosa bandinha juvenil,
Os campeonatos de futebol, a tão doce folia!
Frei Lauro cultivou as sementes de azul-abril
Pelo cinza horizonte daqueles sem cidadania!
Frei Lauro, era o mais risonho companheiro
Dos jovens a empinar sonhares azul-melodia
Nos telhados do Otávio Bonfim tão festeiro,
Pelos azuis do céu feito madrigal de Poesia!
(*) cirurgião-dentista e poeta

terça-feira, 17 de março de 2015

Carta do Zé Cochilo (da roça) para seu colega Luiz (da cidade)



SÓ RINDO MESMO!!!
Leiam até o final. É interessante e verdadeiro.
A carta a seguir - tão somente adaptada por Barbosa Melo -, foi escrita por Luciano Pizzatto que é engenheiro florestal, especialista em direito sócio-ambiental e empresário, diretor de Parque Nacionais e Reservas do IBDF-IBAMA 88-89, detentor do primeiro Prêmio Nacional de Ecologia.
Prezado Luis, quanto tempo.
Eu sou o Zé, teu colega de ginásio noturno, que chegava atrasado, porque o transporte escolar do sítio sempre atrasava, lembra né? O Zé do sapato sujo? Tinha professor e colega que nunca entenderam que eu tinha de andar a pé mais de meia légua para pegar o caminhão e que por isso o sapato sujava.
Se não lembrou ainda, eu te ajudo. Lembra do Zé Cochilo... hehehe, era eu. Quando eu descia do caminhão de volta pra casa, já era onze e meia da noite, e com a caminhada até em casa, quando eu ia dormi já era mais de meia-noite. De madrugada o pai precisava de ajuda pra tirar leite das vacas. Por isso eu só vivia com sono. Do Zé Cochilo você lembra, né Luis?
Pois é. Estou pensando em mudar para viver aí na cidade que nem vocês. Não que seja ruim o sítio, aqui é bom. Muito mato, passarinho, ar puro... Só que acho que estou estragando muito a tua vida e a de teus amigos aí da cidade. To vendo todo mundo falar que nós da agricultura familiar estamos destruindo o meio ambiente.
Veja só. O sítio de pai, que agora é meu (não te contei, ele morreu e tive que parar de estudar) fica só a uma hora de distância da cidade. Todos os matutos daqui já têm luz em casa, mas eu continuo sem ter porque não se pode fincar os postes por dentro de uma tal de APPA que criaram aqui na vizinhança.
Minha água é de um poço que meu avô cavou há muitos anos, uma maravilha, mas um homem do governo veio aqui e falou que tenho que fazer uma outorga da água e pagar uma taxa de uso, porque a água vai se acabar. Se ele falou, deve ser verdade, né Luís?
Pra ajudar com as vacas de leite (o pai se foi, né ), contratei Juca, filho de um vizinho muito pobre aqui do lado. Carteira assinada, salário mínimo, tudo direitinho como o contador mandou.
Ele morava aqui com nós num quarto dos fundos de casa. Comia com a gente, que nem da família. Mas vieram umas pessoas aqui, do sindicato e da Delegacia do Trabalho, elas falaram que se o Juca fosse tirar leite das vacas às 5 horas tinha que receber hora extra noturna, e que não podia trabalhar nem sábado nem domingo, mas as vacas daqui não sabem os dias da semana, aí não param de fazer leite. Ô, os bichos aí da cidade sabem se guiar pelo calendário?
Essas pessoas ainda foram ver o quarto de Juca e disseram que o beliche tava 2 cm menor do que devia. Nossa! Eu não sei como encompridar uma cama, só comprando outra, né Luis? O candeeiro eles disseram que não podia acender no quarto, que tem que ser luz elétrica, que eu tenho que ter um gerador pra ter luz boa no quarto do Juca.
Disseram ainda que a comida que a gente fazia e comia juntos tinha que fazer parte do salário dele. Bom Luís, tive que pedir ao Juca pra voltar pra casa, desempregado, mas muito bem protegido pelos sindicatos, pelos fiscais e pelas leis. Mas eu acho que não deu muito certo. Semana passada me disseram que ele foi preso na cidade porque botou um chocolate no bolso no supermercado. Levaram ele pra delegacia, bateram nele e não apareceu nem sindicato nem fiscal do trabalho para acudi-lo.
Depois que o Juca saiu, eu e Marina (lembra dela, né? Casei) tiramos o leite às 5 e meia, aí eu levo o leite de carroça até a beira da estrada, onde o carro da cooperativa pega todo dia, isso se não chover. Se chover, perco o leite e dou aos porcos, ou melhor, eu dava, hoje eu jogo fora.
Os porcos eu não tenho mais, pois veio outro homem e disse que a distância do chiqueiro para o riacho não podia ser só 20 metros. Disse que eu tinha que derrubar tudo e só fazer chiqueiro depois dos 30 metros de distância do rio, e ainda tinha que fazer umas coisas pra proteger o rio, um tal de digestor. Achei que ele tava certo e disse que ia fazer, mas só que eu sozinho ia demorar uns trinta dia pra fazer, mesmo assim ele ainda me multou, e pra poder pagar eu tive que vender os porcos, as madeiras e as telhas do chiqueiro, fiquei só com as vacas. O promotor disse que desta vez, por esse crime, ele não vai mandar me prender, mas me obrigou a dar 6 cestas básicas pro orfanato da cidade. Ô Luís, aí quando vocês sujam o rio também pagam multa grande, né? 
Agora pela água do meu poço eu até posso pagar, mas tô preocupado com a água do rio. Aqui agora o rio todo deve ser como o rio da capital, todo protegido, com mata ciliar dos dois lados. As vacas agora não podem chegar no rio pra não sujar, nem fazer erosão. Tudo vai ficar limpinho como os rios aí da cidade.
Mas não é o povo da cidade que suja o rio, né Luís? Quem será? Aqui no mato agora quem sujar tem multa grande, e dá até prisão. Cortar árvore então, Nossa Senhora! Tinha uma árvore grande ao lado de casa que murchou e tava morrendo, então resolvi derrubá-la para aproveitar a madeira antes dela cair por cima da casa.
Fui no escritório daqui pedir autorização, como não tinha ninguém, fui no Ibama da capital, preenchi uns papéis e voltei para esperar o fiscal vir fazer um laudo, para ver se depois podia autorizar. Passaram 8 meses e ninguém apareceu pra fazer o tal laudo, aí eu vi que o pau ia cair em cima da casa e derrubei. Pronto! No outro dia chegou o fiscal e me multou. Já recebi uma intimação do Promotor porque virei criminoso reincidente. Primeiro foram os porcos, e agora foi o pau. Acho que desta vez vou ficar preso.
Tô preocupado, Luís, pois no rádio deu que a nova lei vai dá multa de 500 a 20 mil reais por hectare e por dia. Calculei que se eu for multado eu perco o sítio numa semana. Então é melhor vender e ir morar onde todo mundo cuida da ecologia. Vou para a cidade, aí tem luz, carro, comida, rio limpo. Olha, não quero fazer nada errado, só falei dessas coisas porque tenho certeza que a lei é pra todos.
Eu vou morar aí com vocês, Luís. Mas fique tranquilo, vou usar o dinheiro da venda do sítio primeiro pra comprar essa tal de geladeira. Aqui no sitio eu tenho que pegar tudo na roça. Primeiro a gente planta, cultiva, limpa e só depois colhe pra levar pra casa. Aí é bom que vocês é só abrir a geladeira que tem tudo. Nem dá trabalho, nem plantar, nem cuidar de galinha, nem porco, nem vaca, é só abrir a geladeira que a comida tá lá, prontinha, fresquinha, sem precisá de nós, os criminosos aqui da roça.
Até mais Luis. 
Ah, desculpe, Luís, não pude mandar a carta com papel reciclado, pois não existe por aqui, mas me aguarde até eu vender o sítio.
 (Todos os fatos e situações de multas e exigências são baseados em dados verdadeiros. A sátira não visa atenuar responsabilidades, mas alertar o quanto o tratamento ambiental é desigual e discricionário entre o meio rural e o meio urbano.)
Divulguem!
Fonte: Internet (circulando por e-mail).

segunda-feira, 16 de março de 2015

O REI ESTÁ NU



Meraldo Zisman (*)
Médico-Psicoterapeuta
A Roupa Nova do Rei é um conto de fadas de autoria do dinamarquês Hans Cristian Andersen, publicado em 1837. Começa assim:
Era uma vez um bandido, fazendo-se passar por um alfaiate de terras distantes, diz a um determinado rei que poderia fazer uma roupa muito bonita e cara, mas que apenas as pessoas mais inteligentes e astutas poderiam vê-la.
O rei, muito vaidoso, gostou da proposta e pediu ao bandido que fizesse uma roupa dessas para ele. O bandido recebeu vários baús cheios de riquezas, rolos de linha de ouro, seda e outros materiais raros, exigidos por ele para a confecção das roupas. Ele guardou todos os tesouros e ficou em seu tear, fingindo tecer fios invisíveis, que todas as pessoas alegavam ver, para não parecerem estúpidas. Até que um dia, o rei se cansou de esperar, e ele e seus ministros quiseram ver o progresso do "alfaiate".
Quando o falso tecelão mostrou a mesa vazia, o rei exclamou: "Que lindas vestes! Você fez um trabalho magnífico!", muito embora, não visse nada além de uma mesa, pois, dizer que nada via seria admitir que não tinha a capacidade necessária para ser o rei.
Os nobres ao redor soltaram falsos suspiros de admiração pelo trabalho do bandido, nenhum deles querendo que achassem que era incompetente ou incapaz. O bandido garantiu que as roupas logo estariam completas, e o rei resolveu marcar uma grande festa na capital para que ele exibisse as vestes especiais, quando descesse a rampa do seu palácio do Planalto.
O leitor deve lembrar-se dessa história, da sua própria infância, sobre dois espertalhões que enganavam o rei, dizendo que iam vesti-lo com um traje finíssimo?
No final, o rei sai todo pomposo desfilando pela rua, e todo mundo nota que ele está nu, mas ninguém tem coragem de falar. Enquanto o protagonista desfila pela Rampa, um menino grita: "O rei está nu", e todos concluem que, se uma criança, com toda sua pureza, constatava que o monarca estava mesmo exposto em suas vergonhas, é que tudo naquele reino não passava de uma farsa.
E o nosso mito majestático, desmoralizado, recolheu-se ao castelo e jamais saiu de lá até a morte. Quando ao "costureiro vigarista", deu o fora com o ouro pago e não se soube mais dele, pois foi viver em um paraíso fiscal.
E por pior: todos os ministros e assessores que não ousaram admitir que não havia roupa nenhuma caíram em desgraça e foram demitidos.
Até ai, nenhuma novidade. Mas, graças a louvável esforço de pesquisa, técnicos em Ciências Carochinhas decidiram dizer não às convenções e apresentar a versão não autorizada desse embuste, desenvolvida segundo os conceitos vigentes na sociedade e ambiente de longínquo país latino-americano.
Toda desgraça teve início quando um bandido chamado Frajola gritou pelo celular:
"O rei está nu! O rei está nu!"
Esqueceu que, no Brasil, nós todos "estamos nus".
(*) Professor Titular da Pediatria da Universidade de Pernambuco. Psicoterapeuta. Membro da Sobrames/PE, da União Brasileira de Escritores (UBE) e da Academia Brasileira de Escritores Médicos (ABRAMES).

domingo, 15 de março de 2015

TOP 10: casos em que o Facebook contribuiu para a separação de casais



Um estudo feito pela empresa de advogados Divorce Online mostra que mais de um terço dos divórcios nos Estados Unidos citam a palavra Facebook. A rede social está tão presente na vida das pessoas que, cada vez mais, está relacionada a separações (sejamos justos: a encontros e reconciliações também). Veja alguns casos em que a rede social contribuiu para separar casais.
Perfil falso
A britânica Stephanie estava desconfiada de que seu marido era infiel. Para tirar isso a limpo, criou em 2010 um perfil falso no Facebook, dizendo ser uma garota de 21 anos chamada Laura, e o adicionou. Nas conversas, Simon confessou que, além da mulher, tinha uma namorada. Stephanie pediu o divórcio depois que o marido aceitou se encontrar com Laura – isso no mesmo dia em que Stephanie havia marcado uma conversa com ele.
Status de relacionamento
Uma indiana pediu divórcio do marido em 2012 após perceber que ele não havia mudado seu status de relacionamento no Facebook para casado. O advogado do marido alegou que ele estava tão ocupado com os negócios e com a família que se esqueceu de atualizar a rede social. O juiz pediu para o casal passar mais seis meses juntos com aconselhamento de um especialista – depois disso, não se teve mais notícia sobre o caso.
Duas esposas
Em 2010, a americana Lynn descobriu pelo Facebook que seu marido tinha se casado em segredo com outra mulher. Ela achou um perfil na rede social com mais de 200 fotos do casamento que aconteceu na Disney World – na ocasião, é importante destacar, os noivos estavam vestidos de Bela Adormecida e Príncipe Encantado. O marido, John, disse que ela já sabia de tudo e só queria conseguir de volta a guarda dos filhos. A mulher entrou com um pedido de divórcio.
Torcedores rivais
O torcedor Stuart, do Manchester United, viajou em 2012 até a Escócia para conhecer uma garota com quem conversava pelo Facebook. Quando chegou ao local, recebeu o telefonema de torcedores do Liverpool que conheceu durante um feriado no México. Eles diziam que tudo não passava de uma pegadinha. A conversa foi gravada, postada no YouTube e, posteriormente, no Facebook. A esposa de Stuart soube que o marido iria traí-la e pediu divórcio.
Bigamia
Richard bloqueou no Facebook a esposa, com quem tinha se casado em 2004, e postou fotos de seu segundo casamento, realizado em 2010. A primeira mulher achou estranho não conseguir acessar o perfil do marido, então começou a procurar em páginas de amigos em comum alguma referência para Richard tê-la bloqueado. Ela acabou encontrando fotos, fez uma denúncia e o marido teve que responder pelo crime de bigamia.
A mulher que era homem
Um rapaz da Indonésia conheceu sua mulher pelo Facebook. Depois de ter se casado com ela, em 2011, o jovem achou estranho a mulher se recusar a ter relações sexuais. O caso se espalhou pela vizinhança, que acabou descobrindo que Fransiska na verdade era um homem. Ameaçada de ter suas roupas arrancadas na rua, ela foi até a polícia e se entregou. Por fraude e falsificação de documentos, Fransiska poderia ser até presa. 
Celebridades
A atriz Eva separou-se do jogador de basquete Tony após sete anos juntos (considerando namoro e casamento). Tudo ocorreu após a artista alegar que o marido a traiu com uma mulher com quem mantinha contato pelo Facebook. Eva não guardou mágoas – pelo menos não da rede social. Foi também pelo Facebook que ela confirmou o divórcio horas depois de um site de fofocas divulgar a informação.
O casamento acabou
O jogador de futebol Michael descobriu que sua mulher estava se separando dele pelo Facebook, depois de ela mudar seu status de “casada” para “solteira”. O casamento durou sete meses. Os dois trocaram farpas pela rede social, e o jogador teve que dividir sua fortuna com a ex-mulher.
Velho amigo
Em 2010, Joseph assassinou a mulher com quem foi casado durante 35 anos. Isso porque Janette, na época com 57 anos, confessou ao marido que iria trocá-lo por um antigo amigo que havia reencontrado pelo Facebook. Durante uma briga, Richardson esfaqueou sua mulher com duas facas de pesca que estavam na garagem. Em comunicado, os quatro filhos do casal disseram que haviam perdido a mãe e também o pai.
10º Solteira no Facebook
O carpinteiro Edward matou sua mulher a facadas enquanto ela estava dormindo. O motivo foi que Sarah havia mudado seu status de relacionamento no Facebook para “solteira”. O casal havia se separado havia três semanas, após terem uma discussão sobre a quantidade de dinheiro que Edward estava gastando com drogas e o fato dele não querer ter filhos.
Fonte: UOL Notícias, de 13/06/13.

O ano sabático. Bons ventos para (re)pensar a carreira



Por Camila Juliana, Da Redação
Profissionais tiram aproximadamente um ano de licença de suas atividades para executar projetos pessoais
A expressão “ano sabático”, tem origem na palavra hebraica shabat que significa parar, cessar. Na tradição judaica o termo sabat significa “parar de trabalhar” ou ainda “período de descanso”. Esse dia ocorre entre o pôr do sol da sexta-feira até o pôr do sol do sábado, período em que os judeus se dedicam ao descanso religioso e não realizam nenhum tipo de atividade física. No judaísmo, além do sétimo dia da semana, destinado ao descanso, no sétimo ano do ciclo de sete anos da agricultura ordenada pela Torá para o povo de Israel, os judeus ficavam um ano inteiro sem trabalhar.
Esse “ano sabático”, tinha também o objetivo de permitir o descanso da terra, assim como para auxiliar os trabalhadores a estarem mais dispostos para o cultivo, depois de seis anos de colheita contínua. O mundo empresarial e o acadêmico assimilaram a expressão “ano sabático”, e hoje é frequente que os profissionais tirem aproximadamente um ano de licença de suas atividades para executar projetos pessoais, se distanciar da rotina e repensar vida e carreira.
Neste período que muitos buscam experiências internacionais, por vezes em locais de difícil acesso, para que certa meditação seja possível. Em âmbito empresarial, essa permissão normalmente é concedida para os executivos de altos escalões. A concessão pode ou não ser remunerada. O período sabático não é uma obrigatoriedade legal que está na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Assim, podemos pensar que se trata de um investimento da organização no seu trabalhador, que pode propiciar um engajamento maior, aumentando a produtividade e criatividade.
Na perspectiva do trabalhador é recomendável que uma programação de médio ou longo prazo seja estabelecida antes do período sabático. Organizar a vida familiar, social e financeira são alguns dos pontos fundamentais para que efetivamente se possa descansar e repensar nas escolhas feitas. Fique atento se sua empresa é receptiva. Se for, tente montar um projeto. Aponte justificativas, resultados esperados (qualitativos e quantitativos) e como tudo isso pode se relacionar com o negócio principal da empresa. Depois, é curtir o momento e extrair experiências que dificilmente seriam possíveis dentro dos limites do território organizacional.
Fonte: O Estado de São Paulo, 19/10/2014.

sábado, 14 de março de 2015

VOCÊ TEM ESSA CLASSE TODA?



Uma mulher escuta a campainha da sua casa tocar e, ao abrir a porta, dá de cara com um homem que lhe pergunta:
- A senhora tem vagina?
Assustada e indignada, ela bate-lhe a porta na cara.
Na manhã seguinte, tocam a campainha. É o mesmo homem que lhe faz a mesma pergunta.
Ela, furiosa, bate-lhe a porta na cara novamente.
No terceiro dia repete-se a mesma cena. Quando o marido volta do trabalho à noite, ela enfim, lhe conta o acontecido.
Sentindo-se ultrajado, ele combina com ela:
- Amor, amanhã não vou trabalhar. Se esse cretino aparecer, me escondo, você atende e eu então apareço e lhe esmurro a cara.
Na manhã seguinte, tocam a campainha. O marido, antes de se esconder, diz para a mulher:
- Se for o mesmo homem, diga-lhe que sim, para sabermos o que ele vai dizer.
Ela atende, e o homem está lá de novo com a mesma pergunta:
- A senhora tem vagina?
Ela responde:
- Tenho.
- Ah..., ótimo! Então me faça a gentileza de pedir ao seu marido que pare de usar a da minha mulher e passe a usar a sua.
Muito obrigado pela sua atenção! Até logo.
Com classe é outra coisa...

SOBRE O BARÃO DE ITARARÉ



Por Antonio Pastori
Apparício Fernando de Brinkerhoff Torelly, o Barão de Itararé (1895-1971), é conhecido como um dos maiores frasistas brasileiros.
Seu cartão de visitas como gozador de primeira hora começava pela titulação, “Barão de Itararé”, pois ele nunca foi nobre e Itararé foi a batalha que não aconteceu na Revolução de 30 (ou foi na de 32?).
Não importa. Criador do jornal “A Manha”, o Barão ridicularizava ricos, classe média e pobres. Não perdoava ninguém, sobretudo políticos, donos de jornal e intelectuais. Dizem que é o pai da mídia alternativa, independente, etc.
O primeiro nobre do humor no Brasil. Debochava de tudo e de todos e costumava dizer que, “quando pobre come frango, um dos dois está doente”. Ele é um dos inventores do contra-politicamente correto.
Há muito que o Barão de Itararé merecia uma biografia mais detida. Em 2003, o filósofo Leandro Konder lançou “Barão de Itararé — O Humorista da Democracia” (Brasiliense, 72 páginas).
Quatro anos depois, o jornalista Mouzar Benedito lançou o opúsculo “Barão de Itararé — Herói de Três Séculos (Expressão Popular, 104 páginas). No final, há uma coletânea das melhores máximas do humorista, que dizia:
Abaixo, algumas frases geniais do Barão.
Os homens nascem iguais, mas no dia seguinte já são diferentes.
Dize-me com quem andas e eu te direi se vou contigo.
A forca é o mais desagradável dos instrumentos de corda.
Quem não muda de caminho é trem.
A moral dos políticos é como elevador: sobe e desce. Mas em geral enguiça por falta de energia, ou então não funciona definitivamente, deixando desesperados os infelizes que confiam nele.
Antonio Pastori, guardião da Domingueira Poética.
 

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