segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

RESPONSABILIDADE DA MÍDIA PROFISSIONAL

Meraldo Zisman (*)
Médico-Psicoterapeuta
O Brasil ainda não se encontra devidamente estruturado do ponto de vista cultural. Com o advento da Internet, a responsabilidade do jornalismo profissional aumenta cada vez mais, pois é sabido que as notícias mais importantes são vinculadas através da Mídia Profissional. Muito embora 75% das notícias lidas na internet venham de compartilhamentos via E-mail ou redes sociais (Pew Research Center), na eleição passada (2014), para presidente da República, 61% das notícias tiveram origem jornalística, segundo pesquisa Datafolha.
Aparentemente, os ventos estão a favor da internet, facebook, tweeters, WhatsApp, e de outros dispositivos que irão aparecer, com toda certeza, trazendo novidades agregadas. Todavia, será que a mídia profissional está cedendo lugar para as denominadas mídias sociais? Acredito que elas sejam complementares. As redes denominadas sociais seguem a moda que dita a TV, os jornais e os noticiários empresariais ou governamentais.
No Brasil e em outros países a TV, o rádio, os jornais impressos e outros meios de comunicação ocupam um lugar destacado na informação ao grande público. Bastaria citar as novelas e os seus sucessos, que passaram a ser parte do imaginário dos brasileiros. Elas invadem os lares dos "nobres" e dos "pobres", e são assistidas em casas e apartamentos de luxo, favelas, mocambos, palafitas. Suas antenas são visíveis na maioria dos telhados das moradias. E algumas delas, inclusive, se dão ao luxo de evidenciar uma antena parabólica, bem como a TV a cabo por assinatura, como se isso fosse sinônimo de um "status quo". O grande desafio, entretanto, será, o de fazer delas (as novelas), algo de positivo, que exerça um papel importante na formação das pessoas.
Cautela com o que noticiam e – mais grave – com o que deixam de noticiar (omitem), senhoras e senhores jornalistas! O profissional de jornalismo não deve esquecer, que, quando bem praticada, não existe profissão mais bela e interessante, embora nenhuma outra exija maior talento, tato e vivacidade. Não ponham a culpa nas mídias sociais e não se eximam das vossas responsabilidades.
O escritor Lev Tolstoi (1862-1910) dizia: - Eu escrevo livros e sei o mal que podem causar!
Imaginem agora, com o enxame de parafernálias eletrônicas trazidas pelo Mercado!
(*) Professor Titular da Pediatria da Universidade de Pernambuco. Psicoterapeuta. Membro da Sobrames/PE, da União Brasileira de Escritores (UBE) e da Academia Brasileira de Escritores Médicos (ABRAMES). Consultante Honorário da Universidade de Oxford (Grã-Bretanha).

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