segunda-feira, 26 de junho de 2017

TAXA DE CÂMBIO

Por Luiz Gonzaga Fonseca Mota (*)
Taxa de câmbio é o preço da moeda estrangeira (divisa) em termos de moeda nacional, ou seja, a relação existente entre duas moedas. Por exemplo, R$ (real) do Brasil comparado com o US$ (dólar) dos EUA. Pode-se dizer que por trás da demanda de divisas está o fluxo representativo da saída de recursos para o exterior, mediante operações como: importação de bens e serviços, turismo no exterior, pagamentos financeiros, empréstimos concedidos, amortizações de financiamentos, etc. Por outro lado, por trás da oferta de divisas tem-se o fluxo referente à entrada de recursos no país evidenciada por operações como: exportação de bens e serviços, turismo de estrangeiros no país, recebimentos financeiros e empréstimos oriundos do exterior, etc. Os formatos das curvas de procura e oferta de divisas, num modelo de mercado livre, são semelhantes aos esquemas tradicionais da teoria econômica, conforme o sistema cartesiano. A política econômica deve ser observada, detalhadamente, pois poderão ocorrer efeitos colaterais negativos, tais como: inflação, desemprego, aumento da taxa de juros, desajustes fiscais, queda de investimento, etc. Hoje, no Brasil existe uma grande expectativa em torno do câmbio. A taxa (R$/US$) caiu bastante nos últimos dez meses. Passou de aproximadamente 4 para 3, o que no momento foi bom. No entanto, “todo cuidado é pouco”. Os “policy makers” brasileiros devem permanecer atentos às conjunturas econômico-políticas, internacional e nacional, de modo a evitar especulações, desperdícios, bem como o perigoso risco de uma crise cambial, que poderia levar o país da “enfermaria” para a “UTI”.
(*) Economista. Professor aposentado da UFC. Ex-governador do Ceará.
Fonte: Diário do Nordeste, Ideias. 24/2/2017.

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