segunda-feira, 18 de setembro de 2017

EDUCAÇÃO


Por Luiz Gonzaga Fonseca Mota (*)
A educação deve ser proporcionada a todos por ser um direito e uma condição para o pleno desenvolvimento da pessoa humana. Além de constituir um direito, também é um dos principais fatores, senão o mais importante, do desenvolvimento dos países. É fundamental que as nações entendam, em primeiro lugar, que a educação não é um gasto, porém um investimento. Em segundo lugar, é um investimento de longo prazo que deve expressar o compromisso de gerações e ser elevado a um projeto do Estado Democrático, para além das divergências partidárias, ou seja, a educação não deve ser um programa de Governo, mas de Estado. Ademais, deve-se buscar a articulação dos diversos segmentos da sociedade. Há uma evidente correlação entre os níveis educacionais, cognitivos e comportamentais, das populações e o desenvolvimento dos países. E, neste contexto, a educação já não é um meio de atingi-lo, mas um elemento dele constitutivo. Este entendimento levou à adoção da educação como um dos fatores na construção do conhecido IDH – Índice de Desenvolvimento Humano, que tem orientado as políticas públicas em vários países, sendo importante indicador de avaliação de seus acertos ou insuficiências. Resta, pois, o passo mais difícil – transformar a retórica em ações concretas e priorizar os investimentos na educação, nas múltiplas dimensões do acesso, equidade e qualidade. Eis o caminho do desenvolvimento equilibrado, democrático, justo, com distribuição de renda e participação de todos na riqueza das nações – o verdadeiro desenvolvimento humano.
(*) Economista. Professor aposentado da UFC. Ex-governador do Ceará.
Fonte: Diário do Nordeste, Ideias. 2/6/2017.

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