Médico-Psicoterapeuta
Seria
interessante apresentar-me rapidamente para facilitar o entendimento do que
pretendo escrever e dizer sobre o sentimento cívico de brasilidade.
Sou um
professor de Medicina aposentado de Clinica Pediátrica Médica. Passei minha
vida acadêmica cercado de jovens alunos e alunas, procurando repassar
ensinamentos dos meus mestres brasileiros e não brasileiros e, sobretudo, o que
posso de meu aprendizado sofrido e vivido até a minha hoje provecta existência,
e agora como Psicoterapeuta.
Nas
atividades acadêmicas e de pesquisas a minha tecla constante foi a fome
ancestral que assola a população Nordestina. Dentre as mazelas da Pobreza a
fome é uma das maiores violências que um ser humano pode causar ao outro. Assim
aprendendo, passei a apertar o outro botão — o da violência. O som foi o mesmo.
Fome e violência poderiam situar-se na mesma chave musical. Nasceram acordes
univitelinos. Como veterano clínico de crianças passei, vi, sofri, ajudei, fui
incompreendido, atacado, desconsiderado e relativamente reconhecido algumas
vezes, fora do Brasil.
Mais eu sei
que “nada molda” mais a criança do que a maneira como ela é educada (alimentar
não significa apenas dar/ter comida no prato!). Pensava que a acomodação da
pessoa começava no período de recém-nascido e depois, muito depois, aprendi com
os chineses e com os meus profetas judeus, que a pessoa nasce muito antes do
nascimento.
Continuo
acreditando - e nada até agora me fez mudar – que a família, nas suas diversas
metamorfoses, é o esteio da educação de um povo. O seu maior complemento é a
escola.
Prossigo,
para não me alongar, conclamando o Doutor Eudes Souza Leão Pinto e o Professor
Antonio Rafael de Menezes (Presidente da Academia Pernambucana de Educação e
Cultura), a continuar, como tantos outros alunos da mesma Escola Superior de
Guerra, a postos com nosso ardor juvenil.
E como
ex-alunos do curso de Altos Estudos Políticos e Estratégicos aprendemos como é
importante a colaboração dos que “por sorte como nós” tivemos mais oportunidade
educacional. E como é importante que nos congreguemos em busca do maior
conhecimento da Nação Brasileira. Não é soldado apenas aquele que está na
frente de combate e defende ambos os lados, esquerdo e direito, mas também
aqueles que defendem as portas e permanecem em lugar menos perigoso, apesar de
ser de menor perigo, assim como não é em vão servir como vigia e guardar o
armamento.
Tais
ocupações, embora não sejam sangrentas, também fazem parte dos serviços
militares (Sêneca 4 a.C – 65 d.C.).
O que
aprendemos, deixem-nos ensinar.
Muito bem
Professor Antonio Rafael de Menezes, farmacêutico vindo da cidade de Alagoa do
Monteiro, PB. Às ordens.
(*) Professor Titular da Pediatria
da Universidade de Pernambuco. Psicoterapeuta. Membro da Sobrames/PE, da União
Brasileira de Escritores (UBE) e da Academia Brasileira de Escritores Médicos
(ABRAMES). Consultante
Honorário da Universidade de Oxford (Grã-Bretanha). Foi um dos primeiros
neonatologistas brasileiros.
Nenhum comentário:
Postar um comentário