terça-feira, 30 de janeiro de 2018

O QUE APRENDI QUERO ENSINAR

Meraldo Zisman (*)
Médico-Psicoterapeuta
Seria interessante apresentar-me rapidamente para facilitar o entendimento do que pretendo escrever e dizer sobre o sentimento cívico de brasilidade.
Sou um professor de Medicina aposentado de Clinica Pediátrica Médica. Passei minha vida acadêmica cercado de jovens alunos e alunas, procurando repassar ensinamentos dos meus mestres brasileiros e não brasileiros e, sobretudo, o que posso de meu aprendizado sofrido e vivido até a minha hoje provecta existência, e agora como Psicoterapeuta.
Nas atividades acadêmicas e de pesquisas a minha tecla constante foi a fome ancestral que assola a população Nordestina. Dentre as mazelas da Pobreza a fome é uma das maiores violências que um ser humano pode causar ao outro. Assim aprendendo, passei a apertar o outro botão — o da violência. O som foi o mesmo. Fome e violência poderiam situar-se na mesma chave musical. Nasceram acordes univitelinos. Como veterano clínico de crianças passei, vi, sofri, ajudei, fui incompreendido, atacado, desconsiderado e relativamente reconhecido algumas vezes, fora do Brasil.
Mais eu sei que “nada molda” mais a criança do que a maneira como ela é educada (alimentar não significa apenas dar/ter comida no prato!). Pensava que a acomodação da pessoa começava no período de recém-nascido e depois, muito depois, aprendi com os chineses e com os meus profetas judeus, que a pessoa nasce muito antes do nascimento.
Continuo acreditando - e nada até agora me fez mudar – que a família, nas suas diversas metamorfoses, é o esteio da educação de um povo. O seu maior complemento é a escola.
Prossigo, para não me alongar, conclamando o Doutor Eudes Souza Leão Pinto e o Professor Antonio Rafael de Menezes (Presidente da Academia Pernambucana de Educação e Cultura), a continuar, como tantos outros alunos da mesma Escola Superior de Guerra, a postos com nosso ardor juvenil.
E como ex-alunos do curso de Altos Estudos Políticos e Estratégicos aprendemos como é importante a colaboração dos que “por sorte como nós” tivemos mais oportunidade educacional. E como é importante que nos congreguemos em busca do maior conhecimento da Nação Brasileira. Não é soldado apenas aquele que está na frente de combate e defende ambos os lados, esquerdo e direito, mas também aqueles que defendem as portas e permanecem em lugar menos perigoso, apesar de ser de menor perigo, assim como não é em vão servir como vigia e guardar o armamento.
Tais ocupações, embora não sejam sangrentas, também fazem parte dos serviços militares (Sêneca 4 a.C – 65 d.C.).
O que aprendemos, deixem-nos ensinar.
Muito bem Professor Antonio Rafael de Menezes, farmacêutico vindo da cidade de Alagoa do Monteiro, PB. Às ordens.
(*) Professor Titular da Pediatria da Universidade de Pernambuco. Psicoterapeuta. Membro da Sobrames/PE, da União Brasileira de Escritores (UBE) e da Academia Brasileira de Escritores Médicos (ABRAMES). Consultante Honorário da Universidade de Oxford (Grã-Bretanha). Foi um dos primeiros neonatologistas brasileiros.

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