Saúde e Cultura são dois setores de significativa
importância para qualquer sociedade. Particularmente no Brasil, fazendo-se uma
resumida observação histórica, encontramos muitas figuras de expressão mundial
nas duas áreas. Alguns gênios já falecidos e outros, felizmente, estão entre
nós. Se fossemos citar todos poderíamos cometer injustiças pelo esquecimento.
No entanto, tomamos a liberdade de destacar apenas quatro personalidades já
falecidos que contribuíram de forma brilhante em cada setor, pedindo desculpas
ao leitor discordante. Na saúde: Oswaldo Cruz, Carlos Chagas, Adib Jatene e
Paulo Niemeyer; na Cultura: Machado de Assis, Noel Rosa, Villa Lobos e Rachel
de Queiroz. As personalidades ressaltadas, juntamente com dezenas de outras,
colaboraram com as populações do Brasil e de vários países. Todavia, apesar do
esforço e dedicação de alguns, os dois setores não veem merecendo, ao longo do
tempo, um apoio prioritário. Profissionais competentes da área de saúde e o povo
de forma generalizada, chegam a reconhecer o elevado custo, bem como a falta de
condições para se atender um paciente. O SUS, por exemplo, do ponto de vista
técnico foi bem concebido, no entanto não há recursos financeiros. Como está
sofrendo a grande maioria de nossa população! Já com relação à Cultura estamos
num processo de decadência. A lei Rouanet, idealizada para favorecer as
manifestações culturais, em vários casos, foi desvirtuada técnica e
financeiramente. Basta fazer uma auditoria. É angustiante! Por sua vez, triste
é aquele País que sistematicamente abre farmácias e fecha livrarias. Convém
refletir sobre a frase.
(*) Economista. Professor aposentado da UFC. Ex-governador do
Ceará.
Fonte: Diário
do Nordeste, Ideias. 19/1/2018.
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