Por Luiz Gonzaga Fonseca Mota (*)
Em 7 de outubro próximo teremos eleições no Brasil. Nos debates,
programas e inserções eleitorais observamos que alguns candidatos se preocupam
mais em desconstruir os adversários, muitas vezes de forma grosseira e sem
escrúpulos, do que apresentar suas intenções. É claro, por outro lado, a vida
pregressa do candidato precisa ser examinada e os erros encontrados, como
falhas de gestão e corrupção, devem ser mostrados às autoridades competentes,
com rapidez, para que sejam tomadas as providências cabíveis. O esclarecimento
é fundamental para permitir ao eleitor fazer uma escolha consciente, sempre
prevalecendo a justiça, assim como a liberdade de opção. Construir ou
desconstruir um político usando fatos falsos é antidemocrático. Cremos que o
aumento dessa sistemática, enganando o eleitor, surgiu com maior intensidade
quando o “marketing” político tendencioso e não verdadeiro substituiu a
apresentação dos planos e programas governamentais. O eleitor acreditava, e em
vários momentos ainda se ilude, com cenas cinematográficas e com palavras sofisticadas
e mentirosas utilizadas, na maioria das vezes, por prepostos do candidato.
Chegou a hora de não elegermos os corruptos, bem como aqueles que direta ou
indiretamente se aproveitam do poder político para conquistar, ampliar e
consolidar o poder econômico e financeiro. Os brasileiros desejam eleições
limpas, realmente democráticas, longe de conluios e acordos indecentes.
Confiemos na justiça. Lutemos para que a frase do filósofo Voltaire não domine
o Brasil: “A política tem a sua fonte na
perversidade e não na grandeza de espírito”.
Viva o Brasil.
(*) Economista. Professor aposentado da UFC. Ex-governador do
Ceará.
Fonte: Diário
do Nordeste, Ideias. 21/9/2018.
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