sexta-feira, 31 de maio de 2019

CÉREBRO PARA A VIDA


Por Weiber Xavier (*)
Maio é o mês da consciência da doença vascular cerebral, uma das principais causas de morte e que pode acontecer a qualquer um. No Brasil, o AVC (Acidente Vascular Cerebral) é a segunda causa de morte e a que provoca incapacidades mais graves a longo prazo do que qualquer outra doença levando ainda um número enorme de internações e custos.
Na realidade, de acidente não há nada no AVC apenas no nome e sim, de uma doença, DVC (Doença Vascular Cerebral) decorrente de causas (90%) que podem ser prevenidas como: hipertensão, tabagismo, diabetes mellitus, dieta não saudável rica em gordura, calorias e sal, sedentarismo, excesso de peso e obesidade, colesterol elevado, doença arterial carotídea e periférica, fibrilação atrial e doença cardíaca ou coronariana. Quase três quartos de todos os derrames ocorrem em pessoas com mais de 65 anos e o risco de ter um derrame mais do que duplica a cada década após os 55 anos de idade. Assim como no "ataque cardíaco", no "ataque cerebral" não pode-se perder tempo. É importante que a comunidade conheça os sinais e sintomas do AVC, possa agir no tempo adequado e chegue ao hospital rapidamente se: dormência repentina ou fraqueza do rosto, braço ou perna, especialmente em um lado do corpo; confusão mental repentina, dificuldade para falar ou entender o discurso; dificuldade repentina na visão em um ou ambos os olhos; dificuldade em andar, tontura, perda de equilíbrio ou coordenação de forma repentina; dor de cabeça muito forte sem causa conhecida.
Como o derrame ataca o cérebro, a pessoa que apresenta os sintomas muitas vezes não consegue agir sozinha para procurar tratamento médico. Os espectadores são essenciais para agir rapidamente e levar os que sofreram um derrame ao hospital com rapidez suficiente para obter tratamentos sensíveis ao tempo. Com a conscientização sobre os sintomas e a necessidade de ligar o 192 e ir à emergência rapidamente em caso de suspeita de DVC pode-se melhorar os alarmantes casos dessa doença no nosso País, assim como o controle dos fatores de risco pode melhorar sua saúde cerebral e manter seu cérebro saudável. 
 (*) Médico e professor de Medicina da UniChristus.
Fonte: Publicado In: O Povo, de 13/05/2019. Opinião. p.20.

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