Partiu Laerte Antônio José, nascido em Rio Claro-SP em 19 de outubro de 1953, mas criado, desde os seis anos de idade, em Campinas-SP, para onde seus pais se mudaram.
A sua
família Giuseppe era de origem italiana, tendo aportuguesado o sobrenome para José,
ao chegar no Brasil, o que o levava a dizer que possuía três prenomes próprios
e nenhum sobrenome familiar.
Era
formado em Ciências Contábeis e, como contador, focou a sua atividade
profissional em consultoria empresarial, tendo se aposentado depois de muitos
anos de labuta, em função do comprometimento de sua saúde física.
De
uma família de poucos filhos, o seu pai era ferroviário e se dedicava, de forma
diletante, ao ofício de treinador de times de futebol de campo, e sua mãe,
também de ascendência italiana, era de prendas domésticas.
Laerte
era um filho amoroso, se desdobrando nos cuidados dos seus genitores,
postergando a constituição de sua própria família, o que viria a ocorrer em
3/01/2001, quando contava com 47 anos, ao contrair núpcias com a engenheira
química e professora da Unicamp, a cearense Meuris Gurgel Carlos da Silva, na
Igreja de Santa Edwirges, em Fortaleza.
Homem
de múltiplos talentos. Um dos seus primeiros empregos foi o de dublador
profissional em empresa que fazia versões de programas televisivos produzidos
nos EUA, tendo emprestado a sua voz em vários desenhos animados, a exemplo da
Turma do Manda-Chuva, dublando o Batatinha, o Chuvisco etc.; essa habilidade
ele conservou por toda a sua vida e era um deleite ouvir essas falas, parecendo
que se estava diante da TV em preto e branco da década de sessenta.
Músico,
com habilidades em vários instrumentos, especialmente os de sopro, tendo
integrado bandas e conjuntos musicais em sua juventude.
Era
um cinéfilo e profundo conhecedor dos programas e seriados de TV, mantendo
arquivos dessa produção em fichas técnicas, por ele elaboradas com esmero, à
conta da sua memória prodigiosa. Era um fã de programas de propagandas e
publicidades, dominando jingles que cantarolava, com sua maviosa e afinada voz.
Apreciava
muito o futebol, de que conhecia muitos fatos curiosos dos times e dos jogos,
notadamente da Associação Atlética Ponte Preta, o seu clube do coração. Também
era um estudioso das ferrovias paulistas, herdando e honrando o passado de
ferroviário do seu amado genitor. Cultivava o hobby da fotografia e gostava de filmar eventos sociais e
familiares.
Detentor
de um humor refinado e exímio no chiste, era um notável contador de piadas e de
causos, capaz de juntar pessoas, no seu entorno, para sorverem momentos de
muitos risos e gargalhadas em reuniões e congraçamentos festivos.
Sabia
lidar bem com diferentes grupos etários, das crianças aos idosos, de diferentes
estratos sociais, demonstrando a sua face carinhosa e a todos cativando.
O
nosso querido cunhado Laerte retornou ao Pai, na madrugada de hoje, 15/12/2022,
coincidentemente quando ele completava 22 anos do seu casamento civil, em
Campinas-SP, deixando imensas saudades entre os que o conheciam e com ele
conviveram.
Segue
em paz, bom homem. Que Deus o receba entre os Seus eleitos.
Marcelo Gurgel Carlos da
Silva
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