quarta-feira, 22 de maio de 2024

A RENOVAÇÃO DA SANTA CASA DE FORTALEZA II

Por Vladimir Spinelli Chagas (*)

Olhando para o futuro, a Santa Casa de Fortaleza, dentre outros esforços, realizou um levantamento rigoroso de toda a sua situação econômico-financeira, com o apoio da Federação das Indústrias do Ceará (Fiec), construindo um plano econômico que pode demonstrar os espaços para a otimização de suas receitas e despesas.

As parcerias firmadas com várias instituições são um ponto positivo para que as ações sejam facilitadas, pois exigem muitas energias em um tempo exíguo, mas também representam um desafio que impele ainda mais todos os que acreditam e trabalham pela Santa Casa.

A par disto, e ainda com apoio da Fiec, a Santa Casa desenvolve os primeiros passos para o protocolo ESG, caminho natural, por ser uma instituição eminentemente social, preocupada com o ambiente, e vir aprimorando os fatores de governança, inclusive para a captação de recursos.

A partir de avaliações internas, outra iniciativa está em andamento, na forma de oficinas de trabalho, tendo como fase inicial o desafio da busca pela sustentabilidade no curto prazo, a fim de permitir, nas etapas seguintes, a adoção de ações de médio e longo prazos que reforcem essa sustentabilidade.

Essas oficinas já apontaram caminhos, cuja viabilidade se mostra mais factível. Um deles trata da revisão de todo o modelo de negócios e de marketing institucional, como forma de apoiar as ações em favor do incremento das doações, um dos esteios na captação de recursos.

Considerando o foco especial nos nossos pacientes e a margem que existe para ampliar os atendimentos, um segundo ponto se refere exatamente à melhoria na sua abordagem, resultando em melhorar o acesso, com a eficiência e a qualidade dos serviços oferecidos pela Santa Casa.

Não menos importante será o fortalecimento de um ambiente de confiança e colaboração entre a instituição e os médicos que aqui prestam serviços, visando melhorar a transparência nas operações e aumentar ainda mais o comprometimento desses profissionais com a instituição.

Salvando vidas desde 1861 e convivendo com as dificuldades das filantrópicas, a Santa Casa não esmorece no seu trabalho em prol da saúde daqueles que mais precisam de apoio.

(*) Professor aposentado da Uece, membro da Academia Cearense de Administração (Acad) e conselheiro do CRA-CE. Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Fortaleza.

Fonte: Publicado In: O Povo, de 22/04/24. Opinião. p.16.

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