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sábado, 5 de outubro de 2024

A CAMISA DO CAPITÃO

Há muitos e muitos anos, viveu navegando nos mares um homem muito valente, conhecido como o Grande Capitão. Dizem que ele era muito corajoso e jamais teve medo diante de qualquer inimigo. Certa vez, navegando pelos sete mares, um dos vigias da embarcação viu que um barco se aproximava e logo avisou a todos que se tratava que estava cheio de piratas muito perigosos que queria assaltar e dominar o barco e toda a tripulação. Todos ficaram assustados. Mas o Capitão, muito corajoso, gritou para todos:

— Tragam a minha camisa vermelha! Rápido!

A camisa lhe foi entregue e, depois de vesti-la, ordenou aos seus homens:

— Vamos! Ataquem! Ataquem e vençam estes malditos piratas!

E eles conseguiram ganhar a batalha. Algumas semanas depois, o barco do Grande Capitão navegava tranquilamente pelo mar quando o vigia viu mais dois barcos piratas. O Capitão pediu novamente sua camisa vermelha antes da batalha. Vestiu-a, ordenou a todos os tripulantes para atacar, e a vitória voltou a ser sua. Nesta mesma noite, enquanto comemoravam, seus homens perguntaram porque ele sempre pedia a camisa vermelha antes de iniciar a batalha, e o Capitão respondeu:

— Se eu for ferido em combate, a camisa vermelha não deixará que meus homens vejam meu sangue derramando, e assim todos continuarão lutando sem medo.

Todos os homens, diante daquela declaração, ficaram em silêncio, maravilhados com a coragem de seu comandante, e foram dormir felizes e orgulhosos.

No dia seguinte, logo ao amanhecer, o vigia viu não um ou dois, mas DEZ barcos piratas que se aproximavam furiosamente. Toda a tripulação, muito assustada, dirigiu os olhos para o capitão, e ele com sua voz já não tão mais potente, e tentando não demonstrar medo, falou:

— Tragam a minha calça.

Fonte: Disponível na home page “Tudoporemail”.

quarta-feira, 13 de setembro de 2023

A TOMADA DE LA SERRA E O HERÓI ESQUECIDO

Por Sérgio Pinto Monteiro (*)

Há setenta e cinco anos um pelotão do Regimento Sampaio escreveu, nos campos de batalha da Itália, páginas gloriosas da história da Força Expedicionária Brasileira. Seu comandante era o primeiro-tenente da reserva convocado Apollo Miguel Rezk.

Apollo nasceu no Rio de Janeiro em 9 de fevereiro de 1918. Era filho de imigrantes: pai libanês e mãe síria. Fez seus estudos no Colégio Pedro II. Em 1935 tentou, sem êxito, entrar para a Escola Militar do Realengo. Seus pés planos e uma reprovação em Física impediram a realização do sonho de ingressar na carreira militar.

A idade de prestação do serviço militar obrigatório conduziu o jovem Apollo ao CPOR do Rio de Janeiro. Aprovado nos exames médico, físico e intelectual, após os três anos do curso do CPOR foi declarado Aspirante a Oficial da Reserva e classificado em 10º lugar entre os setenta concludentes da Arma de Infantaria, turma de 1939.

Em 1940 formou-se Perito-Contador na Escola Superior de Comércio do Rio de Janeiro. No ano seguinte foi convocado para realizar o Estágio de Instrução no Regimento Sampaio, promovido a segundo-tenente e desligado do serviço ativo do Exército. Em 1942 foi convocado para o Estágio de Serviço, novamente no Regimento Sampaio. Estudioso, concluiu em 1943 o bacharelado em Ciências Econômicas na Faculdade de Administração e Finanças da Escola de Comércio do Rio de Janeiro. Ainda nesse ano foi promovido a primeiro-tenente e convocado para a Força Expedicionária Brasileira, já em fase de formação e adestramento.

O tenente Apollo embarcou para a Itália como oficial subalterno, comandante de pelotão da 6ª Companhia do II Batalhão do Regimento Sampaio. O 2º escalão da FEB seguiu para o Teatro de Operações no navio transporte de tropas americano “U.S. General W. A. Mann”, que partiu do armazém nº 11 do porto do Rio de Janeiro em 22 de setembro de 1944, ancorando em Nápoles no dia 06 de outubro.

Na noite de 23 e madrugada de 24 de fevereiro de 1945, atuando em apoio à 10ª Divisão de Montanha americana no ataque a La Serra, o pelotão comandado pelo tenente Apollo, após ultrapassar um extenso campo minado, atacou as posições fortificadas alemãs. Apesar do intenso fogo inimigo, o pelotão Apollo cercou o objetivo, investiu contra a posição e pôs em fuga os alemães, fazendo inicialmente cinco prisioneiros. Ferido em combate por volta das 23 horas, o tenente Apollo, cercado e contra-atacado, manteve a posição durante toda a madrugada e manhã do dia 24. Por esta missão foi condecorado pelo governo americano, em 19 de maio de 1945, com a “Distinguished-Service Cross”, único brasileiro agraciado com essa medalha de bravura, a segunda mais importante dos Estados Unidos.

“... por heroísmo extraordinário...a despeito de campos de minas desconhecidos, terreno excessivamente difícil e forte oposição, o primeiro-tenente Rezk conduziu galhardamente os seus homens através de uma cortina de fogo de metralhadoras, morteiros e artilharia, para assaltar e arrebatar o objetivo do inimigo. Embora gravemente ferido quando dirigia o ataque, o primeiro-tenente Rezk nunca hesitou: pelo contrário, continuou firmemente o avanço...repeliu três fortes contra-ataques, infligindo pesadas perdas aos alemães pela sua habilidade na condução do tiro. Depois, embora em posição vulnerável ao fogo das casamatas do inimigo circundantes e a despeito das bombas que caiam e da gravidade dos seus ferimentos, o primeiro-tenente Rezk defendeu resolutamente La Serra contra todas as tentativas fanáticas dos alemães para retomar a posição. Pelo seu heroísmo, comando inspirado e persistente coragem, o primeiro-tenente Rezk praticou feitos que refletem as mais altas tradições do serviço militar.” (tradução de trechos do documento original em inglês feita pela Seção Especial do Comando da FEB).

O comandante da FEB, General João Baptista Mascarenhas de Moraes, em Citação de Combate de 09 de abril de 1945, assim se manifestou quanto às ações do tenente Apollo na conquista de La Serra:

“... a personalidade forte, o espírito de sacrifício, a combatividade, a tenacidade, o destemor do tenente Apollo constituem belos exemplos, dignos da tropa brasileira.”

Anteriormente, graças ao seu desempenho no ataque a Monte Castelo em 12 de dezembro de 1944, o tenente Apollo já havia sido agraciado pelos Estados Unidos com a medalha “Silver Star”. Terminada a Campanha da Itália, o tenente Apollo recebeu quatro condecorações brasileiras: Cruz de Combate de 1ª Classe, Medalha de Sangue, Medalha de Campanha e Medalha de Guerra.

Quando da promoção do tenente Apollo ao posto de capitão, em 3 de setembro de 1951 (retroativa a 1947), assim se expressou o Ministro da Guerra no despacho em que deferiu a proposta:

“Deferido. A promoção se justifica, sobretudo, em virtude da conduta excepcional desse Oficial no Teatro de Operações da Itália, onde, entre diversas condecorações recebidas por bravura, lhe foi conferida a medalha “Distinguished-Service Cross” do Exército Americano, por heroísmo extraordinário em ação, distinção máxima somente concedida a este combatente brasileiro...”

O destino, que no passado não permitira ao jovem Apollo a realização do sonho de ingressar na carreira militar através Escola do Realengo, ainda haveria de, novamente, pregar-lhe outra uma peça. A tão sonhada carreira, que finalmente lhe chegara, não pela via da Escola Militar, mas através do CPOR e da própria guerra, como também, e principalmente, por sua bravura e eficácia no cumprimento do dever, seria interrompida precocemente. Seus pés planos não resistiram ao esforço do combate e ao congelamento nas trincheiras da Itália. O capitão Apollo, em 12 de dezembro de 1957, aos 39 anos, depois de vinte anos no exército, foi julgado inapto para o serviço ativo e reformado no posto de major.

Conheci o nosso herói já no ocaso da sua vida. Era um bravo. Foram muitos sábados e domingos de intermináveis conversas. Jamais o major Apollo admitiu o seu heroísmo. Pessoa simples, culta e educada era, sobretudo, um gentleman. Absorvi, voraz e intensamente, cada relato de suas ações na guerra. O exército era realmente a sua paixão. E a Pátria, o seu bem maior. Ficamos amigos, o que me enche de orgulho e gratidão.

A nação perdeu, em 21 de janeiro de 1999, um filho exemplar. E o exército viu partir um de seus grandes guerreiros. A filha Nádia comunicou-me o falecimento do pai pela manhã, bem cedo. Desloquei-me rapidamente para a sede do Conselho Nacional de Oficiais da Reserva, no quartel do CPOR/RJ, de onde fiz os contatos relativos ao passamento do major Apollo. Enviei um necrológio aos jornais, avisei ao CCOMSEx, aos comandantes do Regimento Sampaio e do Batalhão de Guardas - onde ele servira no após guerra - bem como à embaixada dos Estados Unidos, já que era ele detentor de duas condecorações americanas. Informei, também, à comunicação social da presidência da república e aos governos estadual e municipal do Rio de Janeiro.

O sepultamento foi no cemitério do Caju. Presentes, familiares, ex-combatentes da FEB e amigos do nosso herói, bem como quase uma centena de oficiais R/2 que formaram uma Guarda de Honra. Um pelotão do Regimento Sampaio executou as honras fúnebres. O governo americano enviou, de Brasília, um oficial superior, fardado, para representá-lo. Os governos federal, estadual e municipal não enviaram representantes, nem formularam condolências à família enlutada. Jamais esquecerei o constrangimento que senti ao ouvir o oficial americano dizer aos filhos do major Apollo:

“... Eu não entendo vocês brasileiros. Na minha terra, alguém com as importantes condecorações de guerra do major Apollo, teria recebido, ao longo de sua vida, as homenagens, o respeito e a gratidão do seu povo.”

Na tristeza daquele momento, assumi, intimamente, o compromisso - como missão - de divulgar a história do major Apollo. Nesses vinte e um anos desde o seu falecimento, tenho viajado pelo nosso país ministrando palestras - nos meios militar e civil - relatando os seus atos de bravura e heroísmo. O meu livro “O Resgate do Tenente Apollo”, escrito em parceria com o tenente R/2 Orlando Frizanco, está com 2ª edição em preparação. O Conselho Nacional de Oficiais da Reserva criou a Medalha Major Apollo Miguel Rezk, para homenagear personalidades que se destaquem no apoio às Associações de Oficiais da Reserva.

Um dos desejos não realizados do herói era ser promovido ao posto de tenente-coronel, a exemplo de alguns de seus companheiros que obtiveram a promoção por via judicial. Quem sabe o Exército Brasileiro, ou mesmo o Congresso Nacional, lhe concedam, ainda que tardiamente, essa honraria, como derradeira homenagem, já que em vida não logrou recebê-la sob a forma de promoção por bravura, o que teria sido, inquestionavelmente, um ato de inteira justiça.

Os feitos do tenente Apollo ultrapassaram os limites de sua existência física. Na verdade, já não mais lhe pertenciam quando, naquela madrugada de 21 de janeiro de 1999 foi vencido pelo inexorável. São episódios gloriosos da história militar de um país que teima em não cultuar seus heróis.

A Força Expedicionária Brasileira - e seus bravos - não pode ser esquecida. Ela simboliza a pujança e o valor de um povo. A nação lhes deve eterno respeito e imorredoura gratidão.

(*) O autor é historiador, oficial da reserva do Exército, membro da Academia de História Militar Terrestre do Brasil, da Academia Brasileira de Defesa e do Instituto Histórico de Petrópolis. É Patrono, fundador e ex-presidente do Conselho Nacional de Oficiais da Reserva. É o atual presidente do Conselho Deliberativo da Associação Nacional dos Veteranos da FEB.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2022

MAIORES GUERREIROS E GENERAIS DA HISTÓRIA

Os anais da história estão enriquecidos com homens e mulheres que ganharam grande renome por sua coragem e habilidade na batalha. Alguns lutaram por honra e admiração, outros pela coisa certa, e ainda alguns lutaram porque não havia emoção maior do que no campo de batalha. Aqui estão alguns dos maiores guerreiros e estrategistas da história, tanto heroicos quanto cruéis:

1. Átila, o Huno

Algumas pessoas são mais como um desastre natural do que um ser humano. Átila era apenas esse tipo de pessoa. Nós não sabemos muito sobre a vida de Átila, ou sobre os hunos em geral, mas sabemos que eles foram da Ásia Central para a Europa e varreram o Império Romano como uma praga. O próprio Átila morreu durante as festas de bebedeira depois de um de seus casamentos. Infelizmente, Roma e o Império Romano do Ocidente, que sofreram muitos danos, desmoronaram apenas 23 anos depois.

2. Aníbal

Aníbal Barca é conhecido como um dos mais brilhantes guerreiros e estrategistas por um bom motivo. Em suas campanhas em Roma, ele derrotou vários exércitos muito maiores do que os seus, simplesmente superando as rígidas legiões e colocando-as em posições onde seus números maiores não poderiam valer-se de sua vantagem.

3. Saladino

O sultão curdo do Egito era o homem que, sozinho, pôs fim às aspirações europeias no Levante durante as cruzadas, vencendo os estados cruzados em várias batalhas importantes, a mais famosa das quais foi a Batalha de Hatim, onde o exército dos cruzados foi totalmente dizimado e o rei de Jerusalém capturado. O mais impressionante é que ele fez tudo isso sem ganhar nada além de respeito dos observadores ocidentais, que o viam como a imagem do cavaleiro perfeito, que trata seus inimigos com respeito e honra.

4. Henrique V de Inglaterra

O jovem rei inglês foi tão impressionante que se tornou protagonista de três peças de Shakespeare que descrevem sua juventude e grandeza. Como rei, ele invadiu a França e conquistou-a, abatendo forças maiores na Batalha de Azincourt através de seu uso inteligente de arqueiros. Sua vitória sobre a França foi tão completa que o rei francês foi forçado a nomear Henrique como seu herdeiro ao trono. Entretanto, a coroação não chegou a acontecer, pois Henrique morreu de disenteria ou insolação antes que ele pudesse ser coroado.

5. Boadiceia

A mulher britânica que ousou desafiar Roma é lembrada como uma heroína nacional da Grã-Bretanha por sua espirituosa rebelião e vitórias na guerra sem esperança contra o Império Romano, derrotando uma legião romana e saqueando duas cidades fortificadas. Embora em última análise, sem sucesso, sua tentativa de libertar seu povo e defender a honra das mulheres britânicas tornou-se lendária.

6. Gengis Khan

O jovem Temujin não parecia destinado à grandeza quando criança. Seu pai morreu envenenado, ele perdeu o controle sobre sua tribo para os usurpadores, teve sua noiva raptada por inimigos e foi traído por seu melhor amigo e irmão de sangue. Temujin conseguiu superar suas condições, uniu todas as tribos mongóis e pisoteou quase todos os reinos da Ásia sob os cascos de seu grande exército, criando o maior império terrestre da história da humanidade.

7. George Patton

George S. Patton não era um bom homem. Enquanto lutava na Sicília, o severo general atirou pessoalmente em duas mulas que bloqueavam uma rota de retirada e, em seguida, começou a espancar o dono civil das ditas mulas porque eles reclamaram. Mais tarde, ele publicamente bateu em dois soldados que exibiram sinais de estresse pós-traumático. Mas a gentileza não ganha guerras. Quando jovem, Patton foi um talentoso esgrimista e atleta e participou dos Jogos Olímpicos de 1912. Como general, atraiu a ira de muitos generais aliados por sua natureza rude e pelo medo de seus inimigos nazistas, que o chamavam de "aquele vaqueiro maluco".

Fonte: Disponível na home page “Tudoporemail”.

domingo, 17 de outubro de 2021

O FIM DOS SUPER-HERÓIS

Um jornalista resolveu ir atrás de seus ídolos e personagens preferidos da infância. E ele viu que o tempo é mais invencível que os super-heróis. Veja qual foi o resultado da sua busca:

Tarzan

Conseguiu transformar a sua floresta em uma reserva ecológica, mas montou uma serralheria clandestina e ganhou grande fortuna com a venda de madeira. Metade da floresta está destruída. Abandonou a Jane e assumiu definitivamente a sua relação com a Chita. Ainda briga com o crocodilo, mas morre de medo do leão... do Imposto de Renda. Procurado por nossa reportagem para explicar por que abandonou os ideais de juventude, foi de uma franqueza avassaladora: "Mim rico. Você pobre".

Super-Homem

Frequenta um clube gay. Para não ser reconhecido, arranjou um disfarce perfeito: lentes de contato. Uma verde e outra azul. Dizem que está saindo com o Robin. Seu maior inimigo, hoje, é o Batman.

Bela Adormecida

É esotérica. Escreve livros de autoajuda, como "Sonoterapia" e "Interpretação dos Sonhos", que venderam milhares de exemplares. Apesar disso, tem imensos problemas em casa e sofre de depressão. Está desencantada com seu príncipe encantado, que não trabalha e vive às suas custas. Não se separa para evitar a divisão dos bens. Seria melhor ter dormido para sempre!

Fred Flintstone

Foi abandonado pela esposa, pelos amigos e até pelo Dino, que desapareceu há milhares de anos. Ninguém o suportava, sempre ditando ordens, ou pior, berrando. Os tempos mudaram. Ele não. Anda jogando. Dias atrás perdeu seu carro em uma aposta feita com Roberto Pupo Moreno - quem chegasse na frente ficaria com o carro do outro. Quase venceu, mas a dez metros do fim, uma pedra o atrapalhou: a que leva nos rins. Tem bebido demais, sempre sozinho e triste. Não pronuncia uma única palavra durante toda a noite. Somente de madrugada, quando sai cambaleando pelas ruas, que diz alguma coisa e sua voz ecoa por todo o bairro: "Viiiiilmaaaaa!!!"

Mas ninguém aparece.

Homem-Aranha

Caiu numa rede de intrigas e entrou em crise. Apesar do reumatismo, insiste em continuar subindo os prédios, por isso, arranjou emprego de ascensorista. Seus amigos se afastam cada vez mais devido a seus hábitos repugnantes. Dias atrás, convidado a ir a um restaurante fino, gritou para o garçom: "Cadê a mosca da minha sopa?"

Branca de Neve

Ela se separou do príncipe, pois não aguentava mais as farras que ele fazia com os sete anões, sempre chegando tarde em casa. Fútil, passa as tardes fazendo bronzeamento artificial em academias caras. Tem fixação por espelhos. Sempre acha que está gorda e agora optou pela dieta da maçã. As amigas perguntam: "Você está louca? Quer morrer?"

Gasparzinho

Escreveu o jornalista: "Não foi encontrado pela reportagem".

Fonte: Disponível na home page “Tudoporemail”.

quarta-feira, 12 de outubro de 2016

Cachorro salvou a vida de 10 mil soldados franceses na 1ª Guerra Mundial

Usando uma máscara de gás e carregando uma mensagem estratégica, Satã (foto) cruzou as linhas inimigas sendo perseguido pelos a tiros alemães. Foto: Reprodução
Por Dennys Marcel
Apelidado de 'Satã', o pastor alemão foi crucial para transportar mensagens estratégicas e equipamentos durante a batalha de Verdun. Ao final, sua ação foi fundamental para salvar a vida de milhares de franceses, que estavam encurralados pelos alemães.
O cachorro é o melhor amigo do homem, mas em muitos casos eles também são verdadeiros heróis. Satã, um simpático pastor alemão, entrou para a história por ter salvo a vida de aproximadamente 10 mil soldados franceses e por mudar o rumo da 1ª Guerra Mundial, uma das mais violentas da história. O cão foi usado para transportar equipamentos, mensagens estratégicas e de apoio moral as tropas da França, durante a Batalha de Verdun, em 1916.
Estima-se que aproximadamente 50 mil cães foram utilizados durante a guerra, sendo fundamentais para salvarem a vida de milhões de pessoas, e ´Satã´ é o mais ilustre desta lista. Após quase 11 meses de batalhas diárias pela posição em Verdun, entre franceses e alemães, os soldados aliados estavam encurralados por milhares de membros da Força Imperial da Alemanha e sem condições de escaparem com vida. Neste momento, Satã, um cão treinado pelo soldado francês Duvalle, entra para história e altera o rumo da batalha, que influenciaria toda a guerra. 
Usando uma máscara de gás, transportando dois pombos-correios e carregando uma mensagem estratégica, ele cruzou as linhas inimigas sendo perseguido a tiros pelos alemães. Fazendo um percurso em ziguezague, ele conseguiu escapar de centenas de balas, mas no final do trajeto foi atingido por dois projeteis. O primeiro ferimento não impossibilitou que mantivesse seu objetivo de transportar a mensagem, mas quando foi atingido pelo segundo tiro, na pata dianteira direita, tombou no chão. Tentando ajudar o cão, Duvalle se levantou na trincheira e gritou para Satã, que ouviu seu chamado. O herói canino, que estava com a pata quebrada, foi em direção ao seu treinador e entregou as mensagens juntamente com os pombos-correios. Foram poucos segundos expostos, mas tempo suficiente para que Duvalle fosse atingido no peito por um projétil alemão e morresse imediatamente.
O pastor alemão era a última esperança dos franceses encurralados e seu heroísmo foi fundamental para salvar a vida dos 10 mil soldados que estavam cercados naquele momento. Juntamente com a mensagem, Satã trazia dois pombos-correios que foram usados para os combatentes sitiados avisarem aos seus colegas, posicionados a poucos quilômetros do campo de batalha, a localização exata que os alemães guardavam as armas e munições. A informação foi vital para os militares atacarem e destruírem o paiol. Já a mensagem que Satã carregava presa em sua coleira trazia poucas palavras, mas muita esperança num momento de moral baixa da tropa. Escrita num papel amassado e sujo, a informação era objetiva e suplicava "Pelo amor de Deus aguentem. Nós vamos aliviar as coisas para vocês amanhã". O dia seguinte, 18 de dezembro, marcou o final da batalha, que foi a responsável pela morte de mais de 720 mil soldados. A vitória dos franceses em Verdun foi fundamental para derrotar a Tríplice Aliança, ao final da guerra. 
Destino de Satã
Até os dias atuais não existe um consenso sobre o destino do heroico pastor alemão. Há duas versões, bem distintas, sobre o caso que variam entre o cão ter morrido após entregar a mensagem e outra que ele sobreviveu. Na segunda possibilidade, após se aposentar como herói de guerra do Exército francês, ele foi viver no interior do país com um dos soldados que ajudou a salvar. O verdadeiro destino de Satã não se sabe ao certo, mas o seu heroísmo ficará para sempre na história da humanidade.
Fonte: UOL Notícias, julho de 2016.

quarta-feira, 1 de julho de 2015

NA PAIXÃO DA GUERRA, UM HERÓI DE CARÁTER


Franz Stigler e Charlie Brown
Por Elio Gaspari (*)
Ao final de um mês de paixões, tristezas, alegrias e cavalheirismo, aqui vai uma história na qual estes ingredientes se misturaram no pior dos cenários, o da guerra.
Em março de 1946, um ano depois da derrota da Alemanha, Franz Stigler estava em busca de trabalho quando foi reconhecido pela boa qualidade de suas botas. Eram as dos pilotos da Luftwaffe, aqueles que, segundo a propaganda do governo, salvariam a Alemanha da derrota.
Dos 28 mil pilotos do Reich, haviam sobrado só 1.200, mas ele foi reconhecido e insultado pelos compatriotas. Este pedaço da vida mostrou-lhe que as botas da glória haviam se transformado em marca de opróbrio. Franz não era um homem qualquer, mas, em 1946, ninguém haveria de se lembrar dele.
Salvo Charlie Brown. Três anos antes, Franz pilotava um caça Bf-109, protegendo o Norte da Alemanha, quando alcançou um B-17 de uma esquadrilha que bombardeara a região de Bremen. O avião americano estava em pandarecos. Ele podia ver tripulantes feridos e rombos na fuselagem. Tirou o dedo do gatilho e emparelhou seu caça com o bombardeiro.
Aquele avião não podia estar voando. Charlie Brown, o piloto do B-17, esperava apenas pelos últimos tiros. Viu o piloto alemão movendo a cabeça num incompreensível sinal afirmativo e achou que estivesse sonhando. Franz escoltou o B-17 durante dez minutos. Quando ele se aproximou da costa da Inglaterra, balançou as asas e voltou para a base alemã: “Não se atira em paraquedista. O avião estava fora de combate. Eu não carregaria isso na consciência”.
Charlie contou aos seus superiores o que lhe acontecera, mas mandaram-no ficar calado, pois propagaria um episódio capaz de comover os colegas com a ideia de que havia alemães civilizados.
Franz sobreviveu à guerra, mudou-se para o Canadá e só contou sua história em 1985. Não sabia o que acontecera ao B-17. De 12 mil bombardeiros, cinco mil haviam sido destruídos em combate. Na outra ponta, Charlie Brown, que vivia na Flórida, sonhava encontrar aquele alemão.
Escreveu uma carta para uma revista, descrevendo o estado de seu avião, com o cuidado de omitir um importante detalhe. Em 1990, os dois se encontraram. Franz tinha 75 anos e Charlie, 68. O alemão lembrou-lhe que o B-47 estava com o estabilizador destruído. Era o detalhe omitido.
Pouco depois, todos os sobreviventes do B-17 se reuniram, levando suas famílias. Eram 25 homens e crianças que deviam a vida a um homem que não apertou o gatilho.
Franz morreu em março de 2008. Charlie, em novembro.
 Serviço: Essa história está contada no livro “A Higher call”, de Adam Makos. Custa US$ 9,99, na rede, e vai virar filme.
(*)  Elio Gaspari é jornalista de O Globo.
Fonte: O Povo, 13/07/2014. DOM. p.27.
 

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