segunda-feira, 29 de outubro de 2018

COMPORTAMENTO


Por Luiz Gonzaga Fonseca Mota (*)
Não adianta a adoção de teses ortodoxas ou heterodoxas, os exemplos de “apartheid” social persistem ao longo do tempo e continuarão, caso não surjam, modificações no pensamento da humanidade relacionadas, do ponto de vista coletivo, com a paz, a justiça e a liberdade, como também, do individual, com o amor, a solidariedade e a humildade. Não podemos entender que, na época da alta e sofisticada tecnologia, representada por microprocessadores, fibras óticas, velocidade de informações medida em trilhões de “bits”, conexões entre satélites, circuitos de imagem digital, existem, no mundo, dois bilhões de pessoas em extrema pobreza (dos quais três quartos são mulheres e crianças), 20% de miseráveis (cada pessoa sobrevive com menos de um dólar diário), a cada dia um quinto da população não tem o que comer, 25% dos adultos são analfabetos, enquanto mais de um trilhão de dólares (equivalentes à renda da metade da população mundial) são gastos por ano em programas militares. Estes contrastes mostram os desencontros comportamentais existentes. Diante deste quadro, é difícil compreender as propostas de filósofos e teólogos, analisadas e debatidas desde a Antiguidade até os dias de hoje. Respeitando o ecumenismo, gostaríamos de salientar nossa admiração às ideias e sentimentos de Santo Agostinho (filosofia Patrística) e de Santo Tomás de Aquino (filosofia Escolástica), inspirados nos ensinamentos de Cristo e de São Paulo e nas mensagens filosóficas de Platão e Aristóteles, mostram a importância da Fé e da Razão, bem como o Cristianismo pode nos encaminhar para uma solução integral. Eis o Evangelho de João (14, 6): “Eu sou o caminho, a verdade e a vida”.
(*) Economista. Professor aposentado da UFC. Ex-governador do Ceará.
Fonte: Diário do Nordeste, Ideias. 19/10/2018.

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