Por Luiz Gonzaga Fonseca
Mota (*)
No atual estágio da
humanidade, destacam-se como fundamentais os direitos à vida e à liberdade,
como também o direito de se ter o mínimo indispensável para alcançar a
cidadania. Ações de política econômica precisam ser concebidas visando buscar
uma melhor justiça distributiva, consequentemente uma organização socialmente
justa. A vida é mais agradável e bela quando percebemos a presença da amizade e
a ausência da inveja e do ódio. Torna-se básico a exaltação dos valores
internos e morais, para que possamos buscar felicidade e esperança. Vivemos
dias de expectativas, para não dizer de intranquilidade e angústia no contexto
mundial. Em todas as nações, da mais ricas às mais pobres, existem problemas
relacionados com a falta de entendimento, humildade, justiça, amor e paz.
Acreditamos que a supremacia dos valores materiais sobre os espirituais é a
grande responsável pelo atual desajuste universal. Quando dizemos valores
espirituais não estamos nos referindo e também nos restringindo a uma
determinada religião, doutrina ou seita. Vale lembrar Mahatman Gandhi: “Considero-me hindu, cristão, muçulmano, judeu, budista e
confuciano”. Não podemos mais conviver com
guerras, terrorismo, disputas inócuas, enfim, com qualquer tipo de violência
política, social, econômica, etc. A discriminação entre as pessoas, por
exemplo, representa a forma mais cruel de coação, permitindo o constrangimento
físico ou moral. A falta de solidariedade leva ao desentendimento, à
intolerância e ao comportamento irracional. Não queremos um mundo
preconceituoso e sem amor. Tudo que fazemos para reduzir ou evitar o sofrimento
de nossos irmãos é uma prova de estarmos cada vez mais perto de Cristo. Como
disse Goethe: “Abra o coração para que entre
mais amor”. Segundo Jo (13, 34-35): “Amem uns aos outros, como eu amo vocês”. Orientemo-nos pela palavra de Deus.
(*) Economista. Professor aposentado da UFC. Ex-governador do
Ceará.
Fonte: Diário
do Nordeste, Ideias. 6/9/2019.
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