Por Luiz Gonzaga Fonseca
Mota (*)
A taxa de câmbio é um
indicador econômico extremamente relevante para a fixação de políticas,
principalmente nesta época de globalização. Define-se como o preço da moeda
estrangeira em termos de moeda nacional. Por exemplo, real e dólar (R$/ US$).
Assim, para raciocinar, atualmente no Brasil 1 dólar custa em torno de 4 reais.
Um exportador brasileiro ao vender mercadorias equivalentes a US$1.000 no
mercado dos EUA, deveria receber internamente R$4.000; ou então, o importador
brasileiro ao desejar comprar um produto americano por US$1.000 deveria dispor
de R$4.000. Por isso, as desvalorizações do real em comparação com o dólar,
estimulam as exportações do Brasil e desestimulam as importações. Todavia, quem
elabora a política econômica precisa ficar atento aos efeitos colaterais
negativos (inflação, crescimento instável, redução de produtividade,
desemprego, indicadores sociais, dentre outros). Cremos ser a política cambial,
em razão de variáveis endógenas e exógenas, uma das vertentes mais complexas na
formulação de diretrizes para o desenvolvimento de um país. Por sua vez, por
trás da demanda de divisas, fluxo representativo da saída de recursos para o
exterior, citam-se: importação de bens e serviços, pagamentos financeiros,
empréstimos concedidos, amortizações pagas, etc. Já a oferta de divisas, fluxo
referente à entrada de recursos evidenciado por operações como: exportação de
bens e serviços, empréstimos obtidos no exterior, amortizações recebidas, etc.
A taxa de câmbio pode ser analisada em três casos básicos: 1. taxa flutuante,
determinada pelas forças de procura e oferta no mercado de divisas; 2. taxa
fixa, tendo-se em conta o compromisso do Governo de estabilizar o câmbio e 3.
taxa intermediária, entre a flutuante e a fixa, ou seja, as chamadas bandas
cambiais (cotações mínima e máxima para a taxa).
(*) Economista. Professor aposentado da UFC. Ex-governador do
Ceará.
Fonte: Diário
do Nordeste, Ideias. 27/9/2019.
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