Por Luiz
Gonzaga Fonseca Mota (*)
Além
da perversa e inexplicável covid-19, nosso objetivo é refletir
sobre algumas questões que preocupam a opinião pública mundial atualmente. A
ganância de determinados países motiva uma desconfiança que prejudica o
entendimento, gerando desigualdades e desequilíbrios políticos, económicos,
sociais e culturais. Nessa linha de raciocínio, surgem a injustiça, a
corrupção, a exploração desordenada dos recursos naturais não renováveis, a
miséria crescente de milhões de pessoas, a corrida armamentista, a falta de
solidariedade humana, a ausência de uma paz estável, dentre outros problemas. O
ideal decadente traduz a falta de perspectiva das novas gerações e deixa num
clima de perplexidade os mais velhos. Precisamos renascer a cada dia. O ideal
se conquista com o trabalho sério, a verdade e os mecanismos justos de
colaboração. Segundo Gandhi: "Nada
tenho de novo para ensinar o mundo; a verdade (satyagraha) e a não violência (ahimsa)
são tão antigas quanto as montanhas. Tudo o que tenho feito é tentar praticar
as duas na escala mais vasta que me é possível".
Necessitamos de fé e esperança para sermos tolerantes. O radicalismo tem
influenciado de forma negativa as alterações de comportamento e de organização
social. Por sua vez, uma ideologia, quando é verdadeira, torna-se estratégica,
vence os obstáculos, alcançando a certeza da existência de Deus. Quem procura
resultados de curto prazo não consolida uma situação racional e sustentável. A
história nos mostra que as manifestações ideológicas, quando consistentes,
levam-nos a caminhos pacifistas, éticos, de liberdade, de solidariedade e
democráticos. “Post scriptum”: “Levantai-vos e não tenhais medo” (Mateus 17,7) e “Sei
o que é estar necessitado e sei também o que é ter mais do que é preciso” (Filipenses 4,12). Unamo-nos, pois o amor e a sabedoria
fazem com que alcancemos nossos objetivos.
(*) Economista. Professor aposentado da UFC. Ex-governador do
Ceará.
Fonte:
Diário do Nordeste, Ideias. 3/7/2020.
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