segunda-feira, 5 de março de 2018

EVOLUÇÃO

Por Luiz Gonzaga Fonseca Mota (*)
Um dos temas mais debatidos e objeto de reflexão, ao longo do tempo, diz respeito à “evolução espiritual”. Envolve, é claro, conceitos inerentes à fé e à razão. Estudiosos (filósofos, teólogos, cientistas, etc.) analisam o comportamento das pessoas à luz do “crer ou não crer” em uma proposta. Um desafio significativo para todos nós é o de conceber valores sem destruir os outros. A polarização vem aumentando com o passar do tempo. São Bento, por exemplo, foi um grande pensador e um homem alheio a qualquer forma negativa de polêmica, preocupando-se muito com o ser humano. Atualmente, em razão do progresso tecnológico e também do processo de globalização, as pessoas reagem mais aos objetivos diferentes dos seus. Nesta linha de raciocínio, as manifestações ecumênicas, respeitando-se a liberdade de pensamento, são fundamentais para se conseguir um mundo melhor. Particularmente, sou católico praticante, creio na palavra de Deus, externando o amor a Ele e ao próximo. Todavia, acredito que todos de bom senso e de boa vontade, quer sejam crentes, agnósticos ou ateus devem buscar a solidariedade, ou seja, o amor ao próximo. Ademais, para Cristo é preferível um ateu justo e sincero do que um falso cristão. A paz exterior, decorre da paz interior, isto é, da “evolução espiritual”. As virtudes teologais (fé, esperança e caridade), assim como as virtudes cardeais ou centrais (prudência, temperança, fortaleza e justiça) podem ser comuns a todos, independentemente, do posicionamento religioso, pois são concedidas pela bondade de Deus. “Tudo neste mundo tem o seu tempo; cada coisa tem a sua ocasião” (Ec 3,1).
(*) Economista. Professor aposentado da UFC. Ex-governador do Ceará.
Fonte: Diário do Nordeste, Ideias. 2/3/2018.

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