Por Luiz Gonzaga Fonseca
Mota (*)
Podemos dizer que pensar
significa conceber ideias, meditar, raciocinar, refletir, enfim, buscar
conhecimentos, muitas vezes polêmicos, que possam nos levar a um processo de
tomada de posições ou de decisões. Não é fácil pensar. Assim disse Henry Ford:
“Pensar é o trabalho mais pesado que há, e
talvez seja essa a razão para tão poucos se dedicarem a isso”. Por incrível que pareça, no momento atual, o número de
pessoas pensantes, em termos relativos, a nosso juízo, está caindo. Não somos
contra o progresso tecnológico, pelo contrário. Sem a informática e com as
atividades em permanente evolução, dificilmente a humanidade teria condições de
possuir um melhor padrão de vida, com respeito à realização de suas
necessidades. Todavia, o que não desejamos é a substituição do pensamento
humano por um computador, por exemplo. Somos a favor tanto da aprendizagem
tradicional como da virtual. No entanto, não devemos deixar os métodos
ortodoxos da leitura e da pesquisa nos livros, nos textos e nos jornais, pela
comodidade cibernética. Tal comportamento pode nos conduzir a uma preguiça
mental e consequentemente reduzir a capacidade de pensar. O importante é
buscarmos uma conciliação que permita a convivência do pensamento e do
progresso tecnológico, ou seja, sim à inclusão digital e também à inclusão do
pensamento. A arte de pensar é o segredo da vida. Conforme Spencer, “É a mente que faz a bondade e a maldade. Que faz a
tristeza ou a felicidade, a riqueza e a pobreza”.
Procuremos o sucesso, mediante o pensamento positivo, isolando as ideias
inerentes aos sentimentos de ódio, de inveja, do desamor, dentre outros, e não
apensas digitando números e letras, nem também procurando, sem esforço mental,
informações existentes numa máquina. Lembremo-nos de Victor Hugo: “Amo as pessoas que pensam, mesmo aquelas que pensam de
maneira diferente de mim”.
(*) Economista. Professor aposentado da UFC. Ex-governador do
Ceará.
Fonte: Diário
do Nordeste, Ideias. 14/6/2019.
Nenhum comentário:
Postar um comentário