Por Luiz Gonzaga Fonseca
Mota (*)
Karol Wojtyla nasceu no dia 18 de maio de
1920, em Wadowice, na Polônia. Filho de família modesta, cedo ficou órfão de
mãe e depois, quando estava com cerca de 20 anos de idade, faleceram seu irmão
mais velho e seu pai. Um encontro com o cardeal Sapieha despertou em Karol a
vocação pelo sacerdócio. Começou a estudar filosofia, idiomas e literatura.
Antes, porém, de ingressar no curso de teologia, trabalhou numa pedreira. A
experiência de operário braçal o ajudou a conhecer de perto o cansaço físico,
assim como a simplicidade, a sensatez e o fervor religioso dos trabalhadores e
pobres. Posteriormente, com 22 anos de idade, ingressou no Departamento
Teológico da Universidade Jaguelloniana. Com a idade de 26 anos ordenou-se
sacerdote, no Seminário Maior de Cracóvia. Em 1958 foi consagrado Bispo
Auxiliar de Cracóvia e, em 1964, passa a ser titular. Foi o primeiro Arcebispo
de Cracóvia, e, com apenas 47 anos, o papa Paulo VI o fez cardeal. Com as
mortes dos papas Paulo VI e, logo a seguir, de João Paulo I, o cardeal Karol
Wojtyla foi eleito papa, no dia 15 de outubro de 1978. Sua preocupação com as
questões sociais e com a doutrina da Igreja; sua coragem e carisma; sua luta em
favor da liberdade e da justiça; seu posicionamento contrário aos regimes
autoritários; seu comportamento ecumênico; a valorização da família; a defesa
dos direitos humanos; a procura incessante pela paz e suas peregrinações
missionárias fizeram de João Paulo II o mais reconhecido e respeitado líder do
último quartel do século passado. Com certeza, João Paulo II (18.05.1920-
02.04.2005), nosso querido João de Deus foi iluminado pelo Espírito Santo e
coberto com o manto protetor da Santa Virgem Maria. Hoje, São João Paulo II,
declarado Santo (27.04.2014) em cerimônia presidida pelo Papa Francisco,
encontra-se ao lado de Deus, nos orientando e protegendo.
(*) Economista. Professor aposentado da UFC. Ex-governador do
Ceará.
Fonte: Diário
do Nordeste, Ideias. 31/5/2019.
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