O jornal O Povo, de 19/09/2016 (p.19), publicou o
artigo “Irmã
Breves: uma homenagem em falta”, que traçava o histórico de benemerência dessa
religiosa ao tempo ao em que se aludia a concessão de uma homenagem de caráter permanente
a ela.
Admitida
na Companhia das Filhas da Caridade em 1910, irmã Margarida Breves aportou no Ceará em 1921, aqui vivendo
por 32 anos.
No Ceará, a Irmã Breves exercitou o seu apostolado não somente
missionário, oferecendo à nossa terra um conjunto de realizações, tanto
religiosos como educacionais e assistenciais, dentre elas a fundação da Escola
de Enfermagem São Vivente de Paulo, criada em Fortaleza em 1943, sendo então a
primeira escola de formação de enfermeiros do Nordeste e a terceira do País.
Irmã Breves encerrou a sua quase
centenária jornada terrena em Salvador-BA em 1987, tendo
conduzido o seu profícuo labor com intensa atuação no campo social, notadamente
em favor dos mais desvalidos.
Como desdobramento da publicação citada, a Academia Cearense de
Enfermagem, que a tem como Patrona de uma das suas Cadeiras, e a Associação
Brasileira de Enfermagem – Seção Ceará, encetaram uma ação junto à Câmara
Municipal de Fortaleza (CMF), tendo o vereador Iraguassu Teixeira proposto
projeto de lei municipal que obrigava a Prefeitura Municipal de Fortaleza (PMF)
a colocar o nome dessa operante e devotada religiosa em uma das suas novas
unidades de saúde.
A despeito da aprovação legal, via Lei 10.589, de 26/06/2017, da
PMF/CMF, publicada no D.O.M. de 28/06/2017, diversos equipamentos de saúde da
capital cearense foram inaugurados olvidando o disposto na lei em epígrafe.
Essa homenagem, além de digno reconhecimento pessoal a Ir. Margarida
Breves, se prestará de reparo aos valorosos profissionais de Enfermagem, que
raramente têm seus nomes nos frontispícios dos nossos equipamentos de saúde.
Se o nosso prefeito Roberto Cláudio deliberar pela aposição do nome da
Ir. Breves em uma unidade de saúde tem-se um gesto de gratidão para com aqueles
que se dedicam à arte do cuidar, ensejando o regozijo de suas entidades
representativas locais.
Marcelo Gurgel
Carlos da Silva
Professor
universitário e médico
*Publicado In: O Povo. Fortaleza, 23 de janeiro de 2020.
Caderno A (Opinião). p.16.
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