Você sabia que:
- Aluísio de Azevedo tinha o
hábito de, antes de escrever seus romances, desenhar e pintar, sobre papelão,
as personagens principais mantendo-as em sua mesa de trabalho, enquanto
escrevia.
- Aos dezessete anos, Carlos Drummond de Andrade foi expulso do Colégio Anchieta,
em Nova Friburgo (RJ), depois de um desentendimento com o professor de
português. Imitava com perfeição a assinatura dos outros. Falsificou a do chefe
durante anos para lhe poupar trabalho. Ninguém notou. Tinha a mania de picotar
papel e tecidos. "Se não fizer isso, saio matando gente pela rua".
Estraçalhou uma camisa nova em folha do neto. "Experimentei, ficou
apertada, achei que tinha comprado o número errado. Mas não se impressione,
amanhã lhe dou outra igualzinha."
- Numa das viagens a Portugal, Cecília Meireles marcou um encontro com o poeta
Fernando Pessoa no café A Brasileira, em Lisboa. Sentou-se ao meio-dia e
esperou em vão até as duas horas da tarde. Decepcionada, voltou para o hotel,
onde recebeu um livro autografado pelo autor lusitano. Junto com o exemplar, a
explicação para o "furo": Fernando Pessoa tinha lido seu horóscopo
pela manhã e concluído que não era um bom dia para o encontro.
- Euclides da Cunha,
Superintendente de Obras Públicas de São Paulo, foi engenheiro responsável pela
construção de uma ponte em São José do Rio Pardo, SP. A obra demorou três anos
para ficar pronta e, alguns meses depois de inaugurada, a ponte simplesmente
ruiu. Ele não se deu por vencido e a reconstruiu. Mas, por via das dúvidas,
abandonou a carreira de engenheiro.
- Gilberto Freyre nunca manuseou
aparelhos eletrônicos. Não sabia ligar sequer uma televisão. Todas as obras
foram escritas a bico-de-pena, como o mais extenso de seus livros, Ordem e
Progresso, de 703 páginas.
- Graciliano Ramos era ateu
convicto, mas tinha uma Bíblia na cabeceira só para apreciar os ensinamentos e
os elementos de retórica.
- Guimarães Rosa, médico
recém-formado, trabalhou em lugarejos que não constavam no mapa. Cavalgava a
noite inteira para atender a pacientes que viviam em longínquas fazendas. As
consultas eram pagas com bolo, pudim, galinha e ovos. Sentia-se culpado quando
os pacientes morriam. Acabou abandonando a profissão. "Não tinha vocação.
Quase desmaiava ao ver sangue", conta Agnes, a filha mais nova.
- Jorge Amado para
autorizar a adaptação de Gabriela para a tevê, impôs que o papel principal
fosse dado a Sônia Braga. "Por quê?", perguntavam os jornalistas,
Jorge respondeu: "O motivo é simples: nós somos amantes." Ficou todo
mundo de boca aberta. O clima ficou mais pesado quando Sônia apareceu. Mas ele se
levantou e, muito formal disse: "Muito prazer, encantado." Era piada.
Os dois nem se conheciam até então.
- José Lins do Rego era
fanático por futebol. Foi diretor do Flamengo, do Rio, e chegou a chefiar a
delegação brasileira no Campeonato Sul-Americano, em 1953.
- Machado de Assis era míope,
gago e sofria de epilepsia. Enquanto escrevia Memórias Póstumas de Brás Cubas,
foi acometido por uma de suas piores crises intestinais, com complicações para
sua frágil visão. Os médicos recomendaram três meses de descanso em Nova
Friburgo. Sem poder ler nem redigir, ditou grande parte do romance para a
esposa, Carolina
(Carolina Augusta Xavier de Novaes).
- Manuel Bandeira sempre se gabou de um encontro com Machado
de Assis, aos dez anos, numa viagem de trem. Puxou conversa: "O senhor
gosta de Camões?" Bandeira recitou uma oitava de Os Lusíadas que o mestre
não lembrava. Na velhice, confessou: era mentira. Tinha inventado a história
para impressionar os amigos.
Fonte: Internet (circulando
por e-mail e i-phones). Sem autoria explícita.
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