quinta-feira, 16 de novembro de 2023

HUMANISMO, O NOVO DESAFIO DA EDUCAÇÃO

Por Cândido B. C. Neto (*)

A educação é, acima de tudo, um compromisso com a condição humana. Por isso, não deve, a rigor, ser compreendida tão somente como pano de fundo, vez que visa, substancialmente, desencadear um sentimento amplo que alcance todos segmentos socioeconômicos, num exemplo de interação entre as diversas instituições, na tentativa de superação das questões básicas, tendo o humanismo como objetivo final.

Educação tem o poder de desencadear e fortalecer um amplo movimento que integre as ações nacionais, capaz de toda sociedade participar, sendo respeitada a diversidade de concepções com permanente incentivo a uma gestão compartilhada. Costumo dizer: envolver todos atores empenhados em resolver nosso maior débito histórico: reumanizar os humanos.

Caminhamos para a avaliação final do Plano Nacional da Educação (PNE), lei 13/005, previsto para o próximo ano. Assim, teremos como meta principal o Humanismo - Reumanizar os humanos, transformado em desafio nacional para o novo plano.

Mais uma vez, o estado do Ceará parte na frente com uma agenda positiva elaborada por todos os órgãos e entidades do Sistema Estadual de Educação, coordenada pela Secretaria da Ciência, Tecnologia e Educação Superior (Secitece), a partir de um amplo debate, em parceria com estado, municípios e iniciativa privada. Apresentam-se, assim, novos caminhos para a educação brasileira e com a presença das instituições de ensino superior.

Neste cenário, o humanismo, em seu sentido amplo, deverá estar presente em todas as metas e estratégias do novo PNE, desde a formação de professores até os mais representativos órgãos da gestão nacional, como pauta permanente nos assuntos e grandes debates.

A educação deve ter caráter humanista e coletivo para integrar uma nova política, dando-lhe uma síntese civilizatória moderna e necessária à reumanização dos humanos, adequada aos novos tempos e modelos, visando cultivar, no homem, os sentimentos de amor ao próximo, à terra e à sua história. Não podemos negar isso ao futuro das famílias brasileiras.

(*) Escritor e poeta. Professor da Universidade Estadual do Ceará (Uece).

Fonte: Publicado In: O Povo, de 16/10/23. Opinião, p.20.

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