Por
Ed.
Corumbá, Av. Prado Junior, 145, Posto 2
Copacabana. Em 1972, uma das quitinetes do Corumbá abrigou durante 6 meses uma
"república" de tenentes-médicos alunos da Escola de Saúde do Exército
(gaúchos Henz, von Kossel e Bonilha, e cearenses Valdenor, Ozildo e eu). No
edifício em frente morava o museólogo e carnavalesco Clóvis Bornay, o
idealizador do "Baile de Gala" do Theatro Municipal do RJ. Ele era hors
concours nos concursos de fantasias. Tinha o direito de participar sem ser
julgado.
Boate
Plaza (no subsolo do Hotel Plaza), na
Prado Junior. Na qual faturei um relógio (roscofe) em um sorteio.
Jaboatão, casa noturna na Av. Princesa Isabel, em Copacabana,
frequentada pelo proletariado.
Beco
da Fome, uma galeria que reunia vários
pequenos restaurantes e lanchonetes. Ficava ao lado do Cinema 1.
De
setembro de 1972 a agosto de 2005 (quando cedeu espaço a um horti fruti), o Cinema
1, na Avenida Prado Júnior, entre as ruas Barata Ribeiro e Ministro
Viveiros de Castro, ganhou fama por sua sofisticada seleção de filmes, com a
exibição de clássicos ou obras contemporâneas que dificilmente chegavam ao
circuito tradicional. [1]
Por
falar em restaurantes e lanchonetes, lembro-me do super sanduíche de rosbife do
Cervantes, um templo da baixa gastronomia que há mais de 30 anos mata a
fome do pessoal da madrugada! Ele está lá até hoje e faz parte do "roteiro
cultural" da PJ, recomendo uma visita! [2]
Garota
de Ipanema. Localização: Prudente de
Moraes c/ Vinicius de Moraes. Inaugurado em 1949 com o nome de bar Montenegro,
o estabelecimento era conhecido pelos artistas como bar do Veloso, por conta do
nome do proprietário.
Zeppelin, point em Ipanema que fechou em 1972. [3]
Canecão, no Botafogo, onde fui assistir a um show do Simonal.
Beco
das Garrafas, indissociável da história
da bossa nova. Só fui conhecer em 2022. [4]
Ed.
Torres, R. Benjamin Constant, 139,
Glória, onde morei 18 meses com a minha irmã Marta e seu esposo João
Evangelista, ambos já falecidos. Convidado pelo casal, deixei Copacabana para
ir morar com eles na Glória. O modesto apartamento ficava num edifício de poucos
andares, no último quarteirão da rua Benjamin Constant.[5]
No Hospital
da Beneficência Portuguesa (cujos fundos davam para a Benjamin Constant)
aconteciam as sessões clínicas comandadas pelo renomado cirurgião torácico
Jesse Teixeira, sempre com a brilhante participação do Dr. Amarino, um médico
radiologista da cidade.
No
fim da rua, havia também uma comprida escadaria pela qual se podia ir
(nunca me atrevi) da Glória ao Morro de Santa Teresa. E, por último, mas não
menos importante, uma padaria-raiz em que eu gostava de comer um pão quente
passado na manteiga.
As
obras da estação da Glória do Metrô do Rio já ocupavam uma parte do largo em
que começava a rua Benjamim Constant. E, quando a Taberna da Glória (onde
se dizia que Noel Rosa compôs "Conversa de Botequim") deu sua última
função, eu fui até lá para dar as condolências. E, ao lado dos grandes
sambistas e chorões do Rio Antigo, chorei um rio pelo fechamento da casa.
Hospital
Central do Exército com seu Pavilhão de
Isolamento, na Triagem, Instituto de Tisiologia e Pneumologia, no Caju, Hospital
Central do IASERJ, na Praça da Cruz Vermelha, e Faculdade de Medicina da
UFRJ (para ouvir as aulas do Prof. Dr. José Rodrigues Coura)
Renascença
Clube, onde assisti ao musical
"Orfeu Negro" de Vinicius de Moraes.[6]
[2] http://copacabana.com/avenida-prado-junior
[3] http://blogdopg.blogspot.com/2023/02/bar-zeppelin.html
[3] http://blogdopg.blogspot.com/2022/05/uma-noite-no-beco-das-garrafas.html
[4] http://gurgel-carlos.blogspot.com/2018/02/a-noite-do-cha.html
(*) Médico
pneumologista, escritor e blogueiro.
Postado
por Paulo Gurgel no Blog Linha do Tempo em 1/09/2024.
http://gurgel-carlos.blogspot.com/2024/09/reminiscencias-cariocas.html
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