Por Luiz Gonzaga Fonseca Mota (*)
Observando-se algumas escolas, bem como os trabalhos de geniais
pintores, concentramo-nos, de forma resumida, no exame dos movimentos
impressionista e expressionista. O primeiro, com origem no final do século 19,
na França, caracterizou-se pelo interesse em efeitos de luz, enaltecendo a
alegria de viver. O segundo procurou mostrar não só os aspectos objetivos, mas
as emoções subjetivas que pensamentos e acontecimentos suscitam no artista. Foi
iniciado na Alemanha. O impressionismo, segundo alguns críticos, embora
mantendo temas do realismo, não se propôs a fazer denuncia social. Mostra
paisagens urbanas e suburbanas, como o naturalismo. A diferença está na visão
estética: os impressionistas manifestam o momento em que a ação está
acontecendo, originando novas maneiras de captar a luz e as cores. Entre os
exponentes do impressionismo, destacamos: Monet, Manet, Renoir e Pissaro. Nos
quadros destes artistas são comuns cenas passadas em jardins, à beira do rio
Sena, em cafés, teatros e festas. Destacaríamos Monet e Renoir como os
principais integrantes do movimento e as telas “Manhã no Sena” (Monet) e “Rosa
e Azul” (Renoir). Já no expressionismo não existe a preocupação com a beleza
tradicional, e as obras mostram um enfoque pessimista da vida. O artista,
muitas vezes dominado pela angústia e a dor, denuncia problemas sociais. O
precursor do movimento foi o pintor holandês Van Gogh e, na nossa visão, as
telas “Os Girassóis” e “Noite Estrelada” foram suas obras principais. No
entanto em todas as telas são visíveis sentimentos como a dor e o amor. Que
beleza! É a criação poética refletida em belos quadros.
(*) Economista. Professor aposentado da UFC. Ex-governador do
Ceará.
Fonte: Diário
do Nordeste, Ideias. 31/3/2017.
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