O
Estado brasileiro enfrenta momentos de dificuldades, envolvendo os Poderes
Constituídos, podendo comprometer, infelizmente, os objetivos fundamentais da
República Federativa do Brasil, conforme o Art. 2º de nossa Carta Magna. É
claro que os desajustes decorrentes dessa situação aflitiva se projetam nas
estruturas da sociedade civil e da família. A democracia moderna baseia-se em
um sistema de instituições construídas na expectativa de garantir as ações
éticas e morais das decisões políticas. Entretanto, infelizmente, constatamos
que esse equilíbrio institucional tem sido seriamente desvirtuado. Um olhar
acurado sobre o relacionamento dos três Poderes torna esse desequilíbrio de
fácil constatação e a confirmação de que as instituições democráticas não estão
cumprindo o seu papel de canalizar as demandas da cidadania. Precisamos
recuperar a superioridade ampla do nosso regime democrático. Para tanto, é
desejável que o Poder Legislativo resgate sua capacidade deliberativa e
representativa, o Judiciário garanta a ordem legal e constitucional e o
Executivo administre com competência, aliada à seriedade, os reais interesses
da sociedade, cumprindo as disposições legais. No entanto, não estamos
perdidos. Abaixo a corrupção e a impunidade, “doa a quem doer”, conforme sempre
ressalta o amigo e brilhante ex-senador Cid Carvalho. Ademais, como disse o
compositor Paulo Vanzoline, “Levanta sacode a poeira e dá a volta por cima”. O Brasil é viável.
Seu povo, na grande maioria, é bom. É um “País abençoado por Deus”. Convém refletir uma
frase de Goethe: “Abra
o coração para que entre mais amor”. Busquemos a Verdade e a Justiça.
(*) Economista. Professor aposentado da UFC. Ex-governador do
Ceará.
Fonte: Diário
do Nordeste, Ideias. 21/4/2017.
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