sexta-feira, 18 de agosto de 2017

ESTAMOS PERDIDOS?

Por Luiz Gonzaga Fonseca Mota (*)
O Estado brasileiro enfrenta momentos de dificuldades, envolvendo os Poderes Constituídos, podendo comprometer, infelizmente, os objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil, conforme o Art. 2º de nossa Carta Magna. É claro que os desajustes decorrentes dessa situação aflitiva se projetam nas estruturas da sociedade civil e da família. A democracia moderna baseia-se em um sistema de instituições construídas na expectativa de garantir as ações éticas e morais das decisões políticas. Entretanto, infelizmente, constatamos que esse equilíbrio institucional tem sido seriamente desvirtuado. Um olhar acurado sobre o relacionamento dos três Poderes torna esse desequilíbrio de fácil constatação e a confirmação de que as instituições democráticas não estão cumprindo o seu papel de canalizar as demandas da cidadania. Precisamos recuperar a superioridade ampla do nosso regime democrático. Para tanto, é desejável que o Poder Legislativo resgate sua capacidade deliberativa e representativa, o Judiciário garanta a ordem legal e constitucional e o Executivo administre com competência, aliada à seriedade, os reais interesses da sociedade, cumprindo as disposições legais. No entanto, não estamos perdidos. Abaixo a corrupção e a impunidade, “doa a quem doer”, conforme sempre ressalta o amigo e brilhante ex-senador Cid Carvalho. Ademais, como disse o compositor Paulo Vanzoline, “Levanta sacode a poeira e dá a volta por cima”. O Brasil é viável. Seu povo, na grande maioria, é bom. É um “País abençoado por Deus”. Convém refletir uma frase de Goethe: “Abra o coração para que entre mais amor”. Busquemos a Verdade e a Justiça.
(*) Economista. Professor aposentado da UFC. Ex-governador do Ceará.
Fonte: Diário do Nordeste, Ideias. 21/4/2017.

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