terça-feira, 22 de agosto de 2017

POEMAS DE AMOR


Por Luiz Gonzaga Fonseca Mota (*)
Numa recente madrugada insone, concebi três poemas de amor visando reduzir um estado de ansiedade. Caro leitor, alterei os rumos dos textos anteriores, e apresento-lhe: “Suplício”, “Amor de Criança” e “Angústia”. “Suplício”: Como é difícil! Não suporto a tua ausência. Ainda te encontrarei, espero. Mesmo com a certeza do teu desamor./ Só penso em você. A vida vem me magoando. Será que compensa viver? Amélia, creio ser sonhador./ A melancolia domina meu coração. A esperança desaparece como fumaça. Deixando-me sem ação./ Não mais resisto esta dor. Não consigo te esquecer. É um suplício, a falta do teu amor. (“Felicidade foi-se embora. E a saudade no meu peito ainda mora” - Lupicínio Rodrigues). “Amor de criança”: Vida pura de criança. Amor que visa a amizade. Sempre guarda a lembrança. Dos momentos de felicidade./ Sonhando, sonhando. Procura o que deseja. Pouco se decepcionando. Quando não alcança o que almeja./ Visa a solidariedade sem ambição. Tua inocência muito bela. Expressa a linguagem do coração./ Linda criança. Com as bênçãos de Deus. Jamais perde a esperança. (“Só é possível ensinar uma criança amar, amando-a” – Goethe). “Angústia”: Há quanto tempo não te vejo. Talvez, culpa sua, amor. Como gostaria de ti dar um beijo. Para reduzir minha perversa dor./ Meu coração não mais suporta. Vivo pensando em você. Para ti, creio, pouco importa./ Quanta saudade! A esperança sumindo. A melancolia aumentando. Não é sonho, é realidade./ Sinceramente, querida. Meu sofrimento não para de crescer. Não sei até quando viver. (“Minha tendência a indagar e a significar já é em si uma angústia” – Clarice Lispector). Parei de sonhar acordado, fui dormir.
(*) Economista. Professor aposentado da UFC. Ex-governador do Ceará.
Fonte: Diário do Nordeste, Ideias. 28/4/2017.

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