sábado, 12 de maio de 2018

Florence Nightingale, uma enfermeira à frente do seu tempo


De família rica, ela contrariou a tudo e todos para seguir sua vocação, conta o médico Alfredo Guarischi, que escreveu um artigo em homenagem aos profissionais de Enfermagem
Ficamos muito felizes com o Dr. Alfredo Guarisch, que escreveu um artigo sobre a enfermeira Florence Nightingale, publicado no jornal O Globo, no dia 8 de maio. Foi uma bela homenagem aos enfermeiros, e um reconhecimento ao trabalho que fazem diariamente. Essa é uma feliz demonstração de como as profissões, de todas as áreas, podem e devem caminhar juntas. (Conselho Federal de Enfermagem).
Por Alfredo Guarischi
Natural de Florença, Florence iniciou os estudos como enfermeira no Egito. Trabalhou posteriormente na Alemanha e na França, retornando a Londres para chefiar o Instituto de Cuidados de Senhoras Carentes e Doentes.
Florence Nightingale (1820-1910) nasceu em Florença. Sua família tinha casas no campo e em Londres e tudo mais que o dinheiro podia comprar, porém o que mais desejava era ajudar os necessitados. Aos 20 anos de idade, implorava aos seus pais poderosos que abdicassem do desejo de ter uma menina prendada, esperando um casamento pomposo, e a deixassem com seu entusiasmo pela matemática e pela estatística.
Não lhe faltaram pretendentes, mas queria ser enfermeira, numa época em que essa profissão não era tida como adequada para uma moça educada e muito menos de família rica como a dela. Seria terrível deixar uma filha ser enfermeira. Aos 29 anos, viajou pela Europa para ver o trabalho da enfermagem em diferentes hospitais, iniciando seus estudos como enfermeira no Egito. Trabalhou posteriormente na Alemanha e na França, retornando a Londres para chefiar o Instituto de Cuidados de Senhoras Carentes e Doentes.
Em reconhecimento ao seu trabalho, o Ministério da Defesa solicitou que ela criasse o primeiro grupo de enfermeiras para atender os feridos na Guerra da Criméia, na qual Inglaterra, França e Turquia se uniram contra a Rússia. Ela desafiou os generais médicos ingleses demonstrando que os soldados feridos tinham dez vezes mais chances de morrer de uma doença hospitalar, como cólera, tifo e falta de higiene, do que no campo de batalha. Melhorando as condições sanitárias dos hospitais militares, sistematizando a lavagem das mãos e das enfermarias, a mortalidade caiu de 60% para 42%.
Fonte: Jornal O Globo, 8/05/2018.

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