segunda-feira, 14 de fevereiro de 2022

MUNDO TOLERÁVEL

Por Luiz Gonzaga Fonseca Mota (*)

Nosso objetivo é refletir sobre algumas questões que preocupam a opinião pública mundial em nossos dias. A ganância de determinados países motiva uma desconfiança que prejudica o entendimento, gerando desigualdades e desequilíbrios políticos, econômicos, sociais e culturais. Nessa linha de raciocínio, surgem a exploração desordenada dos recursos naturais não renováveis, a miséria crescente de milhões de pessoas, a corrida armamentista, a falta de solidariedade humana, a ausência de uma paz estável, dentre outros problemas. O ideal decadente traduz a falta de perspectiva das novas gerações deixa num clima de perplexidade os mais velhos. Precisamos renascer a cada dia. O ideal se conquista com o trabalho sério, a verdade e os mecanismos justos de colaboração. Segundo Gandhi, “Nada tenho de novo para ensinar o mundo; a verdade (satyagraha) e a não violência (ahimsa) são tão antigas quanto as montanhas. Tudo o que tenho feito é tentar praticar as duas na escala mais vasta que me é possível”. Necessitamos de fé e esperança para sermos tolerantes. O radicalismo tem influenciado de forma negativa as alterações de comportamento e de organização social. Crises, desemprego, miséria, endividamento e violência decorrem de movimentos radicais que não buscam soluções, mas modelos errôneos do ponto de vista socioeconômico e político. Todavia, é extremamente difícil e controvertido encontrar um modelo sociológico, filosófico e ideológico, capaz de gerar uma unanimidade. Enfim, qual o mundo tolerável? Na nossa opinião, pelo menos, não deverão prevalecer a ganância, a falta de ideal, o fundamentalismo e o ódio. Por sua vez, conforme Noberto Bobbio, “A primeira grande distinção no universo das doutrinas políticas é a que contrapõe teorias idealistas do Estado perfeito, ou da melhor forma de governo, e teorias realistas”. Assim, a ideologia pode ser vista como um conjunto de verdades definidas por uma pessoa ou grupo de pessoas. A ideologia, quando é verdadeira, torna-se estratégica, vence os obstáculos, alcançando a certeza da existência de Deus. P.S. O amor sempre vencerá o ódio.

(*) Economista. Professor aposentado da UFC. Ex-governador do Ceará.

Fonte: Diário do Nordeste, Ideias. 28/01/2022.

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