Ricardo Guilherme - escritor, professor e
ator - tomou posse nesta terça-feira, 15, na Academia Cearense de Letras (ACL).
Ele passa a ocupar a cadeira 33, que tem o autor cearense Rodolfo Teófilo como
patrono, e até agosto de 2024 era incumbência da pesquisadora Noemi Elisa
Soriano Aderaldo - que pertenceu ao corpo docente da Universidade Federal do
Ceará (UFC).
Após o período de luto pela morte da
acadêmica, explica Ricardo Guilherme ao
O POVO, foi iniciada a mobilização para decidir quem seria o novo integrante da
academia de letras mais antiga do Brasil. Ricardo foi eleito em dezembro de
2024 e, segundo ele, teve uma "votação expressiva" entre os atuais
membros da ACL. No discurso de posse, o novo acadêmico realizou uma homenagem à
Noemi Elisa Soriano Aderaldo.
"Sou propositor da teoria e da metodologia do Teatro Radical, um
teatro explicitamente teatral, semiologicamente antropocêntrico minimalista,
sintético e dialético, um teatro que do ponto de vista literário instaura uma
dramaturgia-poeta, na qual a abordagem do autor sobre as circunstancias criadas
transcendam a visão testemunhal do dramaturgo-repórter", disse Ricardo no
discurso.
No atual corpo de acadêmicos da ACL estão
nomes como Sânzio de Azevedo, José Murilo Martins, Vera Moraes, Tales de Sá
Cavalcante, Marly Vasconcelos, Angela Gutiérrez e Beatriz Alcântara. Fundada em
15 de agosto de 1894, a ACL é a mais antiga das academias de letras do Brasil.
A sede da instituição, localizada no Centro de Fortaleza, é chamada de Palácio
da Luz. Angela Gutiérrez, autora de "O Mundo de Flora", empossada em
2019, foi a primeira mulher a presidir a ACL.
Fonte: Publicado In: O Povo, de 16/04/25. Vida & Arte, p.2.
Nenhum comentário:
Postar um comentário