Por
Vladimir Spinelli Chagas (*)
Em 2015, a Organização das Nações Unidas
(ONU) propôs, pela Agenda 2030, 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável
(ODS), com 169 metas, visando à erradicação da pobreza, a proteção do planeta e
a garantia da prosperidade e de todos os povos, orientada pelos princípios dos
5Ps: Pessoas, Planeta, Prosperidade, Paz e Parcerias.
Tratando-se de ação integrada, global e
corporativa, envolvendo governos, setor privado, sociedade civil e cidadãos, o
Conselho Federal de Administração (CFA) entendeu dever participar ativamente,
montando o Índice CFA de Governança Municipal (IGM-CFA) como forma de apoiar os
municípios brasileiros no alinhamento de suas políticas públicas aos ODS, nas
dimensões financeira, de gestão e de desempenho.
O IGM-CFA oferece diagnósticos de maior
eficácia da realidade dos municípios, permitindo decisões baseadas em análises
documentais, levantamentos estatísticos, estudos de caso, dentre outras ações,
favorecendo, para além do alinhamento ao ODS, o aprimoramento da gestão, a
melhoria da qualidade de vida dos habitantes, o acesso a fontes de
financiamento mais adequadas e a sustentabilidade.
Esses estudos permitem mostrar, com mais
clareza, os principais desafios com que se defrontam os gestores municipais, em
termos técnicos, orçamentários e culturais, mostrando-se como uma inovação a
reforçar o desenvolvimento de cidades sustentáveis, inclusivas e resilientes,
diretrizes expostas na agenda urbana orientada para resultados.
O envolvimento dos profissionais de
Administração é fundamental, dados os conhecimentos acumulados em sua formação.
Assim, o Conselho Regional de Administração (CRA-CE) vem apoiando esses
trabalhos, cujas experiências já mostram resultados promissores no Ceará.
Recentemente, em reunião na Academia
Cearense de Administração (Acad), o projeto foi amplamente debatido,
levantando-se novas perspectivas para a expansão dessa iniciativa,
considerando-se que é nos municípios que residem as pessoas, neles estando,
portanto, os problemas, mas também as soluções mais adequadas, que ferramentas
como o IGM-CFA apontarão com maior segurança.
(*) Professor aposentado
da Uece, membro da Academia Cearense de Administração (Acad) e conselheiro do
CRA-CE. Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Fortaleza.
Fonte: Publicado In: O Povo, de 6/10/25. Opinião. p.18.

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