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domingo, 25 de agosto de 2024

DIFERENÇA BÁSICA

Por Rev. Munguba Jr. (*)

Os venezuelanos viveram nesses últimos dias um momento que vem se repetindo em diversos países comunistas: uma eleição de fachada. Votos depositados nas urnas, mas que têm pouco, ou nenhum valor prático. Em uma ditadura, o mais relevante é quem conta os votos, quem faz a totalização dos votos e quem anuncia a população.

O que está acontecendo de diferente mesmo é a liderança leve, inspiradora e popular de uma mulher de fibra. Tornada inelegível pelo sistema ditatorial, uma mulher sábia que apoiou outro candidato e agitou os corações de seus patrícios.

Maria Corina Machado é seu nome. Ela conseguiu gravar nos corações de seus compatriotas o desejo incontrolável pela liberdade, pela democracia, pelos valores básicos contidos nos ensinos judaico-cristãos: Deus, Pátria, Família e Liberdade.

Aprendendo com as derrotas antigas, com as frustrações do passado e convivendo com o mesmo modus operandi vivenciado em algumas nações vizinhas, reescreveu a história tendo a coragem e estratégia de questionar o resultado das eleições, na prática. Arregimentou um exército do bem para divulgar o resultado de cada urna, cada seção em tempo real e, posteriormente, na consolidação dos resultados.

Viver ou morrer pela liberdade? Eis a questão. Será que vale a pena o silêncio, a omissão, o conformismo e o medo? Não. Na realidade, nós nos enxergamos nessa mulher, em seus passos, em sua jornada libertária.

Talvez a diferença básica esteja na decisão de agir na hora certa. Quem sabe a nossa hora tenha sido lá atrás, em novembro de 2019, quando o STF votou pelo fim da prisão em segunda instância. À época, o sistema mostrou seu plano para atrasar o Brasil com impostos abusivos, burocracia pesada em todos os níveis e ramos de atividades. Que saudade do Paulo Guedes!

Será que ainda temos tempo, força e esperança?

Corinas! Estamos esperando por algumas corajosas andando pelas ruas da nossa nação.

No tempo do governo militar, o cantor e compositor Gilberto Gil entoava: "amigos presos, amigos sumindo assim; pra nunca mais. Tais recordações, retratos do mal em si. Melhor é deixar pra trás." Não, não vamos deixar para trás Mauro Cid, o deputado Daniel Silveira, o assessor Felipe Martins e muitos, muitos outros.

Deus, nós te pedimos: manda muitas "Corinas" para o Brasil!

"Em teu seio, ó liberdade. Desafia o nosso peito a própria morte. Verás que o filho teu não foge a luta."

(*) Pastor Munguba Jr. Embaixador Cristão da Oração da Madrugada e Erradicação da Pobreza no Brasil e presidente da Igreja Batista Seven Church.

Fonte: O Povo, 3/08/2024. Opinião. p.14.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2023

DA ÉTICA E DA LIBERDADE

Por Eduardo Girão (*)

Ao concluir os primeiros 4 anos no Senado Federal, o maior desafio desta minha existência, tenho procurado no limite das minhas forças honrar o voto consciente de 1 milhão 385 mil e 786 dos meus conterrâneos. Uma das razões que me levaram a disputar uma eleição foi a operação Lava Jato, o maior legado histórico no enfrentamento à corrupção e impunidade do Brasil que condenou políticos e empresários muito poderosos mas corruptos, que roubaram mais de 100 bilhões de reais dos brasileiros. Desde o início do mandato abri mão de todos os privilégios como auxílio moradia, apartamento funcional, plano de saúde vitalício, carro com motorista, além de utilizar cerca da metade da verba de gabinete. Uma economia de mais de 7 milhões de reais. Gastamos ZERO do orçamento secreto para o qual votei contra. Articulei uma iniciativa pioneira junto ao Ministério Público Federal e Estadual, visando dar transparência a cada centavo indicado por emendas do nosso gabinete.

Todos os municípios do Ceará foram contemplados com o total de 79 milhões de reais. Apresentamos 5 PECs e 80 projetos de lei, dois já sancionados. Cuidei de 51 relatorias e fiz 338 pronunciamentos. Contam-se nos dedos os parlamentares com 100% de presença em todas as sessões. Sou um deles. Como titular da CPI da pandemia, trabalhei para que fossem investigados os desvios de verba em estados e municípios como o 'Calote da Maconha' promovido pelo Consórcio Nordeste (maioria dos governadores do PT).

Mesmo reconhecendo minhas imperfeições e limitações tive a honra de receber várias premiações, dentre elas a de melhor parlamentar do Brasil pelo "Ranking dos Políticos" e como o segundo melhor senador do Brasil pelo "Congresso em Foco", em votação popular! Mas concluo metade dessa missão na Casa Revisora da República ainda com angústia pela indiferença culposa do Senado diante de tantos abusos cometidos por alguns ministros do STF. Só eu entrei com 3 pedidos de impeachment e apoiei outros tantos, mas todos foram engavetados na mesa diretora da Casa. Essa é uma das principais razões que me fazem tentar ser Presidente dessa instituição. Que a Verdade e a Justiça triunfem em nossa Nação. Paz & Bem e um abençoado Natal para você, cearense, e sua família

(*) Empresário. Senador pelo Podemos/CE.

Fonte: Publicado In: O Povo, de 3/12/22. Opinião, p.14.


segunda-feira, 2 de maio de 2022

PODERES CONSTITUÍDOS

Por Luiz Gonzaga Fonseca Mota (*)

O Estado brasileiro enfrenta momentos de dificuldades envolvendo os três Poderes Constituídos, podendo comprometer, infelizmente os objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil, conforme o art. 2º de nossa Carta Magna. É claro que os desajustes decorrentes dessa situação aflitiva se projetam nas estruturas da sociedade e da família. Para que possamos refletir, desprovidos de qualquer conotação partidária, acerca do grau de inquietação nacional, bem como da necessidade de cada brasileiro ter sua parcela de responsabilidade na solução da problemática, apresentaremos algumas ideias de pensadores relacionadas com atitudes e comportamentos das pessoas: “De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos  maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto.” (Rui Barbosa); “É surpreendente o quanto você pode realizar se não estiver preocupado em saber quem receberá os elogios.” (Abraham Lincoln); “Como é estranho ambicionar o poder e perder a liberdade.” (Francis Bacon); “Por que a política tem mais sucesso quando promove o ódio que quando promove a concórdia?” (Bertrand Russell); “A pior ditadura é a do Poder Judiciário, porque você não pode recorrer a ninguém”. (Rui Barbosa); “Ah! Como dói viver quando falta a esperança”. (Manoel Bandeira); "A nação que preza outros valores acima da liberdade perderá sua liberdade; e, ironicamente, se forem o poder e o dinheiro que ela preza mais, ela os perderá também" (Somerset Maugham). Não estamos perdidos, se a tristeza e a desilusão lhe perturbam, pense em Deus, que se encontra dentro de todos nós. Depois de vencer, distribua solidariedade e amor, não guarde ódio nem rancor, somente assim, pode-se encontrar o caminho da verdadeira felicidade. Pensemos mais nos valores interiores e não apenas nos valores materiais. VIVA nosso querido Brasil!

(*) Economista. Professor aposentado da UFC. Ex-governador do Ceará.

Fonte: Diário do Nordeste, 22/04/2022. Ideias.

sábado, 16 de abril de 2022

DES-EMERGENCIAMENTO DA COVID

Por Henrique Soárez (*)

Quando o vírus chegou ao Brasil não sabíamos o que esperar. Agora, 2 anos mais tarde, liberados das máscaras em ambientes abertos, fica mais evidente que as políticas públicas precisam acelerar para acompanhar a realidade.

A precaução era no início, corretamente, o valor maior. O vírus era desconhecido e salvar vidas implicava em cautela extrema. O momento agora demanda objetivos mais amplos.

Pragmatismo e liberdade são os valores a resgatar nesta etapa pós-pandêmica. Por precaução tentamos conter o Carnaval, mas agora sabemos que o esforço trouxe benefícios limitados: as festas aconteceram e o vírus não voltou a circular. Ao promover o valor do pragmatismo nota-se que a nova regra das máscaras veio tarde, pois em ambientes abertos muitos já andavam sem máscaras.

A liberdade é o valor que busca limitar a intervenção do Estado na vida do cidadão. Foi legitimamente sacrificada durante a pandemia e sua restauração exige que as intervenções das autoridades acompanhem o movimento dos dados e das descobertas científicas.

Com o que sabemos hoje sobre as formas de transmissão do vírus, talvez fosse melhor manter obrigatório uso das máscaras em situações de aglomeração de público, mesmo que ao ar livre, como nos estádios de futebol.

Não cabe mais falar em emergência ou calamidade pública em decorrência do vírus. Já é possível prever que a onda de fechamentos agora vistos na China não vai chegar a Fortaleza.

A onda que sim irá chegar é a que acontece na Inglaterra: contágio dos idosos vacinados ou não, que não contraíram a ômicron e, além disso, como acontece com as viroses sazonais, uma marola de absenteísmo laboral resultado dos sintomas leves da Covid em adultos vacinados.

Não cabe mais coibir quem está vacinado e não tem comorbidades. É chegado o momento dos cuidados se tornarem individuais: quem tem o sistema imunológico debilitado deve escolher bem as interações sociais e caprichar no uso da máscara.

Para a população em geral é hora de oficializar que a pandemia acabou. Se a realidade mudar o governo terá então capital político para voltar a intervir na vida privada.

(*) Engenheiro eletricista, diretor do Colégio 7 de Setembro e da Uni7

Fonte: Publicado In: O Povo, de 24/03/22. Opinião, p.20.

domingo, 6 de fevereiro de 2022

QUAIS SÃO OS SEUS VALORES?

Por Rev. Munguba Jr. (*)

Tenho afirmado repetidas vezes que a nomenclatura esquerda e direita é muito simplista e pueril. Precisamos de um posicionamento claro sobre cada assunto que altera significativamente a rota das nossas vidas como povo brasileiro. Não concordamos com um Estado totalitário que exerça um controle social patológico.

Concordamos com um Estado que defenda a liberdade de pensamento e vida, garantindo as liberdades individuais, o livre mercado e a participação mínima do governo na vida dos cidadãos. Somos frontalmente contrários a leis que legalizem o aborto; defendemos a vida desde a sua concepção.

Abominamos a liberação das drogas pois entendemos que ela destrói todo o tecido social paulatinamente; nós tratamos e amamos os dependentes químicos. Aprovaram o casamento entre pessoas do mesmo sexo; nós defendemos a família tradicional criada por Deus. Hoje defendem a mudança de sexo já nos primeiros anos de vida; nós entendemos que Deus criou somente o sexo masculino e feminino.

Impressionante como defendem o desarmamento; nós defendemos a posse e o porte de armas para o cidadão de bem. Estão tentando destruir a nossa língua portuguesa para demolir a nossa cultura; nós valorizamos a beleza da língua portuguesa. Eles tornaram a corrupção em endemia no Brasil; nós defendemos oportunidades iguais para todos e a honestidade como um valor inegociável. Eles defendem o fim das religiões; nós respeitamos todas as manifestações religiosas. Defendem a extinção das polícias e o surgimento de milícias; nós valorizamos e apoiamos as polícias e as Forças Armadas.

Estão agora tentando aprovar perdão de pequenos furtos; nós entendemos que todos devem pagar pelos seus erros. Defendem a prisão somente depois da última instância; apoiamos a prisão depois da segunda instância. Querem implantar uma maior carga tributária; nós defendemos a menor carga tributária possível. Invadiram as escolas com ideologias que destroem a família; nós entendemos que devemos ter um ensino de qualidade visando a aprendizagem e que a educação deve ser dada pela família. Temos muitos outros assuntos para pontuar, mas por hoje já dá para perguntar. Quais são os seus valores?

(*) Pastor Munguba Jr. Embaixador Cristão da Coreia do Sul Para a Implantação da Oração da Madrugada e Erradicação da Pobreza no Brasil.

Fonte: O Povo, 22/01/2022. Opinião. p.18.

terça-feira, 12 de outubro de 2021

BURCA OBRIGATÓRIA

Por Rev. Munguba Jr. (*)

Como é difícil perder a liberdade. Quando pensamos nesse tempo lindo de 7 de Setembro, é necessário também lembrarmos que a independência do Brasil não foi um ato de conquista, mas um evento que nos elevou pacificamente a um novo patamar diante da comunidade mundial.

Não lutamos por ela, o sangue de nossos filhos não regou o chão da nossa pátria pela liberdade. Mesmos as guerras de fronteira ou separatistas que vivemos, não marcaram a vida de um país continental como o nosso. São memórias distantes e embotadas pelo tempo e pela distância.

É difícil para nós mensurarmos a dor da população afegã. Mulheres algemadas, violentadas, sem o mínimo respeito por elas. Pessoas correndo para as fronteiras e para o aeroporto. Homens e mulheres pendurados em aviões, despencando no chão após a decolagem. Religiosos cristãos sendo mortos. A imprensa monitorada.

Creio que toda ditadura é perversa. De um único homem, de um grupo ou de uma organização criminosa e terrorista.

O Brasil é um país maravilhoso, de uma gente alegre e pacífica. Um povo que ama a Deus, honra os seus pais, se declara cristão, muito trabalhador e solícito. Penso que por não termos lutado pela nossa independência, estamos abrindo mão com tanta facilidade da nossa liberdade.

Liberdade de pensamento, de ir e vir, de culto e muitas outras. Como podemos deixar o Judiciário governar o Brasil?

Nós elegemos deputados federais, senadores e um Presidente da República para governarem a nação e confiávamos na justiça para nunca permitir que esses governantes e legisladores saíssem dos trilhos da nossa Constituição Federal.

Hoje nós estamos tristes testemunhando pessoas presas por manifestarem a sua opinião, por constatar que a verdade está sendo manipulada e jogada na lama.

Lembra que o Gilberto Gil cantava na época do Governo Militar? "Amigos presos, amigos sumindo assim", pois é, estou cantando a mesma canção, mas dessa vez, não veio através dos militares o pranto e a dor da mordaça. São os nossos supremos que deveriam zelar pela nossa liberdade que têm espalhado a dor e a injustiça no Brasil.

Só falta a burca ser obrigatória e o idioma o mandarim. 

(*) Pastor Munguba Jr. Embaixador Cristão da Coreia do Sul Para a Implantação da Oração da Madrugada e Erradicação da Pobreza no Brasil.

Fonte: O Povo, 4/09/2021. Opinião. p.20.


quinta-feira, 22 de outubro de 2020

NÃO SOMOS ANÔNIMOS. SOMOS LIVRES

Por Rev. Munguba Jr. (*)

Em uma democracia, o pressuposto básico é a convivência pacífica dos contrários. É a aceitação da opinião da maioria, mesmo não concordando com o teor do que foi aprovado. Aceitar não é assinar em baixo sem um exame periódico do que está sendo implementado. Corrigir rotas é um dos pilares da sabedoria.

No Brasil vivemos uma democracia pujante e alicerçada nas garantias das liberdades individuais. Uma democracia que consegue conviver com um relator de uma CPI que quer calar jornalistas, sites, blogs e em todas as redes sociais, estabelecer censura com roupagem de liberdade, um membro do Partido Comunista para mediar discursões sobre a liberdade de expressão e de imprensa.

Papel aceita tudo, mas a convivência harmônica entre os três Poderes da República depende das decisões sólidas que tomamos no dia a dia.

Na igreja cristã não vivemos uma democracia. Temos uma teocracia onde recebemos das Escrituras Sagradas as diretrizes e os princípios que devemos seguir. Dentro dos ensinamentos de Cristo temos o respeito e o amor pelos que discordam e não se submetem a doutrina bíblica. Como em um clube podem ser respeitados, mas isso não significa que possam se tornar pastores, padres ou bispos. Gravitar em uma igreja sem seguir os princípios bíblicos é como assistir um filme que exibe uma chuva forte molhando uma terra seca.

Sinto que a democracia é um desafio muito maior do que viver em uma teocracia. Na teocracia obedecemos a Deus e seguimos Seus princípios; na democracia precisamos aprender a respeitar o que pensa diferente e até mesmo os que sem educação expõem suas ideias. Caso alguém se sinta ofendido ou desrespeitado em sua honra pode apelar para a justiça para dirimir as controvérsias e punir as infrações.

Como cristãos que somos, como maioria absoluta de cristãos no Brasil, precisamos colocar claramente os valores da família, da vida, da liberdade, dos direitos individuais e da liberdade de expressar opinião e ser responsável por ela.

Não somos anônimos. Somos livres. 

(*) Pastor Munguba Jr. Embaixador Cristão da Coreia do Sul Para a Implantação da Oração da Madrugada e Erradicação da Pobreza no Brasil.

Fonte: O Povo, 8 de agosto de 2020. Opinião. p.12.

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2020

POESIA


Por Luiz Gonzaga Fonseca Mota (*)
A criação poética é a expressão maior da literatura. Nela estão explícitos ou implícitos o amor, a dor, a tristeza, a alegria, a saudade, enfim sentimentos vários que podem caracterizar o estado de espírito do poeta ou de quem ler e interpreta. A inspiração e a liberdade de pensamento são dois pilares fundamentais para a concepção de um texto poético. Assim disseram: Fernando Pessoa (“Quero para mim o espírito desta frase, transformada a forma para a casar com o que eu sou: Viver não é necessário; o que é necessário é criar”) e Carlos Drummond de Andrade (“Ser feliz sem motivo é a mais autêntica forma de felicidade”). Pedimos permissão ao leitor para apresentar-lhe três poesias que concebemos em épocas diferentes. 1- SENTIMENTOS (4 estrofes, cada uma com 3 versos): Inveja só traz desilusão, Odiar maltrata a vida, Pior somente a ingratidão/ Perdoar sempre será boa ação, Ajudar dá prazer e alegria, São atitudes vindas do coração/ Ser arrogante conduz à dor, Já humilde encontra a paz, O saber viver é doar-se com amor/ Ao lado dos justos Deus estará, Pois quem possui compaixão, Das trevas ou da escuridão longe ficará. 2- EDUCAÇÃO INFANTIL (3 estrofes, cada uma com 4 versos): Toda criança deverá ser amada, Ao crescer será pessoa generosa, Os pais poderão ensinar a boa caminhada, Aconselhando para uma vida gloriosa/ Não importa a classe social, Felicidade encontra-se na educação, Criança não deve viver fora da escola, Pior pedindo a humilhante esmola/ Todos nós somos responsáveis, Por uma educação eficaz, A alegria de uma criança educada, Será a garantia de vidas em paz. 3- SEXTILHA DA SUPERAÇÃO (1 estrofe com 6 versos): As dores na mente e no corpo, Quase sempre juntas estão, A luta pela difícil superação, Traz sofrimento e maltrata o coração, A união da fé e da razão, Poderá ser a verdadeira solução. Eis, pois, um pouco de reflexão poética.
(*) Economista. Professor aposentado da UFC. Ex-governador do Ceará.
Fonte: Diário do Nordeste, Ideias. 31/1/2020.

segunda-feira, 20 de janeiro de 2020

PORTA DO INFERNO


Por Luiz Gonzaga Fonseca Mota (*)
Após 15 dias de férias, reinicio a escrever pequenos textos, às sextas-feiras, na secção “Ideias” do jornal Diário do Nordeste. Gosto de escrever sobre Religião, Economia, Política, Educação, Literatura, Causos, enfim, sobre temas variados. Todavia, começo este ano de 2020, constrangidamente, redigindo algumas linhas que evidenciam a insensatez e a maldade de algumas pessoas - autores, atores, financiadores etc.- que produziram um filme grosseiro, obsceno e chulo. Não me interessa saber quem são essas pessoas raivosas e complexadas. Acreditamos que são pessoas em busca do pseudo-sucesso. Por quê tanta agressão? Elas não sabem o mal que fizeram! Por sua vez, creio que aqueles dotados de boa vontade, bem como de formação moral e ética estão indignados, pois os infiéis caluniaram e atacaram de forma pusilânime Jesus, Maria, José e até Deus. Quais os objetivos? Dinheiro, prestígio, fama ou modernidade! Nós cristãos, principalmente, católicos e evangélicos, estamos perplexos. O cristianismo não é a religião da obrigação, porém da fé e do amor. Os ensinamentos de Deus indicam o bom e o verdadeiro caminho para a vida, ou seja, o amor e não o ódio. A maldade foi tão grande, não adiantando argumentar que o Brasil é um País laico e sem censura. Correto, defendo o ecumenismo e não concordo com a censura, desejo a liberdade de pensamento e expressão, mas não a avacalhação. Aliás, se há alguém que é contra a censura sou eu. Pois, dentre outros, fui um dos 4 brasileiros, nos anos de 1984/1985, ao lado de Aureliano Chaves, Ulysses Guimarães e Tancredo Neves, que mais fortaleceu o processo de redemocratização do Brasil. Pedimos a Deus que os idealizadores do filme maligno e desamoroso leiam no livro dos Provérbios (16,6): “Quem é bom e fiel recebe o perdão do seu pecado, e quem respeita o Senhor escapa do mal”.
(*) Economista. Professor aposentado da UFC. Ex-governador do Ceará.
Fonte: Diário do Nordeste, Ideias. 10/1/2019.

quinta-feira, 26 de setembro de 2019

A BESTA-IMUNDA OU IMAGINE AGORA


Meraldo Zisman (*)
Médico-Psicoterapeuta
A mídia costuma apregoar que as Instituições no Brasil estão resguardas e funcionando, por isso a Democracia no país “está a salvo”. Muito embora desconheça melhor forma de Churchill — 1874-1965), tenho dúvidas sobre a condição de liberdade que a nossa proporciona ao indivíduo.
Devemos nos lembrar de que as Instituições são filhas do Poder e são por ele apoiadas ou criadas. Como toda modalidade de Poder, tendem a oprimir (não poucas vezes a individualidade). Qualquer feitio de Poder é despótico, porém ninguém suporta viver estritamente dentro da ordem. Contudo, uma pessoa relativamente normal poderá viver dentro dessa camisa de força regulatória. Somente um paranoico pode obedecer a todas as limitações impostas pelas Instituições.
Digo: É muito difícil conformar-se com uma determinação criada por outro. Isso, em qualquer circunstância.
Reagimos com depressão, na maioria das vezes, a tantas ordens, causando o mal-estar da civilização. Imaginem o que ocorre em Estados e regimes totalitários, onde o Poder é hipertrofiado e a vigilância sobre os indivíduos é enorme e atemorizante.
Não posso fugir ao fato de que a barbárie, o crime, os genocídios fazem parte da natureza humana. Enfatizo: é uma característica do animal Homem (como espécie). Nascemos com esse software do mal. Torturadores, pedófilos, estupradores, etc. não estão desprovidos do que denominamos “humanidade”. A besta-imunda, designação dada por Bertolt Brecht (1898-1956) para nomear a maldade, está sempre prenha para parir monstros, mesmo após a derrocada do nazismo, do fascismo e do comunismo. E é o que se perpetua a cada oportunidade, como vem ocorrendo em diversos lugares.
Enquanto o noticiário nacional entope os brasileiros com denúncias, prisões, roubalheiras da classe política e empresarial e os grandões são presos – e depois soltos, o Mundo caminha e se transforma.  Na Alemanha, Espanha, França o centro político perdeu terreno e os extremos se empoderaram.
Enquanto nossos políticos (dos 3 Poderes) não olham para nada a não ser salvar a sua pele, com as exceções de praxe, o Brasil fica à deriva. Sem rumo certo, ao sabor dos acontecimentos.
Por maior que sejamos como Nação, fazemos parte do Mundo e o nosso entorno são os países da Terra.
Caindo no lugar comum falo: “A História é a mestra da vida”. Lembro aos nossos mandatários que estudem a Revolução Francesa. Enquanto o povo passava fome os nobres e aristocratas estavam ocupados com as intrigas palacianas. Brasília e Versalhes se identificam. Apesar de a revolução francesa ter acontecida entre 1789-1799, temos hoje 13 milhões de desempregados. A violência, sob todas as formas e modalidades, impera e número de vítimas atinge cifras de guerra.
Onde está a cabeça dos nossos atuais mandatários?
Não existe resposta simples para coisas complexas.
A Constituição e o Poder judiciário não foram constituídos para tudo. Nessa situação a Besta-Fera pode parir um monstro psicopata, seja nas eleições de 2018 ou muito antes ou depois.
Termino essas advertências citando Sigmund Freud no livro Mal-estar da Civilização (1929)
Os homens de hoje levaram tão longe seu domínio sobre a Natureza que, com a ajuda dela, tornou-se fácil exterminar uns aos outros, até o último. Eles sabem muito bem e é isso que explica boa parte de sua atual agitação, de sua infelicidade e de sua angústia”. Imagine agora, com o avanço técnico-científico que alcançamos neste século XXI.
(*) Professor Titular da Pediatria da Universidade de Pernambuco. Psicoterapeuta. Membro da Sobrames/PE, da União Brasileira de Escritores (UBE) e da Academia Brasileira de Escritores Médicos (ABRAMES). Consultante Honorário da Universidade de Oxford (Grã-Bretanha).

quarta-feira, 28 de agosto de 2019

EXPLOSÃO DEMOGRÁFICA E LIBERAÇÃO FEMININA


Meraldo Zisman (*)
Médico-Psicoterapeuta
Explosão demográfica é o súbito crescimento da população do mundo ou de um determinado território ou região. O crescimento da população causa preocupação quanto à disponibilidade de recursos ao aumento da violência. Atualmente, a população mundial está estimada em 7,2 bilhões de pessoas.
Há dois mil anos, avalia-se que o número de habitantes na Terra fosse inferior a 250 milhões de pessoas. Em 1650, o número alcançou 500 milhões. Em 1850, o planeta atingiu a casa de 1 bilhão de pessoas; em 1950, 2,5 bilhões; em 1987, 5 bilhões e, em 2010, quase 7 bilhões de pessoas.
Diversos fatores são mencionados como causadores desse efeito, sendo que o marco explicativo mais importante para o aumento do número de habitantes na Terra é atribuído à Primeira Revolução Industrial. A partir do século XVIII e da urbanização acelerada ocorrida nos países desenvolvidos e, mais recentemente, nos subdesenvolvidos ou em desenvolvimento.
Quando as mulheres tiveram direito à alfabetização e acesso ao controle da natalidade o número de nascimentos amorteceu. Quando passaram a ter direito a ocupar cargos e profissões reservadas ao sexo masculino, a taxa de natalidade atingiu números bem menores. Até mesmo nos países subdesenvolvidos mulheres das classes sociais menos afluentes têm duas vezes mais filhos que as pertencentes à classe média...
O que mais chama a atenção é que a correlação entre a emancipação feminina e o controle da natalidade é um dos fatores menos mencionados, frente à emancipação feminina, aliada ou não aos contraceptivos, à escolaridade, à liberdade social, ao nível de desigualdade sexual, etc.
Na Espanha, em 1975, era raríssimo encontrarem-se mulheres nas universidades e a taxa de natalidade por mulher era em torno de 2,9 crianças. No ano 2000, 60% dos universitários eram do sexo feminino a taxa de natalidade caiu para 1,12. Sem desejar entrar no mérito da questão, onde foram aplicadas regras compulsórias de controle da natalidade, como na China, a taxa de natalidade por mulher foi maior do que as verificadas no ocidente (é de 1,8 agora).
Em países democráticos, observam-se taxas espontâneas que são baixas, como na Suíça (1,46), na Itália (1,2), Grécia, Rússia, Alemanha (1,35).
Nos países em desenvolvimento a mídia tem sido uma grande arma para o controle da natalidade através de informação, educação e alguma melhoria do contexto sócio-educacional, o que tem diminuído as taxas de nascimento.
A população do Ocidente vai declinar na segunda metade do século XXI e não podemos fazer muita coisa contra a fome e violência causada pela hiperpopulação do restante do planeta. O fato é que podemos controlar a natalidade pela emancipação feminina (direito à integridade do seu corpo, direito ao aborto e direitos reprodutivos, incluindo o acesso à contracepção e a cuidados pré-natais de qualidade), pela proteção de mulheres contra a violência doméstica e o assédio sexual. Será que as feministas e os machistas sabem disso?
O Feminismo é um movimento político, filosófico e social que defende a igualdade de direitos entre mulheres e homens. Ou partimos para ações positivas ou continuaremos para sempre na época das ideologias.
É sempre bom relembrar: uma das maneiras de combater a devastação do planeta pela superpopulação dos denominados Homo sapiens é a emancipação da mulher, não especificamente ou exclusivamente através da eliminação do assédio que está virilizando na mídia social e profissional, que na realidade ocorre em ambos os sentidos. Um relato honesto desenrola-se melhor se feito, escrito, falado, sem rodeios. “Sempre que liberamos uma mulher, libertamos um homem” (Margaret Mead - 1901-1978).
(*) Professor Titular da Pediatria da Universidade de Pernambuco. Psicoterapeuta. Membro da Sobrames/PE, da União Brasileira de Escritores (UBE) e da Academia Brasileira de Escritores Médicos (ABRAMES). Consultante Honorário da Universidade de Oxford (Grã-Bretanha).

 

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