quarta-feira, 4 de novembro de 2015

PÓS-DILMA


Por Affonso Taboza (*)
Livre do pesadelo, o Brasil voltará a respirar.Teremos dias difíceis, mas plenos de esperança; aí reside a diferença. O presidente que assumir terá de juntar os cacos e, em trabalho de artesão, remontar o país destruído pela inépcia do PT.
Sobre a sucessão, a Constituição Federal é clara em seus artigos 79, 80 e 81 e seus parágrafos. Em caso de impeachment da presidente, assume o vice, Michel Temer, para completar o mandato. Se cassada a chapa Dilma/Temer pelo TSE, por desvios no processo eleitoral, serão chamados a assumir interinamente, pela ordem, o presidente da Câmara, o do senado, e o do STF. Se vago o cargo na primeira metade do mandato, haverá eleição direta para um novo presidente 90 dias depois; se na segunda metade, o novo presidente será eleito pelo Congresso 30 dias depois.
Excluída a renúncia – um ato de grandeza do qual a presidente não é capaz – a solução menos traumática é o impeachment. Temer assumiria com a boa vontade geral e em torno dele a nação se agruparia, até por instinto de conservação. Lembram do caso Itamar, após o impeachment de Collor? Apesar das desconfianças advindas do seu temperamento irrequieto e das atitudes imprevisíveis, congregou a nação e marcou o início de uma era virtuosa de boas ações que trouxeram estabilidade financeira e política ao pais: Plano Real, Lei de Responsabilidade Fiscal, câmbio flutuante, e outras.
Temer pode dar sorte. É ponderado, maneiroso, experiente, e pode aglutinar as forças políticas em torno de um programa que devolva auto-estima e confiança à nação. Preside o maior partido político do país, cujos componentes vão da meia-esquerda à meia-direita, ignoram com frequência diretrizes da cúpula mas, acredito, estarão dispostos a atender o seu chamado numa emergência. Espera-se que outros partidos não “vendam” seu apoio, ou o condicionem ao atendimento de pretensões egoístas. Trata-se de salvar um náufrago, o País.
Se necessárias eleições diretas – por cassação da chapa Dilma/Temer – certamente vencerá a oposição, pois a trupe do Governo caiu no descrédito. No entanto, Lula et caterva usarão o palanque com desfaçatez e sem escrúpulo. Se eleição indireta pelo Congresso, teremos um presidente sem a legitimidade que o voto confere, e com pouquíssimo tempo de mandato.
Pior de todos os cenários é a permanência de dona Dilma na cadeira. Desgovernado, o país chegará a 2018 na UTI. Nem se sabe o que poderá acontecer no meio do desespero.
Que venha o impeachment, logo! Mais um milhão de assinaturas legitimam um abaixo-assinado que circula na Internet!
(*) Engenheiro civil e militar.
Fonte: Publicado In: O Povo. Fortaleza, 28/10/2015. Opinião. p.12.

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