Por Rita Fabiana Arrais (*)
A Região
Metropolitana do Cariri (RMC) consolidou um arranjo econômico de crescimento e
desenvolvimento interno de importância ímpar para o Ceará, a tal ponto de
inserir a região no cenário nacional como uma das maiores do Nordeste
em potencial de consumo.
A recente
divulgação do IPC Maps 2025 – apresentando em números o detalhamento por vinte
e duas categorias de produtos o potencial de consumo das cidades brasileiras a
cada ano - não só manteve o protagonismo da RMC, como também mostrou um aumento
considerável na perspectiva de movimentação financeira das cidades carirenses.
Utilizando um
recorte dos dados quantitativos das vinte cidades do interior do Estado do
Ceará encontramos a pujante RMC liderando o ranking. A cidade de Juazeiro do
Norte está no topo com R$ 7,8 bilhões a serem movimentados neste ano. A
Princesa do Cariri, Crato, está em terceiro lugar e deverá injetar na economia
R$ 4 bilhões. A Barbalha de Santo Antônio está em sétimo lugar com previsão de
movimentar R$ 1,9 bilhão. E em décimo oitavo temos Brejo Santo, o motor de
crescimento, com estimativa de R$ 1,2 bilhão.
O estudo apontou
um crescimento de 20% no potencial de consumo do estado em relação ao ano
anterior. Indubitavelmente, esta elevação deve-se às modificações ocorridas nos
grandes centros econômicos que impulsionaram o crescimento da economia
cearense, atraindo investimentos e consequentemente, reduzindo a taxa de
desemprego e proporcionando a elevação da renda.
Se analisarmos o
cenário de 2024 para as cidades acima dispostas encontraremos as respectivas
estimativas: Juazeiro do Norte (R$ 6,6 bilhões), Crato (R$ 3,2 bilhões),
Barbalha (R$ 1,4 bilhão). A cidade de Brejo Santo não se encontrava entre as
vinte maiores com potencial de consumo.
Nesse simples
comparativo do ano de 2024-2025 percebemos a grandeza e solidez da economia
caririense e o quanto tornou-se um mercado atrativo para investimentos. Mais do
que uma localização estratégica que impulsiona o comércio com os outros estados
(Piauí, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte) o Cariri ergue um sistema de
produção com excelente tecnologia, mão de obra qualificada e produção diversa;
ao mesmo tempo em que investe na valorização dos produtos artesanais como bens
inegociáveis da cultura local.
É notório que há
prosperidade! No entanto, o crescimento econômico reside num processo contínuo
de diálogo entre o setor público e a iniciativa privada, a fim de que as
tensões sejam minimizadas na busca pelo bem comum.
(*) Economista.
Fonte: O Povo, de 6/06/25. Opinião. p.15.
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