Por Luiz Eduardo Girão (*)
Com a graça de Deus, o ano que vem
finalmente encerrará um ciclo no Ceará iniciado há 40 anos com o
“governo das mudanças”, de ruptura histórica com o coronelismo, digamos, raiz.
Desde 1986, quem verdadeiramente defende uma gestão eficaz sedimentada em
valores e princípios cristãos tem sido coadjuvante nas campanhas para o Governo
do Estado. Entretanto, após os resultados das eleições de 2018 (culminando com
a municipal de 2024), esse crescente espectro político - que trabalha por menos
impostos e mais ética e liberdade - ganhou musculatura e merece ser o grande
protagonista no próximo pleito.
Até porque representa o pensamento da
maioria dos cearenses que, segundo as últimas pesquisas, se definem pró-vida
(desde a concepção e contra o aborto), não tolerando a liberação das drogas -
como a nada inofensiva maconha - e nem a proliferação dos jogos de azar e muito
menos a ideologia de gênero, uma covardia com nossas crianças. Portanto, a
necessária “locomotiva das mudanças” deve ser puxada pelos autênticos
conservadores, de direita e sem “acordões” para emplacar projetos pessoais.
Inevitavelmente, só vejo essa representação
hoje no PL e Novo. Ambos têm legitimidade para conduzir quebras de paradigmas,
até porque não participaram das últimas “gestões” daqui, ou seja, não tiveram
suas ideias testadas a nível regional e não são corresponsáveis por esse caos
que teima em transformar a “Terra da Luz” em trevas.
É claro que podemos e devemos buscar apoios
na construção partidária, mas a população quer e merece ver coerência no
comando para ter perspectiva real de alternância de poder depois de mais de uma
década de desmandos de um mesmo grupo político e que se desentendeu
recentemente... É preciso coragem e integridade para realizar mudanças de fato,
especialmente na saúde e na segurança pública, irresponsavelmente ignoradas
pela oligarquia PT e PDT.
E não adianta agora mudar de partido para
voltar ao poder! É dessa turma a digital da tragédia que humilha nosso povo,
onde um poder paralelo conduzido por facções criminosas extorque e ataca
empreendedores, gerando desemprego sem falar no medo e revolta de moradores que
chegam a ser expulsos de suas casas.
Esse drama humanitário não tem como ser
resolvido por quem estava junto até ontem do lado de lá, confundindo o eleitor,
entre uma campanha e outra, apenas trocando nomes e cores das camisas (ora
vermelha, ora amarela), mas mantendo a velha prática da cooptação, barganha e
corrupção.
Aliás, quem se aproxima da direita hoje
votou como para Presidente em 2022? O que pensam sobre a anistia a brasileiros
que não pegaram em armas, não assaltaram bancos, nem sequestraram embaixador,
mas tiveram negado seu acesso ao devido processo legal? Como se posicionaram
sobre a defesa das liberdades individuais durante a pandemia? E sobre os golpes
do STF à Constituição do País?
Acorda, Ceará! Não dá para se iludir e
trocar seis por meia dúzia. Chegou a hora de uma nova redenção! Paz & Bem
(*) Empresário. Senador
pelo Podemos/CE.
Fonte: Publicado In: O Povo, de 6/06/25. Opinião, p.15.
Nenhum comentário:
Postar um comentário