Por Luiz Gonzaga Fonseca
Mota (*)
O período
da Páscoa representa o mais significativo para reflexões, vez que é a vitória
da vida sobre a morte- ressurreição de Cristo-, ou seja, do bem sobre o mal.
Dentro desta linha de pensamento, é básico reconhecermos a importância dos
valores espirituais sobre os materiais. Aqueles são duradouros e nos
conduzirão, sem dúvida, à vida eterna. Estes são efêmeros e nem sempre nos
proporcionam, apesar do aparente conforto, a alegria permanente. Por sua vez,
os sentimentos de solidariedade e amor objetivando alcançar a felicidade e o
propósito da vida são fundamentais. O ódio, a falsidade a inveja, a ambição, o
orgulho, dentre outros são comportamentos incompatíveis com uma existência
saudável. Já o ecumenismo, o perdão, a tolerância, a amizade, a humildade e
outros nos conduzem ao sentimento da generosidade. Ademais, é mediante a oração
e a meditação que encontramos estados mentais positivos e nos afastamos dos
negativos. O que somos é consequência do que pensamos. O que alcançamos decorre
da busca das virtudes teologais (fé, esperança e caridade), consequentemente da
nossa crença em Deus. Por outro lado, a violência em todas suas formas-
desemprego, fome, corrupção, analfabetismo, etc. - leva a sociedade a um clima
de perplexidade e apatia, motivando mais violência e mais injustiça. Assim,
neste momento difícil de pandemia que vive a humanidade, em razão do problema
do coronavirus (covid-19), não bastam as ações solidárias e arriscadas,
reconhecidamente fundamentais e generosas desenvolvidas, com heroísmo e
dedicação, por homens e mulheres. Precisamos expandir nossa força espiritual,
pedindo a ajuda e proteção de Deus. Cremos na Sua fidelidade com fé e
esperança, enfim com amor. “Com a força que
Cristo me dá, posso enfrentar qualquer situação”
(Bíblia Sagrada- Carta de Paulo aos Filipenses 4, 13).
(*) Economista. Professor aposentado da UFC. Ex-governador do
Ceará.
Fonte: Diário
do Nordeste, Ideias. 17/4/2020.
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