Por Lauro Chaves Neto (*)
Sempre em
janeiro, nós, economistas, temos uma grande demanda de consultoria sobre
planejamento, tanto empresarial como pessoal. A educação financeira é uma das
principais temáticas envolvidas no orçamento familiar e um dos pilares para
elevar a probabilidade de sucesso no futuro.
O planejamento
familiar deve ser iniciado com um conjunto de reflexões e decisões, anteriores
à elaboração do orçamento. Questionamentos no estilo: qual o nível de risco que
você aceita assumir? Qual a importância de possuir uma casa própria? Qual a
valorização do investimento em educação para você e os seus filhos? Quando e
como você planeja se aposentar? Essas são algumas das questões que devem ser
respondidas antes de se pensar no planejamento financeiro em si.
Respondidas as
questões acima, entre outras, com a ajuda de uma planilha, um aplicativo ou um
software, elaborar a relação completa de todas as receitas, despesas, dívidas,
aplicações e patrimônio da família será uma consequência das suas escolhas e
prioridades. A definição de um projeto de vida deve ser feita no início do
processo. Proporcionar educação de qualidade para os filhos é prioridade? Que
tal iniciar um plano de acumulação de recursos no dia do nascimento da criança,
assim o tempo e os juros acumulados facilitarão o alcance de sua meta.
Criar uma reserva
para imprevistos que sempre acontecem é importante? Independente da sua renda,
tente reservar uma pequena parcela da sua receita mensalmente, é um sacrifício
que gerará um grande retorno a cada situação inesperada que necessite de
desembolsos financeiros adicionais.
Usufruir a vida,
viver para trabalhar ou trabalhar para viver, tudo isso adequado à realidade
financeira de cada família. Reavalie as suas prioridades, analise as suas
escolhas, controle os seus gastos, priorize, tenha hábitos de consumo
compatíveis com o seu orçamento. Deve-se identificar o que é imprescindível, o
que é urgente, o que é importante e o que pode esperar.
Inteligentes são
aqueles que se preparam para uma vida feliz, financeiramente saudável e
compatível com a realidade. Padrão de vida é o que podemos ter!
(*) Consultor,
professor doutor da Uece e conselheiro do Conselho Federal de Economia.
Fonte: O Povo, de 6/01/25. Opinião. p.18.
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