segunda-feira, 20 de novembro de 2017

GLORIOSO BRASIL

Por Luiz Gonzaga Fonseca Mota (*)
A Divina Comédia é um poema épico e teológico da literatura mundial, escrita pelo italiano Dante Alighieri (1265-1321). É formado por três partes: inferno, purgatório e paraíso, relatando em versos a história da conversão do pecador a Deus. É claro que nossa intenção, neste pequeno texto, é estimular o leitor a ler a obra de Dante e fazer uma analogia com o que vem ocorrendo nos últimos anos no Brasil e em muitas regiões do mundo. Jamais teria a audácia de em 22 linhas analisar o mencionado poema, que é apresentado em centenas de páginas. Todavia, Dante percorreu, na imaginação, o inferno e o purgatório acompanhado por Virgílio, escritor de Eneida no século I a.C., representando a Sabedoria Humana, e, ao lado da mulher amada Beatriz (Sabedoria Divina), percorreu o paraíso. Em síntese, Dante passou por lugares do pecado e da purificação e alcançou o reino da beatitude, ou seja, foi do inferno ao paraíso. Não desejamos tanto, para o mundo e para o Brasil. Mas almejamos, compatibilizando razão e fé, alcançar padrões de vida compatíveis com uma situação onde prevaleçam a paz, a correção comportamental, a ética, a justiça, enfim o amor. Particularmente, o nosso querido Brasil está atravessando uma crise sem precedentes. Não estamos discutindo e debatendo os reais problemas do povo. Porém, casos bizarros relacionados com determinadas pessoas e grupos. O Brasil sempre deverá ser democrático, com governos em que o povo exerça a soberania. As elites brasileiras, em todos os setores de atividade, precisam ler e interpretar, se possível, A Divina Comédia para que se encontre um contexto sem corrupção, justo e glorioso.
(*) Economista. Professor aposentado da UFC. Ex-governador do Ceará.
Fonte: Diário do Nordeste, Ideias. 13/10/2017.

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