quarta-feira, 3 de julho de 2019

ANSIEDADE E FEMINISMO (Argumentum ad Nauseum)


Meraldo Zisman (*)
Médico-Psicoterapeuta
Há diversos tipos de assédio pluralizando, como o assédio moral, sexual, processual, psicológico. Assédio, é a insistência de alguém para fazer algo contra a vontade de uma pessoa, de uma teimosia chegando a humilhação do outro.
Assédio é coisa muito séria.
“Quem já passou por isso sabe o quão doloroso é recordar. Assédios sofridos quando ainda éramos crianças e que só entendemos o que era aquilo anos depois. Assédios sofridos quando, já adultos, entramos no mercado de trabalho, na Universidade, ou ainda apenas nos transportes coletivos. Atinge a todos, mas muito especialmente as mulheres”. (DIZ A COLUNISTA MARLI GONÇALVES, no seu artigo ‘Saindo do Armário’.
Com o aparecimento da pílula anticoncepcional, a iniciativa masculina não pôde mais ser o estopim do jogo amoroso. Mas, sem eles, a vida perde a graça? Não me parece! Inventamos outros novos motivos para substituirmos uma manifestação da Natureza. O fato é que, uma recusa masculina seria mais ofensiva para a mulher que para um homem e, é algo que deva ser considerado no - aqui e agora. Essas pessoas (homens), desde crianças, ensinados bem além do não poder chorar, se der a vez a uma mulher no elevador, sentem-se "empoderados", não como pessoas corteses, mas, como mais fortes. Isso transformou-se, com o passar das décadas para muito pior. Estamos hoje, apavorados! Medo é/foi/será, quando assim empregado, o gerador de ansiedades: antigas ou contemporâneas, já que o inverso aconteceu.
Imagine, agora, que a ansiedade de falar da pessoa do sexo masculino (não importa o gênero a que pertença), criou um novo transtorno inquietante nos homens: poder ser considerado, de cara, um Machista. Entretanto, com a presente, porém, lenta “emancipação da companheira”, o número noticiado de mulheres abusadas, cresceu muito. A violência contra as elas, dia-a-dia, vai sendo material das notícias mais graves nas/das ocorrências policiais, dos repórteres e dos noticiosos transmitidos pelo eletrônicos portáteis. Virilizam-se para os profissionais e não profissionais da área, de quem, agora, também, cria/faz o fato e, não apenas relata o que aconteceu. O que é bom, muito bom, mas, não exagerado como manchete e repetido: argumentum ad nauseam.
O site do CID 10 (Classificação Internacional das Doenças), engrossa cada vez mais, incluindo patologias da moda, ou apenas, uma manifestação adaptada ao ‘espirito do tempo’. Permita-me relembrar, para não ser julgado mais “de cara”, um machista; “Zeitgeist” (Espirito do Tempo) é termo alemão, cuja tradução, significa, espírito da época, espírito do tempo ou sinal dos tempos, em suma, o conjunto do clima intelectual e cultural do mundo, numa certa época, ou as características genéricas de um determinado período de tempo, termo inventado pelo filósofo e escritor alemão, Johann Gottfried von Herder (1744 — 1803). Aproveitaria por acautelar, já que desviei de minhas praias, lembrar que palavras como epidemias e assemelhadas, passaram a incluir, não exclusivamente as doenças infectocontagiosas. Vênia para dizer que, as epidemias das histéricas já passou e, a moral vitoriana passou também.
Devido a este não esclarecimento de segredo de polichinelo ser quase um Segredo de Mercado, justificam-se como causas, o macho humano passar a sofrer de uma nova desordem psiquiátrica: “Transtorno depressivo-ansioso”, ânsia de fazer tudo para não ser considerado machista. Esquecem que todo homem é filho de uma mulher, a maioria, até o presente momento, já que depois, será, sim, de proveta? Pelo que sei, todas as pessoas pertencentes ao sexo masculino, nascidos com pênis, por temos um órgão de sinonímia falo e fálus, vamos ser todos homens assediadores e/ou estupradores?
Gostaria de advertir, que este imbróglio entre os sexos, é matéria prima para impacientar as pessoas com o surgimento de uma nova ideologia denominada: feminismo (feminazismo), termo usado, pejorativamente, para descrever indivíduos que são percebidos como extremas ou radicais.
Essas pessoas em questão, aparentam lutar pela superioridade de um sexo para com a outra. Como a História é a Mestra da Vida, retirando o uso da violência e das câmaras de gás - que só vieram a ser usadas pelos nazistas nos estágios finais de seu poder - você verá, que o feminismo e o nazismo, certamente, são muito semelhantes, ao pregarem a superioridade do sexo feminino. E, portanto, se as pessoas querem que os "homens" e as "mulheres" sintam-se plenos em sua vida, e um com o outro, elas e eles, precisam (entre outras coisas) fazer o melhor para destruir todas aquelas forças que procuram "igualdade" entre "homens" e "mulheres", porque, na prática, as mesmas estarão sempre criando hostilidade entre elas/eles, enquanto buscam um objetivo impossível.
Finalmente, nem homens nem mulheres precisam ser "iguais" um para o outro, a fim de serem felizes uns com os outros. Já pensou como estou com medo de ser considerado politicamente incorreto por abordar este assunto, logo eu, que tenho horror aos ‘ismos’ como: comunismo, e ainda mais sendo de ascendência judaica ser considerado um nazista...?
Machismo mata. Já pensou nas ansiedades e medos do sexo masculino no momento atual?
Repito: argumentum ad nauseum.
(*) Professor Titular da Pediatria da Universidade de Pernambuco. Psicoterapeuta. Membro da Sobrames/PE, da União Brasileira de Escritores (UBE) e da Academia Brasileira de Escritores Médicos (ABRAMES). Consultante Honorário da Universidade de Oxford (Grã-Bretanha).

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