quinta-feira, 25 de julho de 2019

O ANALISTA DE SISTEMAS E A ENGENHEIRA


Um analista de sistemas, meio introvertido, finalmente conseguiu realizar o sonho da sua vida: um cruzeiro.
Eis que de repente, um furacão virou o navio como se fosse uma caixa de fósforos.
O rapaz conseguiu agarrar-se a um salva-vidas e chegou a uma ilha aparentemente deserta e muito remota. Deparou-se com uma cena belíssima: cachoeira, bananas, coqueiros... mas quase nada além disso.
Ele se sentiu desesperado e completamente abandonado.
Um belo dia apareceu, remando, uma belíssima engenheira, daquelas de fazer parar o trânsito.
A engenheira começou logo uma conversa:
- Eu sou do outro lado da ilha. Você também estava no cruzeiro?
- Estava! Mas onde você conseguiu esse bote?
- Simples: eu sou engenheira e usei meus conhecimentos! Tirei alguns galhos de árvores, sangrei umas seringueiras, defumei até virar borracha, reforcei os galhos e fiz a quilha e os remos com madeira de eucalipto.
- Mas... com que ferramentas?
- Bom, achei uma camada de material rochoso, esquentei esse material e consegui metal.
- Mas chega disso! Onde você tem vivido esse tempo todo? Não vejo nada parecido com um teto, para ser franco, eu tenho dormido na praia, disse ele.
- Gostaria de ver a minha casa, disse ela!
O analista de sistemas aceitou e a engenheira remou com destreza ao redor da ilha.
Quando chegou no "seu" lado, amarrou a canoa com uma corda artesanal que houvera feito.
Os dois andaram por um caminho construído por ela e depararam com um lindo chalé que fizera.
- Não é muito, disse ela, mas eu o chamo de "meu lar".
Já dentro, ela procurou deixá-lo à vontade:
- Sente-se, por favor! Aceita um drinque?
- Não, obrigado! Não aguento mais água de coco!
- Mas não é água de coco! Eu fiz um alambique meio rudimentar lá fora, consegui destilar rum!
O analista aceitou e sentaram-se no sofá para conversar.
Depois de contarem suas histórias, a engenheira perguntou:
- Você sempre teve barba?
- Não. Toda a vida eu andei bem barbeado.
- Bom, se quer se barbear, tem uma navalha lá em cima, no armarinho do banheiro.
O homem subiu uma escada em caracol e foi em cima, no banheiro, fez a barba com um complicado aparelho feito de osso e conchas, tão afiado quanto uma navalha.
A seguir, tomou um revigorante banho e desceu para continuarem a conversa.
- Você ficou ótimo, disse ela! Vou lá em cima pôr umas vestes mais confortáveis.
Em instantes a engenheira estava de volta, com um delicioso perfume de gardênias, vestindo um bonito e revelador robe, muito bem trabalhado em folhas de palmeira.
- Bom, disse ela, você não tem se sentido solitário? Sente falta das coisas que todos os homens precisam?
- Mas é claro, disse ele esquecendo um pouco a sua timidez. Tem uma coisa que venho querendo todo esse tempo. Até sonho com isso à noite. Mas... aqui nesta ilha... sabe como é..., simplesmente impossível.
- Bom, ela disse com um sorriso maroto, já não é mais impossível, se é que você me entende...
O rapaz, tomado de uma excitação incontrolável e mais um gole do rum, disse, quase sem fôlego:
- Não acredito! Você não está querendo me dizer que bolou um jeito de acessar a internet aqui na ilha?
Nota do Blog: circulou por e-mails em abril de 2010. Sem autoria definida.

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