quarta-feira, 10 de dezembro de 2025

DIFERENÇA QUE O ABRIR FAZ

Por Pedro Bezerra de Araújo – Pierre Nadie (*)

Há certas coisas, que só fazem diferença, quando abertas. Enquanto fechadas não importam muito.

Coletamos algumas.

De que adianta andar na chuva com o guarda-chuva fechado? Ambos molhar-se-ão, à música de gotas, que caem e ao insuflar de ventos bravios.

Muitas pessoas dispõem de uma rica biblioteca, acumulam títulos nobres e literatura de escol. No entanto, tais livros só promovem ideias e burilam pensamentos, só enriquecem e dão conhecimento, se forem abertos. Fechados podem significar algo e expressar ‘status’, porém, somente quando folheados, com atenção e presteza, farão a diferença.

Em quase todas as residências cristãs, entroniza-se a Bíblia Sagrada, contudo, quase sempre, apenas a poeira se aloja numa mesma página, sempre à mostra.

O livro não se presta somente a pesquisas, mas precisa ser ouvido, na sua inteireza e num diálogo franco, livre de ideologias e de imunidade cognitiva.

Livro não é material de consumo, mas é um bem. É amigo, mestre, conselheiro, provocador, pois, reflete ideias e opiniões do autor, as quais serão conhecidas, uma vez abertos e lidos.

É de consenso universal que o cérebro sedia a mente, que recebe influência de vários outros vetores interiores e exteriores. Todavia, há profunda diferença entre um cérebro fechado de outro aberto. O cérebro aberto possibilita um itinerário dinâmico, livre em suas ponderações, sensato em suas convicções e prudente em suas análises e críticas.

O coração, tido como rei das emoções afetivas, que se arroga a primazia de vibrar sentimentos e reverberar emoções, somente consegue amar, ao som da própria liberdade. É ele que se fecha, na intolerância, no ódio, na vingança, insensível que se faz. É ele, porém, que se abre à empatia, à tolerância, ao carinho, ao amor, na sensibilidade que somente ele sabe vibrar e compartilhar com toda a economia, serenando a homeostase da criatura humana.

O amor existe, o ódio se investe na criatura, ocupando vazios existenciais.

Tudo não está marcado pelo destino, simplesmente, singra o ser integral, com o aval ‘sintônico ou distônico’ da razão... Inda que “haja razões que a própria razão desconheça”.

Tenhamos uma boa quinta-feira, com as bênçãos de Deus!!!

(*) Pediatra e professor da Uece aposentado. Enviado por WhatsApp em 27/11.25.


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