Por Pedro Bezerra de Araújo – Pierre Nadie (*)
Há certas coisas, que só fazem diferença,
quando abertas. Enquanto fechadas não importam muito.
Coletamos algumas.
De que adianta andar na chuva com o
guarda-chuva fechado? Ambos molhar-se-ão, à música de gotas, que caem e ao
insuflar de ventos bravios.
Muitas pessoas dispõem de uma rica
biblioteca, acumulam títulos nobres e literatura de escol. No entanto, tais
livros só promovem ideias e burilam pensamentos, só enriquecem e dão
conhecimento, se forem abertos. Fechados podem significar algo e expressar
‘status’, porém, somente quando folheados, com atenção e presteza, farão a
diferença.
Em quase todas as residências cristãs,
entroniza-se a Bíblia Sagrada, contudo, quase sempre, apenas a poeira se aloja
numa mesma página, sempre à mostra.
O livro não se presta somente a pesquisas,
mas precisa ser ouvido, na sua inteireza e num diálogo franco, livre de
ideologias e de imunidade cognitiva.
Livro não é material de consumo, mas é um
bem. É amigo, mestre, conselheiro, provocador, pois, reflete ideias e opiniões
do autor, as quais serão conhecidas, uma vez abertos e lidos.
É de consenso universal que o cérebro sedia
a mente, que recebe influência de vários outros vetores interiores e
exteriores. Todavia, há profunda diferença entre um cérebro fechado de outro
aberto. O cérebro aberto possibilita um itinerário dinâmico, livre em suas
ponderações, sensato em suas convicções e prudente em suas análises e críticas.
O coração, tido como rei das emoções
afetivas, que se arroga a primazia de vibrar sentimentos e reverberar emoções,
somente consegue amar, ao som da própria liberdade. É ele que se fecha, na
intolerância, no ódio, na vingança, insensível que se faz. É ele, porém, que se
abre à empatia, à tolerância, ao carinho, ao amor, na sensibilidade que somente
ele sabe vibrar e compartilhar com toda a economia, serenando a homeostase da
criatura humana.
O amor existe, o ódio se investe na
criatura, ocupando vazios existenciais.
Tudo não está marcado pelo destino,
simplesmente, singra o ser integral, com o aval ‘sintônico ou distônico’ da
razão... Inda que “haja razões que a própria razão desconheça”.
Tenhamos uma boa quinta-feira, com as
bênçãos de Deus!!!
(*) Pediatra e professor da Uece aposentado.
Enviado por WhatsApp em 27/11.25.

Nenhum comentário:
Postar um comentário